Carta de Saudade
Opção
Bem perto do amor estar
e desistir.
Passar a viver de sonhos,
ser vizinho da saudade.
Viver de esperanças que não
morrem, ver a quem se quer,
em todos os lugares.
Assim vive quem opta,
por querer o impossível.
Assim vive quem anseia
atingir o inatingível.
Assim vive quem espera de
suas entranhas nascer o amor
incomparável que brota,
com a força das coisas impossíveis,
mas com o calor de uma amor
indescritível
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
RIMAR DUMA SAUDADE
Teve um tempo que mandava
Nas poesias que eu escrevia
Cada versar uma companhia
E em cada linha festa bordava
Com emoção, assim, andava
Nas mãos a imaginação ia
E em toda a obra que fazia
A ventura, ao lado, ajudava
Pobre a poesia, sem aquarela
Sem fantasia, um dia tão bela
E hoje, pedinte de qualidade
E, no amor, sem substância
Sobre o vazio da distância...
Só o rimar duma saudade!
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
18/10/2020, 09’29” – Triângulo Mineiro
ESPERANÇA
Era tanta solidão, que deitei-me
sobre a saudade, e ali fiquei.
Não sei se horas ou dias.
A saudade me acolheu.
Sonhei com coisas idas como paixão,
com o amor que foi perdido.
Acordei sem horizontes ou ideias na lembrança.
Sei que dentro de mim havia, uma nova vontade.
Apoiei-me nela, pus-me em pé ,e sai buscando
pelas ruas aquilo que perdi.
Achei-te enfim , sorriste para mim como criança.
Tomei-te em meus braços beijei-te muito muito,
e em lágrimas agradeci, a esperança.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
O AMOR E A SAUDADE
Como quadro e giz,
Semente e raiz
É o amor e a saudade
Que em qualquer peito arde.
O amor arrebenta
A alma reinventa
Faz bem renascer
E das cinzas correr
A vida que chama
Que arde e reclama
Pela vontade louca
De beijar uma boca
Pelo abraço apertado
De calor sufocado
Por aquilo que é chama
E termina na cama.
Aí vem a saudade
Com habilidade
Machuca e pisa
Quem viveu bem a vida.
Ela chega com charme
Com muita elegância
E, não feito criança,
Faz chorar quem pensou
Que da vida e do amor
Sabia de tudo,
Passado e futuro
Lhe eram previstos,
Pois tinha crescido
Domando o amor.
Amor e saudade,
Amigos parceiros,
Tão companheiros
E tão confidentes!
Ela fecha a porta
E a janela encosta.
Ele volta e abre
E entra com vontade.
E de mãos vão vivendo,
Nos peitos nascendo,
Cada dia, cada hora,
Novo amor, nova dor
Enchendo de vazio
O que foi arrepios.
Assim é a vida:
De arranhões e feridas
De dores e festas
De alegrias incertas.
Mas não há nessa vida
Quem temendo o amor
Pra se refugiar da dor
Não sinta, mais tarde,
Do amor a saudade.
Nara Minervino.
Sementes..
O vento passou e levou embora o pouco que ainda restava, a saudade já não faz mais diferença, as dores, cessaram, os anos ensinaram, mas também mostraram o vazio que sobrou de tudo o que foi semeado ao longo da vida.
Sentimentos descartados, indiferença, tempo indisponível, árvores cortadas e sementes ignoradas, brotam sobre o lixo que resolveu acolhê-las, mas não sabe o que fazer com suas mudas fortificadas com os resíduos que alimentam suas raízes.
by/erotildes vittoria
Daqui a pouco essa saudade passa
O coração se afaga
E seu rosto se apaga
Daqui a pouco a explosão que queimava
De repente vira uma lava
No encontro com a frieza
Sem perder a beleza
Transforma-se em rocha
Rija não mais chora
Daqui a pouco já nem saberei quem me fez escrever o que sinto agora. Daqui a pouco.
Livro Ladeira da Saudade - Poema de leitor.
Em um mundo de opressão,
És tu, Dirceu, a minha redenção
Impulsionas minha vida sofrida,
Adentra minha alma atrevida
E, com suas histórias absorvidas,
Muda, para sempre, minha alma precavida
Encontrei, contigo, em Vila Rica,
Um novo rumo para a vida
Larguei São Paulo e a família
Conflitei com o Dogma de minha vida,
Adentrando no pseudo amor errante
Saindo de um confronto dilacerante,
Aproximo-me de meu cavaleiro errante
Crendo em meu sonho alucinante.
Saudade
E sei hoje na saudade mais pungente o peso da solidão.
Vale mais aquele sorriso torto, que a lágrima fria.
Valem as cartas que gritam que o silêncio pálido.
Bem, quando a voz cala, o tempo para.
Nada a dizer, nem a ouvir, apenas o silêncio surdo.
Sobrou pouco, daquele tudo, sobrou nada.
Alguns poemas, o arranhão na garganta, o nó no peito.
O gosto do beijo quente gelado sem cobertor.
Nossas mazelas, sem perdão .
Coração de pedra, desalmada, desgraçada.
Xícara de família estilhaçada.
Uma passagem só de ida pra Madri.
Opus profundo do amor fecundo.
Aquela música me toca e dança agora só com o vento.
Adeus sem despedida, só ressentimento.
"MATEANDO SAUDADE"
Mãe
Matear na sua ausência só me traz recordações e saudade,
De um tempo que pra mim éra só felicidade
Cevava o mate e sentava na presença da senhora. Hoje meu peito chora de saudade minha mãe
Mulher forte e honrada , topava qualquer parada pra ver todos bem e felizes
Ah minha mãezinha...
Quanta saudade sua. À noite eu olho pra lua e converso com a senhora. Imagino nós dois sentados como era, lado a lado, felizes e conversando.
Mas hoje está tudo mudado , pois não a tenho mais ao meu lado e só ficou saudades suas.
Lembranças na verdade, que ficarão em meu coração.
Hoje eu sigo meu caminho, mas nunca estou sozinho. Esta é a verdade.
Pois quando me sinto carente , me levanto e vou em frente, e sigo mateando saudade.
MODO
Saudade não tenho, sem ter algo à recordação
sinto, gasto em presunção, consumo em apelo
quero ter explicação e caio em nenhuma razão
nada revivo, e o meu coração, ando a contê-lo
Inquieto, o poetizar é tão frágil em sensação
prede o meu sentimento, mas sem prendê-lo
não me dão suspiros ou muito pouca emoção
só sussurra, cânticos, tão frios como um gelo
Odeio a rima sem sentindo, apenas estando
lamento sem causa haver, lamentando vejo
o silêncio no peito, vazio de desejo, suporte
A solidão acossa, a poética vive chorando
no sentimental nem sei mais o que almejo...
E, eis o modo em que estou por vós, sorte.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
14 maio, 2024, 19’49” – Araguari, MG
E eu estou com saudade de sentir você próximo de mim. Sonhei com você por esses dias, por ontem, na antevéspera e hoje, sonhei agora! Sonho todos os dias. Quero sonhar amanhã e nos dias seguintes até ter você comigo. Sonho que durante nosso vai e vem gostoso, você me beije e que sua língua se encontre fisicamente com a minha, e entre os meus dentes não serrados ela se entrelace e se enrosque com a sua chegando até a fazer barulho. Que nosso prazer só seja interrompido por gargalhadas gostosas onde tentamos um conhecer o ponto de desequilíbrio do outro até chegarmos ao ápice, juntos. É o que eu mais quero no momento, poder me entregar a você e lhe fazer tirar os pés do chão, ah, eu quero com palavras e gestos puros trazer você pra mim, pra dentro de mim!
Te quero
Eu, Deus e Você...
Um dia pensando em você, eu comecei a sentir saudade. Um aperto muito forte no coração. Foi o bastante para que eu começasse também a perder minha própria razão. Então chorei, chorei e pensei ou melhor, dei asas ao pensamento, libertei todo o espírito da carne e voei alto. Desfiz-me das amarras dogmáticas e negativistas que me prendem a este mundo. Joguei para longe todas as crenças e temores que me separam do todo e voei. Voei além das estrelas, além dos astros, além dos mundos, além do universo. Voei além do princípio e do fim. E vi Deus em todo o seu esplendor. E falei com Deus com todo o seu esplendor. E pedi a Deus por
todo o seu esplendor. Me deixa, me deixa ser o Sol. E ele, ele me fez sol. E eu fui sol, e
brilhei num ponto do universo no centro do sistema, e iluminei a terra, e fiz nascer o
dia, e vi você. E brilhei para você, e toquei você não, não como quis, mas como pude.
Eu queimei tua pele, corei teu rosto, e te vi através das janelas, das frestas, no
caminho. Eu te adorei e você me adorou. E aí veio, veio a noite. E a terra girou, eu te
perdi, não, não mais te vi. Você se foi, e eu chorei. Voltei a Deus, falei com Deus, pedi
a Deus, me deixa ser a lua. E ele, ele me fez lua. E eu fui lua, iluminei a noite. Fui senhora da noite. E brilhei no céu, e te vi, e te segui, e te toquei. Não, não como quis, mas como pude. E iluminei você, e sorri para você. E tornei mais bela a palidez do teu rosto, o branco de tua pele. E velei teu sono, te adorei. E aí, aí veio o dia. E a terra girou novamente. Eu, eu te perdi. Não, não mais te vi. Você se foi. E eu chorei.
Retornei a Deus. E vi Deus. Falei com Deus. Pedi a Deus. Me deixa ser a terra. E ele,
ele me fez terra. E eu fui terra, e vivi sob o sol e sob a lua, e me vesti de relva, e me
perfumei com flores, e me enfeitei com rios, lagos e montes para te agradar. E você se agradou. Eu me deixei ser tocado por você, não como quis, mas como
pude. E você pisou a relva que me vestia e você cheirou as flores todo dia. E você
bebeu de minha água, se nutriu de meus frutos, admirou meus rios e lagos, e subiu
sobre meus montes, e me adorou, e me sorriu, e me curtiu. E aí veio o homem, sentiu ciúmes e me invejou, e me depredou, e poluiu meus rios e lagos, rasgou minha relva e derrubou meus montes, murchou minhas flores, e você, não mais me sorriu,
não mais me curtiu, e você calçou teus pés, andou sobre asfalto e calçadas, eu,
eu te perdi, não, não mais te vi, você se foi, e eu chorei.
Voltei a Deus e vi Deus, falei
com Deus, pedi a Deus. Me deixa ser o sangue dela. E ele, ele me fez sangue. E eu fui
sangue. E me tornei vida, e fluí, deslizei, corri. E caminhei dentro de você e te dei cor.
E te tornei saudável. E você me sentiu, eu... eu te toquei. Não como quis, mas como pude. E você me sentiu, e eu habitei no mais íntimo de tuas entranhas. E te fui vital, e você me adorou, você me curtiu, e teve medo de me perder. E quando
me via sair de você. Você chorava, e reclamava, e não gostava. E aí... Aí veio um dia. E você se agitou, me agitou. Me fez correr mais rápido
dentro de você. E eu corri. Passei como um raio pelo teu coração e ele palpitou. Bateu
mais forte, se descontrolou. E você me expulsou de teu rosto. Me expulsou de tuas
mãos. Você gelou. Você suou. Você perdeu o domínio sobre si e sobre mim. Ah, você.
Você amou! Eu me perdi! Eu me gelei! E me acabei! E você sorriu para um amor que
não era eu! E você se deu a esse amor! E você viveu por esse amor! Viveu com esse
amor! Eu, eu te perdi! Não mais te vi! Você se foi! E eu chorei! Uma vez mais tornei a
Deus e vi Deus, falei com Deus, pedi a Deus, me deixa ser um homem, me deixa ser
aquele que no coração dela fez morada, me deixa, me deixa ser aquele por quem ela
chora, para quem ela sorri, me deixa ser aquele a quem ela adora como um ídolo,
venera como um Deus, acaricia como uma criança. E ele me disse não! E eu não entendi, e chorei, e me prostrei, e indaguei, e ele me disse... Serais homem sim. Mas não serás o que no coração dela fez morada. Ele é o que veio antes de ti, e o que há de ficar. Tu, porém, a amarás, mas não a terás. A buscarás, mas não a encontrarás. A venerarás,
mas não a terás.
Terás outra mulher, e terás filhos com ela, e terás uma família.
Mas ela, a quem tu verdadeiramente amas. Essa não a terás. E este será teu julgo, e este será teu castigo perpétuo, por ter me pedido além do que te havia dado. Para consolo teu, porém, te darei domínio sobre as palavras, e as dominarás, e brincarás com elas, e as subjugarás à lucidez do teu raciocínio, e comporás com elas, e versejarás com elas, e farás grandes obras com elas. E este será teu consolo que te é dado por mim. E isto te dou para que sempre que a saudade bater às portas de teu
coração, e começares a perder tua própria razão, escreverais, e te dominarais, e te
aliviarais. Eu voltei de Deus, pedi perdão a Deus, e ele me fez homem. E eu sou homem. E vivo sob o sol, sob a lua, sobre a terra. E
tenho também sangue nas veias. Eu comecei a pensar em você novamente. Eu
comecei a sentir saudade. Eu comecei a perder a minha própria razão.
Estou escrevendo, estou me dominando, estou me aliviando.
SONETO EM PRANTO
O amor que eu cantei ardentemente
Em uma saudade agora o improviso
Pois arranca-lo da poética foi preciso
Para não recuar, fiz-te contundente
Na sensação o sentido tão pendente
Nos versos, inconveniente, indeciso
Fazendo desta emoção algo preciso
Deixando na prosa suspiros somente
E peno. Restrito sinto toda a carência
Não há mais a trova que amava tanto
Zanzo. Um andante na sobrevivência
Assim, padece o meu amoroso canto
Em lágrimas um versar em sofrência
E, para chorá-lo o soneto em pranto.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
16 maio, 2024, 19’37” – Araguari, MG
Chuva cai la fora,
E a saudade pinga no meu peito,
Tento me manter firme,
Mas sempre me pego pensando em você,
Tenho sonhos direto,
Vi uma foto nossa juntinhos,
Que lindos, é verdade, isso era certo,
Não tem como esconder,
Falando nisso, ja sei que encontrou um novo amor, desejo que seja feliz,
Vai ser difícil? Sei que vai,
Mas vou tentar te esquecer…
.
05/24
Saudade
.
Saudade, incompletude do ser,
A peça que falta,
Tempo suspenso, ponteiro parado,
Vazio com resignação,
.
Saudade, amor amordaçado,
Da feição na memória,
Peito despedaçado, sorriso lembrado,
Pranto não chorado,
.
De que serei digno?
Merecedor eterno,
Do sofrer calado, olhar desolado,
Sorrir inventado,
.
Voltar. Sonho acordado,
Florescer da alma,
Renascer apaixonado,
Reviver o amor mais amado,
.
Sentir, o beijo molhado,
Hálito trocado,
Do entranhar transpirado,
Pulsar indomado,
.
Curar, no ápice alcançado,
Êxtase dos corpos,
De coração aquietado,
Olhar cobiçado.
Vendo sua foto e a saudade bate.
Só queria que tudo tivesse sido diferente...
Amo seu olhar, amo seu sorriso, amo seu jeito e amo a forma como você me faz querer ser alguém melhor sem nem perceber.
Não posso dizer que vou te esquecer, pois estaria mentindo para mim mesmo.
Fico a pensar se está namorando, e essa possibilidade me assusta.
Na última vez que conversamos, meu coração acelerou, como se eu fosse um adolescente falando com a garota de quem gosta.
Se dependesse de mim, ainda estaríamos conversando. Mas meu lado racional não permite. Além do mais, não parece sentir a minha falta.
Sei que a possibilidade de ler isso é de 2%. Mas, se ocorrer, saiba que eu te amo e assim continuará sendo até o fim dos meus dias.
Eles dois estavam separados
por quilômetro que se
resumia em metrôs, ele
chorava de saudade, ela
apertava a mão no peito e perguntava onde está meu amor? As lágrimas rola dos dois quase sempre em mesmo
instante. Só que para o amor vencedor quilômetros só era
segundos pra eles se encontra em uma história de superação de distância de um
amor verdadeiro.
Prima-vera
Oque fazer quando a saudade aperta o coração? E faz dos seus sonhos uma ilusão?
Já amanheceu e eu não consegui dormir.
Pensando em você aqui perto de mim
Porque o destino foi cruel assim?
Te levou pra longe sem me avisar
Nem deu tempo de abraçar.
A Prima-vera já chegou, mas já nem sinto o perfume de uma flor, as vezes vejo noite virar dia
E as lágrimas que rolam não são de alegria.
As palavras certas sobre a saudade é a confirmação que só hoje preciso receber um abraço seu, te encontra com qualquer humor. Mas, simplesmente
não chore. Pois, eu te amo e não te quero ver triste. Mas, eu sei que você também está com saudade. Só que dentro de ti a o nosso enorme amor mesmo sujeito a tristeza e a saudade.
Eu suplico que tenha calma que nosso plano de casal, vai da certo, quando a tristeza da saudade tiver passado é o êxtase do nosso encontro mais perfeito
a luz do sol ou da lua. Só que a saudade é uma palavra muito pequena para a dimensão do nosso amor que é do tamanho da dimensão do universo. Por isso, essa saudade só será hoje que preciso te encontra de qualquer jeito pra matar essa saudade e ouvir do mozão:Eu te amo. Um eu te amo o maior combustível inabalável.
Quando bate a saudade
O coração tem que aguentar
que remédio tem ele?
Não te posso fazer voltar
Por não te poder obrigar...
A viajar pelos meus braços
Tenho medo de te perder
E quebrar meu coração em pedaços
Tu és o meu pensamento de poetiza
A maré do meu mar
O açucar do meu bolo
És aquele que me faz perder o sono
Quando penso em ti sinto borboletas,
Mas também sinto um aperto no peito
Tenho medo que vás com a corrente
Assim como foram meus outros desejos
Quando penso em ti a preocupação é grande
Tenho vontade de te agarrar
E nunca mais de deixar ir,
Só para ter a certeza de que...
Diferente dos outros,
Tu não irás fugir.