Carta ao Meu Pai

Cerca de 562 carta ao Meu Pai

⁠Pai nosso que estás nos céus.

Nós céus de todo ser existente
Que sabe no céu viver...
És meu Pai, meu Paraíso,
Se eu ligar-me em teu poder.

SANTIFICADO SEJA O VOSSO NOME...
Porque o teu nome é sagrado
Está sempre bem guardado
Em todo Bem deste mundo.
Está no homem, na planta,
Na fera, na ave que canta,
No céu ou no mar profundo

VENHA A NÓS TEU REINO...
O teu reino é a Verdade,
É o amor de toda idade,
É a alegria de viver...
É a saúde perfeita,
É o prazer de quem aceita
Que tu estás em todo ser.

SEJA FEITA A TUA VONTADE
A tua santa vontade,
É me dar felicidade,
é me ligar só no Bem...
É me dar logo em seguida,
As boas coisas da vida
que eu desejo também.

ASSIM NA TERRA como no céu...
Deus está na matéria,
Porque Deus não é Miséria
Porque Deus é perfeição.
Se meu corpo está doente,
Liga-me em Deus novamente
E fico de novo são!

Assim na terra COMO NO CÉU...
A mente é um céu eterno,
Ou, então, o próprio inferno,
Que no início se traz.
Mas fazendo a tua vontade
Terei um céu de verdade,
De harmonia, amor e paz.

O PÃO NOSSO DE CADA DIA...
O pão é a própria abundância
Que eu pedindo com instância,
Alcanço em qualquer lugar,
hoje, amanhã, cada dia,
Porque o universo irradia
Tudo que eu mentalizar.
O pão nosso é a riqueza,
Saúde, emprego, salário,
Alimento, vestuário,
Terra que planto e que piso...
Pão nosso é paz, harmonia,
Amor e sabedoria,
E tudo de que presiso.

NOS DÁ HOJE...
Foi na verdade por isto,
Que me ensinou Jesus Cristo:
Pede e tu receberás.
O que pedires ao Pai,
Se tua mente nõa sai,
Tu sempre conseguirás

PERDOA NOSSAS OFENSAS...
Sei que em Ti não há castigo,
Pois sou eu mesmo que ligo
O meu poder desruidor.
Quando entro em desarmonia
Eu propuzo a avaria
Que me traz doença e dor.

ASSIM COMO NÓS PERDOAMOS A QUEM NOS TEM OFENDIDO...
Eu endi o sentido
e sei que asiim que se faz.
Quem perdoa como deve,
Tem a mente limpa e leve,
Tem saúde e vive em paz.

NÃO DEVEIS CAIR EM TENTAÇÃO...
Na tentação negativa
De tudo aquilo que priva
A gente de ser feliz.
Só ligo meu pensamento
Em Deus a todo momento,
E Deus sempre me bendiz.

MAS LIVRAI-NOS DO MAL
O mal sou eu que o crio
Quando eu mesmo me desvio
Da Harmonia do Bem
Só quero, neste momento,
Entender que é o pensamento
Que cria tudo. Amém


Desconhecido

Inserida por JoseRicardo7

Para o meu pai...

Ô meu pai,
Ô minha mãe,
Ô minha família !
Ô vc que me deu tudo ,
todos os ensinamentos de uma vida ,
com minha mãe,
me doou o seu tempo e seu amor , com minha mãe,
me ensinou o que é certo ,
com minha mãe,
me deu a vida com minha mãe .
Ô meu pai,
Ô meu pai ,
sou tão feliz por ter tido você.
Ô meu pai,
Ô meu pai .
Em que estrela tu habitas?

Inserida por nancymoises

Ivo Terra Mattos
47 min ·
Lembranças do meu pai Lazinho e do seu assistente Correia. (Vulgo rabo de tatu)

--"Vai ter que trabalhar sim! Vai engraxar sapatos", (idade 7 anos)
--"Não gosto de filho homem.
--"Nasceu mais um macho (quando nasceu meu irmão Carlão)
- Se eu te pegar no rio vou te dar um tiro.
-Eu não falei para você não ir nadar? Volta aqui! não voltei, ele levou meu calção. Quando cheguei em casa já era noite, aí...
o Correia entrou em ação; “Quando eu falar para você não ir no rio, você me obedeça". e dá lhe mais, Correia.
-Quem te falou que galinha voa? Eu, arremessando uma galinha para o alto sem ver que ele estava bem atrás de mim. Primeiro foi uma tijolada, depois um ponta pé na bunda.
--Por que que cavalo está suado? Era só você ir buscar ele no pasto e não sair galopando com ele. Não foi isto que eu te falei, hein? Não corra, volte aqui. Mais umas lambadas nas costas.
-Se você brigar na rua e apanhar eu te arrebento aqui em casa.
-Homem não chora. (Aprendi a chorar para dentro)
-Fumando? Foi um tapa com tanta força que arrebentou o cigarro e a minha boca. Molhei a calça, me mijei (idade 8/9 anos)
-Para onde você estava indo? (Primeira fuga 9 anos) vou ensinar você a fugir de novo. Apanhamos em dupla, eu e meu amigo de fuga, um vizinho. Eu do meu pai e ele do dele.
-Desta noite você não escapa; o diabo vem te buscar.(eu tinha comprado todo o salario dele em figurinhas de jogador de futebol)
- Por que, que o seo amigo traz dinheiro e mais carne para casa e você só traz um pouco de dinheiro? Está gastando o dinheiro de engraxar com figurinhas? Apanhei sem poder falar, que meu “amigo” comprava carne na conta do amante da mãe dele. Quando descobriram, apanhei por não ter contado.
-Comprei uma paçoquinha para você, toma, coma! (lembrança do presente)
-Você não vai dar em nada na vida. Vai ser igual seu tio,,,,(meu tio morreu de depressão, era doente)
um dia, com doze anos, fiz duas fugas ambas sem sucesso, apanhei pelas duas e mais algumas que supostamente viriam. não parou por ali. fiz a terceira com o auxilio da minha irmã, que praticamente me adotou. Fiquei morando com ela até meus dezoito anos. Depois disso, voltei a morar com meus pais por mais dois anos. Com vinte anos fui embora para São Paulo e nunca mais voltei pra minha cidade de Santa Mariana.

Inserida por IvoMattos

Soberano Deus

Meu Pai celestial
Peço nessa humilde oração
Arranque essa dor do meu coração.
Pois está dilacerando minha alma.
Vem me socorrer agora
Estou chorando pedindo
Só o Senhor sabe a dor que estou sentindo.
Espírito Santo
Meu consolador vem me ajudar
Sozinha não consigo me levantar.
Me socorre meu Deus.
Hoje faço essa oração digitando
Falando o sentir desse coração.
Sei que essa dor veio pra eu aprender a sobreviver.
Só de orar já estou sentindo passar.
Porque o Espírito Santo me consolou
Tu meu Pai me ouviu
E arrancou a dor.
Só tu entende esse ser humano que sou.
Fraca sensível com um coração cheio de amor.
Nunca deixe entrar o rancor.
Obrigada meu Deus
Porque sei que tu já me atendeu.

Meire Perola Santos

Inserida por Meireperolasantos

Minha oração
Contra as muralhas

Meu Deus glorioso, meu pai eterno, pelo nome de Jesus, ao amor da cruz, pelo sangue derramado e que entregou toda maldição no madeiro, abarcou minhas dores, meus dilemas, meus pecados, minhas considerações, a ti clamo pela intercessão junto ao pai, chamo incessantemente, oro, rezo, devoto minhas palavras e confesso o peso que sinto, de forma que o alívio possa emergir pela sua fidelidade misericordiosa.
Oh pai, não sei qual a pedra, a parede, o gigante, a muralha que subsiste em mim que afasta teu espírito, não sei exatamente dos empecilhos e atitudes que minha carne confere e que se cria uma resistência para habitação no teu espírito em mim.
Então o pai volto minha petição para que eu não seja confundido, que não seja enganado, que não me faça ignorante e insensato, que a imprudência e insensibilidade não ganhe voz no meu coração e mente, pois estou me prontificando em receber o teu espírito senhor, chamo por essa condição que tua compaixão e piedade se instale na minha maneira peculiar de conduzir essa transição.
Não tenho vergonha de gritar, pronunciar aos quatro cantos, até poderia em particular jorrar minhas agonias, porém presidiário de uma condição foi o estabelecimento proposto durante 42 anos e agora senhor, agora seja quebrado todo obstáculo, a que o inimigo seja repreendido, seja extinguido da minha vida, seja enjaulado na sua própria crueldade e toda manifestação que sempre prejudicou vai ser consumida no fogo ardente da espada justa do senhor.
Pela honra e glória da tua palavra senhor, revigore e transforme toda condição dessa criatura que implora por ti, pelo amor da cruz em nome de Jesus.

Giovane Silva Santos

Inserida por giovanesilvasantos1

6bala

Em 800 e e um bocado
Num velho oeste esquecido
Meu pai falava
Acostume com essa vida,
Só não siga a merda do caminho errado

1888 já era aprendiz do tio Bill
Com Jack seu companheiro
Enganavam todo o vilarejo
Com seu revólver seis balas

Uma coisa era óbvia
Jack pra um lado e eu pro outro
Com lágrimas a rolar
Um último confronto

Resurgindo do fundo do poço
Trazendo consigo esperança
Com seu revólver de justiça

Até hoje sigo Jack e sua companheira
Por todo o velho oeste
Com uma última promessa a cumprir

Inserida por Mark14

SAUDADES... MUITAS SAUDADES...
Certa vez meu pai falou: “Meu filho, não diga nem faça nada que um dia possam usar contra você. Respeite o próximo, as leis, as regras de convívio social. Cuide da sua vida e de seus familiares e amigos próximos. Tua saúde é o bem mais precioso: Assim poderá sobreviver e ajudar aos mais necessitados. E lembre-se sempre: 1) Quem bate em pequeno é covarde, quem apanha de grande é bobo. 2) “Lute para ter o que é seu de direito, jamais cobice ou tome nada dos outros.” Não assim, literalmente, eu acrescentei outros conselhos dele. Procurei pautar minha vida seguindo os conselhos do meu pai. Depois do décimo tombo sério e ralada geral, deixei de brincar / competir com o Carrinho de rolimãs. Depois de quebrar os óculos de um coleguinha, nunca mais usei o estilingue e a sacolinha com mamonas. Depois de ser atropelado por um caminhão aos 10 anos, nunca mais atravessei as ruas desafiando o trânsito. Fascinado por armas de fogo, após os primeiros tiros decidi manter distância dos gatilhos. E assim fui levando. Sempre preferindo prevenir, para depois não ter que remediar. Mas acidentes acontecem, independente dos seus cuidados. Nem todos os acidentes são provocados por humanos. Os fenômenos naturais provocam cataclismas, tragédias universais. Quem pode evitar os efeitos devastadores das erupções vulcânicas, dos terremotos e tsunamis? Quem poderia prever a mortandade diante da Gripe Espanhola? Agora me recordo dos versos da canção “Quem inventou o amor”, de Dorival Caymmi (Quem inventou o amor / Não fui eu / Não fui eu, não fui eu / Não fui eu, nem ninguém / O amor acontece na vida...). Pois então, quem criou esse terrível Coronavírus / Covidi-19 não fui eu, não sei quem foi, mas essa pandemia está me impedindo de seguir a rotina: Pagar taxas e impostos, comprar alimentos, pagar as contas mensais, abastecer o carro, curtir o samba raiz com amigas e amigos toda semana, paparicar os netos, procurar não dar trabalho para os filhos. Confinado voluntariamente desde o dia 14 deste mês, antecipei as medidas indispensáveis à preservação de todas as pessoas com as quais convivo, muitas das quais nem mesmo sei o nome. Recomendei ao síndico do meu prédio a imediata adoção de medidas, como disponibilização de álcool gel nos acessos (portaria, elevadores), a restrição para entrada de terceiros no prédio, as orientações básicas aos funcionários, a interrupção de quaisquer atividades nas áreas comuns. Repassei minhas preocupações aos familiares e amigos. Continuo seguindo à risca as recomendações das autoridades da área da saúde. Mas a saudade de tudo o que deixei de fazer é o que mais me martiriza, ao lado do pesar pelos adoecidos e pessoas menos afortunadas. Sinto muita saudade dos bailes, dos espetáculos teatrais e musicais que deixei de frequentar, dos cinemas que nunca mais entrei, das peladas domingueiras, das caminhadas diárias nos parques da cidade e até mesmo das missas.
Pois é. Não adianta “chorar o leite derramado”. Agora só nos resta orar e ter esperanças de dias melhores. Nesse meio tempo, é bom ir anotando na agenda tudo aquilo que nós gostaríamos de fazer. Até lá.
(Juares de Marcos Jardim - Santo André / São Paulo - SP)
(© J. M. Jardim - Direitos reservados - Lei Federal 9610/98)

Inserida por Superjujar

Se tudo é Teu,
O que te dou meu Pai?
Eu quis te dar as flores
E o perfume dos insensos
Mas Tu os criastes, ó Pai.
Então vai, usa me corpo
Goza comigo, goza por mim
Pode sentir meu coração e chora as minhas lágrimas
Sente o sal ardendo minha língua
E a pimenta queimando meus tecidos
Olha Tua beleza queimando meus olhos
E ardendo meu espírito
Eu sou tua, me criaste!
Agora me usa, me usa!
Eu sou boa de usar porque sei sentir
Eu presto para amar e eu também canto
Eu sou Tua, que parte de mim é minha já não sei...
Mas vai, entra, pode sentir meu corpo
Meus sonhos e meu cansaço
Você criou a tudo e todos que eu amo!
O que posso eu te dar?
Te dou meu coração! Eleve no Teu céu
Eu lhes contarei histórias eu os beijarei
Tu és bom como as frutas e o sol que brilha e aquece
Não me esqueça, me ame, me ame como teu corpo preferido!
Eu sou boa de enxergar e vestir
Soprarei Tuas palavras como o vento que acaricia
Me cuida, me leva, me possui
É assim que sou é assim que somos
Ah, o que posso te dar?
Os tratarei como Deuses pois também os habita
Nem daqui a mil luas, mil anos, não estaremos juntos novamente, senão agora.
Te amo, esse grito silencioso nas entranhas de mim é Teu!
Pega Deus, dono do mundo, criador do infinito, do tudo e do nada que somos nós!
Vibra meu grito nas Tuas viceras, me sente!
Estamos vivos e nos reconhecemos
Como Tu eu não sou fácil de derrubar, eu sou boa de fazer subir
Elevo até vós e teus anjos meu amor, ele é tudo que tenho
Vou bater meu tambor e cantar para Ti
E vou ser Seu calor no coração de meus irmãos
Me faça doce
Doce como teus sentidos
Caro amigo, só enquanto vivo existiremos e nos conheceremos
Obrigada!
Me veste com a sorte, sua criança preferida, e que nos caibamos bem.
Entre ser muito e não ser nada é onde resido
Honrarei Tua vista com beleza enquanto me levantar
Nossos caros olhos, nos veremos e nos amaremos
Ao mal, meus sentimentos
Ao bem, minha saudação!
Trate-os como Deuses me dissestes em sonho.
Eu o farei meu Pai
Receba meu amor sentido pelo coração dos meus irmãos
A mim, não importa o que fazem.
Se eu amar seus olhos, eu os amarei

Inserida por nanavedo

Soneto
Meu pai era um homem feliz

Ele nunca precisou de riqueza para viver.
Ele nunca estudou, mas era educado.
Criou a sua família trabalhando no roçado.
Nunca reclamou de nada mesmo no "cabo da enxada."

Tinha Paciência de Jó.
Era homem de uma palavra só.
Ás vezes fingia não ouvir para não discutir.
Gostava de achar graça.
Bebia "as suas cachaças".

Não mexia com ninguém
Aos filhos queria muito bem.
Lutava pela nossa felicidade.

Lembro-me com saudade.
A sua partida era esperada
A doença o venceu.
poeta Adailton

Inserida por adailton_ferreira_1

Sempre soube do meu potencial, mais até um lutador tem um treinador, eu tenho meu pai pra me chamar de idiota, ele esconde que minhas invenções nunca deram lucro, eu reinventei a maquina do tempo, inocente comentei com meu amigo que me fizera a continuar, atraído pelos amigos que me vinheram a sequestrar, amigos, amigos, intitulados irmãos, quadrilhas de miseráveis ratos sem criação, fui pra toca estudar e meu segundo objetivo era criar uma ratoeira gigante, ratos de esgotos sempre zombam, ignorante, por fim conheci duas damas que eram rota a titular, uma fingia ser minha amiga e a outra me temia a devorar, repartir meu amor com elas, era o mais febril pra quem expandia calor, adotei o lado frio e fui chamado de anjo, meus amigos me corroíam, como queijo de sabor, mal sabiam que todo queijo é raro é anjo.

Adotei uma postura fria, foi resquício de um passado opressor e deliberado em declínios de controles emocionais, bando de animais, transformaram o amor que eu tinha numa coisa guardada aqui dentro, sei que posso recupera-lo, difícil é acha-lo, o guardei com alguém que eu nunca esqueci mais meu amor enfraqueci e nem o ofereci, chorar talvez seja melhor nos seus braços, pois, nunca tive vergonha de amar, mais pra eles um amante do amor no ar, pode estragar tudo, bastardos mal sabem que o verdadeiro amor rompe os horizontes em campos de batalha, aprecio as migalhas hoje tão raras, que daria um fígado ou um coração pra ter no seu colo aquela emoção que era te amar.

Inserida por jonadab_irving

⁠O MEU PAI SALVOU UM HOMEM, O MEU TIO OUTRO


Por Nemilson Vieira de Morais (*)

Por ocasião das eleições municipais na minha cidade…
O clima político em Campos Belos, nessas disputas se elevava.
Era comum as discussões a cerca de um ou outro postulante a uma cadeira administrativa.
Nem sempre esses embates ficavam somente no campo das ideias: em dados momentos, os ânimos se acirravam, e as agressões deixavam de ser verbais e, iam às vias de fato.
O povo compareciam aos comícios, para apoiar e ouvir os discursos inflamados dos distintos candidatos.
Geralmente esses encontros eram realizados em carrocerias de caminhões posicionados em locais estratégicos, pelas ruas da cidade, distritos e fazendas.
Eu mesmo andei a discursar numa dessas ocasiões, na campanha do deputado José Freire, e outras lideranças políticas estaduais e locais.
Alguns candidatos passavam dos limites nas promessas que faziam. Não cumpriam o prometido. “Desde aquele tempo a ‘mentira’ no mundo da política comandava o espetáculo.”
Havia perseguições políticas por parte de alguns mandatários, principalmente quando o eleitor declarava publicamente outra opção do seu voto.
O ir e vir das pessoas nas ruas nos dias da votação eram intensos.
Alguns pais precavidos orientavam os seus filhos a não participarem daquela agitação toda, e muito menos das questões políticas. Opor-se ao governo (nos três níveis) não era recomendável. No dia da votação a minha mãe ficava a orar a Deus, para que tudo ocorresse em paz, naquela disputa; pedia a nós que não saíssemos de casa: era “perigoso!” Não dava para saber o que poderia acontecer.
Os candidatos a vereança e a prefeitos compareciam aos seus redutos eleitorais; a tirar fotos com o povo e ouvir as reclamações dos moradores. — Visitar escolas, comunidades, hospitais; inaugurar comitês, reuniões com apoiadores, fazer as suas últimas promessas…
Um dos candidatos a prefeito esbanjava carisma: o Adelino, filho da terra, já havia administrado a nossa cidade. O outro candidato não me lembro bem quem era, mas, a campanha ia num bom nível. Qualquer um dos ganhadores estávamos bem representados.
Ao aproximar-se o momento da prova dos nove. Em que as urnas iriam falar. Um dia à tarde próximo à votação o João (preferi assim o chamar) eleitor de um dos candidatos tomava uns aperitivos a mais e jogava conversa fora, no bar do Elias. O Lázaro eleitor dum outro andava armado sem uma autorização, e sem ser incomodado pelas autoridades competentes adentrou-se ao ambiente e logo começou a discussão política. Decisão que quase causaria uma tragédia maior: saltou para fora da venda, num respeito ao proprietário e convidou o João para resolver a questão na rua. — Na bala. O convidado não pensou duas vezes e mais que depressa atendeu o chamado. Como uma serpente a dar o bote na presa. O Lázaro negou o corpo e sacou da cinta um revólver de todo tamanho à vista dos nossos olhares atônitos, já pronto a cuspir fogo no ralar da espoleta.
O João ao ver a arma apontada na sua direção saltou no seu algoz como um atacante na hora de fazer o gol: perdeu o pulo e caiu.
Debruçado na terra fria e pedregosa, aos pés do inimigo só a misericórdia de Deus, e ela fez-se presente…
O Lázaro só teve o trabalho de mirar a arma na cabeça de João e apertar o gatilho. — Bam! — Ai!
O projétil do disparo cravou-se numa das suas mãos que, mesmo atingido levantou-se e atracou-se com o seu rival. O sangue esvaia-se…
João por cima de Lázaro quase toma uma facada de graça de terceiro…
Um sujeito miúdo, amarelo feita a goiaba madura, ao lado a observar tudo e com vontade de entrar na confusão tomou as dores de Lázaro: aproximou-se mais e puxou da cinta uma enorme peixeira, que parecia um punhal procurava o melhor lugar para sangrar o João. — Descia do alto da cabeça a sua mortífera lâmina fria na direção do vão da clavícula do pobre.
De repente o forte grito do meu pai ecoou pela Rua do Comércio afora: “Não faça uma coisa dessa com o rapaz!"
O homem voltou com a faca para a bainha imediatamente.
O João a lutar e relutar sozinho para tomar a arma do inimigo nem percebeu o tamanho do risco que correu. — Morreria sem saber do quê.
De tanto esforçar-se, com um joelho flexionado sobre Lázaro no chão, o João já o dominava.
A arma do seu inimigo político já estava na sua mão, quando o tio Elias entrou em ação e a tomou.
Salvou o Lázaro da morte e o João da prisão. — Por certo.

*Nemilson Vieira de Morais
Acadêmico Literário.

Inserida por NemilsonVdeMoraes

⁠Fruto do Pai
Meu pai dizia
Que tinha de ser aroeira
Lustrar a epiderme cinzenta
Pinçar as sobrancelhas
Escovar o hálito
Acetinar os cabelos
Cortar as cascas
Ser adstringente nas respostas
Resinoso para atrair
Não ter muita importância
Se banhar de estimação
Ser baga trilocular
Desconfiar
Que somos
Filhos de Deus
Em parto humano
Que nada descende
De nossa criação
Mas do espírito
Capsula
Suavizada em Deus
Com nome e identidade
Pela vida além
Livro Pó de Anjo
Autora: Rosana Fleury

Inserida por RosanaFleury

⁠Para meu Pai...
Hoje comemoramos seu dia...
Data muito especial!
Quero dizer que você foi muito importante e especial em minha vida! Pois, com você aprendi a valorizar tudo que nos cerca e acreditar na importância do amor e da felicidade.
Com você aprendi a dizer sim para a vida e me permitir ir rumo ao novo.
Por isso, receba minhas orações e permaneça na luz que vem do céu, onde tudo é graça, paz e perfeição. Permaneça na mesma Luz que envolve os Anjos de Deus.
Obrigada pela oportunidade de ser sua filha!

Inserida por LucianeTonete

⁠Esse homem será a minha referência enquanto Deus permitir o sopro da vida. Meu Pai , meu amigo , meu conselheiro e em tudo sempre será meu tudo!
Deus quis a sua partida , não aceitamos , mas do pó viemos e ao pó voltaremos ...
Nosso sentimento é de dor nessa hora, a ele o descanso .Vai com Deus meu Pai !!!!!
07/08/2020

Inserida por Jherecardoso

⁠Meu pai.
Meu pai nasceu em 1919 e teria hoje, se fosse vivo, 101 anos.
Infelizmente ele se foi em 1999 portanto há vinte e um anos.
Tenho vagas lembranças de como teriam sido os primeiros anos da sua vida pelos seus relatos já quase esquecidos.
Para falar a verdade, é dificílimo imaginar meu pai aos cinco, dez ou quinze anos, vivendo na cidade de São Paulo onde as novidades o teriam deixado tão surpreso, como para mim o advento da televisão colorida em meados dos anos setenta ou a internet nos anos noventa.
Naquela época as grandes novidades devem ter sido a chegada ao Brasil dos primeiros carros, a popularização do rádio e o acesso aos primeiros cursos universitários.
Meu pai contou que o primeiro carro que meu avô comprou, um Ford 1929, da sua alegria em ter um rádio e de como ele conseguiu fazer à noite, o curso de ciências contábeis e atuariais da Faculdade Álvares Penteado do Largo de São Francisco.
Tempos difíceis, dizia ele que vivenciou o gasogênio, tinha dificuldade em saber das notícias internacionais pelo rádio e tinha que chegar em casa, por imposição do meu avô, obrigatoriamente às nove horas da noite, ainda que as aulas terminassem depois desse horário.
É bem verdade que ele tinha certas regalias que a maioria dos jovens não tinham . Ele já podia dar suas voltinhas com o carro da família uma vez que desde os dezoito anos ele é quem dirigia porque meu avô tinha dificuldade para fazê-lo, para não dizer que dirigia muito mal.
Foi numa dessas voltinhas pela Rua Frei Caneca que ele viu pela primeira vez a minha mãe. Deve ter sido um impacto fulminante porque a minha mãe era seguramente a garota mais bonita de toda São Paulo. Prova disso, são as fotos que sempre publico.
Além de linda, minha mãe dançava balé, era formada em música pelo Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e dava consertos públicos aos dezenove anos de idade. Sua educação foi primorosa. Era a mais bonita, a mais inteligente e a primeira filha mulher. Ouvi dizer que era o xodó do pai e da mãe com muita razão.
Segundo meu pai, a troca de olhares foi rápida, as primeiras conversas furtivas e o namoro alguma coisa perto de uma história de terror uma vez que o meu avô era um português no mínimo turrão.
Quando meu pai foi pedir minha mãe em namoro, a conversa teria se tornado um desafio uma vez que meu avô disse que com filha dele ninguém brincava e que ele não admitiria namoro ou noivado prolongado.
Quem conheceu meu pai sabe que o sangue espanhol dele fervia nas veias quando era confrontado e ele teria perguntado ao meu avô quanto tempo seria suficiente ou demasiado e meu avô teria dito que não poderia demorar mais que seis meses.
Oh! Deus! Imagino a cara do meu pai, que esperava autorização para ir ao cinema com minha mãe na companhia de alguma irmã e sair de lá noivo para casar.
Segundo relatos fidedignos, meu pai teria imediatamente marcado a data do casamento para daí a quatro meses e o grande problema nem foi esse e sim contar para o meu avô, o seu pai que ele casaria no final daquele mesmo ano.
Houvesse esse termo naquela época e eu diria que “a casa caiu”.
Meu pai me contou a condição imposta pelo padrasto para que ele se casasse seria ir morar em Vera Cruz, uma cidadezinha do meio do Estado de São Paulo, que hoje tem uns de dez mil habitantes, naquela época só uma rua pequena e sem saída.
A minha mãe me contou que foi uma correria louca. A noiva tinha que fazer o enxoval, e promover a festa e o dinheiro mal dava para o dia a dia da família Pacheco.
Apesar dos pesares meu pai e minha mãe casaram-se dentro dos escassos quatro meses. O vestido da noiva era uma obra-prima, a festa foi perfeita e até pouco tempo, havia em casa alguns lençóis de puro linho do enxoval original. No mais, eu estou aqui para contar essa história louca e verídica.
História do cara mais incrível que eu conheci, meu pai Antônio Guzman Mariscal.
Contabilista rádio amador, criador de pássaros de canto, espanhol esquentado, homem íntegro e honesto que fez tudo que podia pelos filhos, do qual eu me orgulho de ter muitos princípios. E o nome Guzman.

Inserida por marinhoguzman

⁠Bom dia dos pais
MEU PAI
Português de nascimento,
brasileiro por opção.
Criado na lavoura, vida dura,
difícil, sem instrução.
Distração? Nenhuma!
Semi-analfabeto, conseguiu
no esforço próprio, ler
e escrever.
Até caligrafia quis fazer
e fez.
Filhos? Dois,
Profissão? Motorneiro.
(Para quem não sabe,
era quem ao bonde dirigia).
Autodidata, em sua folga,
gostava da marcenaria.
Preferia vinho,
mas só bebia o que ele fazia.
Nos deu estudos e profissão.
Da sua maneira, nos ensinou da vida,
os seus segredos.
Quando dessa própria vida
o bom dela começou a desfrutar,
Deus lá de cima lhe disse:
"Deixa isso, o que tinhas de fazer,
já está acabado.
Sobe, fica do meu lado".
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E

Inserida por RoldaoAires

De menino virou pescador.
Por amor a mãe
Nunca chorou.
Transformado homem forte
Sem temor.
Meu pai foi guerreiro
Construiu a vida com fervor.
Escondia o que sentia
Só cuidava e passava
E a vida no fim lhe foi tirada
Com angústia de quem o amava
E a lembrança de quem ficava
Mas até o fim foi diferente
Mesmo com olhar ausente
A vida lhe deu de presente
Amor as plantas, aos livros e a passarada.



Inserida por elianemariacorreia19

⁠A Bola Dourada

O que recebi pelo amor de meu pai
eu não lhe paguei,
pois, em criança,
ignorava o valor do dom,
e quando me tornei homem, endureci
como todo homem.

Agora vejo crescer meu filho,
a quem amo tanto
como nenhum coração de pai
se apegou a um filho.
E o que antes recebi
estou pagando agora
a quem não me deu
nem me vai retribuir.

Pois quando ele for homem
e pensar como os homens,
seguirá, como eu,
os seus próprios caminhos.

Com saudade, mas sem ciúme,
eu o verei pagar ao meu neto
o que me era devido.

Na sucessão dos tempos
meu olhar assiste, comovido e contente,
o jogo da vida:
cada um, com um sorriso,
lança adiante a bola dourada,
e a bola dourada nunca é devolvida!

Börries von Münchhausen
Hellinger, Bert. No centro sentimos leveza. São Paulo: Cultrix, 2006.

Nota: O pensamento costuma ser erroneamente atribuído a Bert Hellinger.

...Mais
Inserida por ArcelioPreissler

⁠Quem sou eu?
Sou a soma de tudo que vivi.
Sou um pouquinho da minha mãe, do meu pai, dos meus avós, irmãos, tios, sobrinhos e primos.
Eu sou os amigos que conquistei.
Sou os livros que li.
Sou um pouquinho de todos.
Sou os lugares que por aí andei.
Sou muito dos alunos que ensinei.
Sou muito das pessoas que conquistei.
Sou os valores que aprendi
Sou o amor de Deus que habita em mim
Sou as histórias que vivi
Sou um pouco das crianças que ensinei
Sou um pouco das crianças com as quais aprendi
Sou Pedagoga por amar a profissão
Sou uma eterna aprendiz

Inserida por eaqueluz

⁠Senhor Deus todo poderoso...
Te Peço Pai....
Atende nossas suplicas.....
Ouça-me oh Deus...
Meu pai....
Pai nosso....
Pai de todos....
Você que está no céu...
E na Terra...
Em todo o Universo....
Oh Deus....
O mundo se ajoelha....
Pra te adorar....
Volte seus olhos.....
Inclina teus ouvidos para nós....
Atenda nossas súplicas...
Nossos clamores....
Mande seus anjos....
Traga-nos o prazer de viver... Derrame seu Espirito sobre nós....
Faça seu Espirito reinar em nós...
Oh Santíssima Magestade...
Perdoe nossas ofensas....
Venha nos abençoar.....
Somos pecadores e miséraveis diante do teu amor....
Tu,
Sofrestes maltratos....
Fostes apedrejado...
Fizeram de ti um farrapo....
E sangrou todo sangue por nós.....
Sentiu e levou
todas feridas e feridas....
Dessa raça que tu defendia...
Oh Santíssima Magestade....
Olhe para essa humanidade....
Eu te Peço....
Queremos sua saúde e Paz....
Eu clamo...
Eu te chamo....
Eu imploro.....
Em nome do Pai....
Do Filho....
E do Espírito Santo....
Envie seus anjos...
E arcanjos....
Mande os exercitos....
Dos céus....
Os anjos de luz...
De ordens....
Para eles eliminar....
Essa pandemia....
E todas as doenças da terra....
Que eles traga seu clarão....
Eliminando as trevas....
Que querem....
Acabar com a terra....
Oh Deus...
Oh Deus...
Por favor oh Deus....

Ricardo

Inserida por JoseRicardo7