Carne
tua corda prende a primeira hora
e retira da carne minha
o trato das tuas crianças
se não tomasse o nome do meu olho a planta
teu feitiço não funcionaria
trato tua terra com patas largas
que me dão caroços
e fruto à tua burocracia
se não tomasse o nome do meu olho a planta
teu feitiço não funcionaria
💕"ALCATEIA"
O desejo cresce inseguramente na confusão da carne
Sem palavras, sem gestos com gosto a sangue e a carne
Na sombra e na calada da noite cresce o crepúsculo de um espelho
Na janela do quarto voa uma cortina de seda
Quando a noite destaca-se sente-se a carne que tem o travo
Da saliva, saliva sabe a carne desejada
Não existe o mundo lá fora só os nossos corpos
Genuínos e inalteráveis os gemidos de paixão e amor
Que corre como águas para os rios
Paz exterior das folhas que dormem no silêncio
Na hora da posse quando a força de vontade ressuscita
Dentro de nossas almas ilumina-se
Com a luz da palavra despedida cresce tomando tudo
No teu regaço deitados nas noites, à luz das trevas
Gritei amor tentei gritar o teu nome
Para esquecer-me de ti sei lá porquê, não perguntes
Agora ouve, ouve meu amor, o meu fôlego
A chamar-te, a gritar por ti sente meu amor
Sente o meu silêncio a beijar-te não vás que o lume
Acabou de acender para nos devorar no escuro
Onde seremos eternos amantes como a alcateia dos lobos
Que a nosso lado pernoitam meu amor
O velho e o garoto
O velho e o garoto são iguais:
Feitos de carne e ossos
Diferem-se pelos extremos:
O início; e o fim da vida que se faz
O garoto anseia pelo amanhã;
O velho aguarda seu sepulto
E ambos estão suscetíveis
Às consequências do descuido
O garoto é entusiasmado;
O velho é angustiado
O dia agrada o garoto
A noite deleita o velho cansado
Uma breve vida; ao velho resta
Ao garoto; vasta descobertas
Mas o fim é o mesmo
Triste e a esmo
E que os dias revestidos com espinhos na carne; sejam levados ao nascer duma nova primavera. Trazendo flores eternas nas nossas almas, e afagando-nos, nesses dias invernais.
Quando as mãos se unem, os céus estremecem.
O ser (des)humano
Eu de carne
Olho aquele de carne
Eu de osso
Toco aquele de osso
Eu de sangue
Sinto aquele de sangue
Eu de cérebro
Admiro aquele de cérebro
Eu de pó
Me sinto melhor do que aquele, também de pó?
Consome meu corpo o desejo, umedece.
Abraço forte e seguro.
A carne dói, o peito inflama, a respiração falha, os olhos tremem, gotas de suor brilham, aquecem e resfriam
Sons que só os amantes provocam.
Vou tomar-te, sem pedir.
É meu o seu corpo, como o meu é seu.
É algo maior que desejo.
Pensamento livre, mas amedontra.
Necessitamos um do outro, para viver.
Fica o cheiro do amor que consome.
A autoconsciência conquistada ainda na Carne é uma dádiva que todos mais cedo ou mais tarde alcançarão.
A consciência de que o bem e o mal que se faz agora refletirão no futuro de nós mesmo, independente da varias roupagens que iremos fazer uso ao longo da eternidade.
Saudade
Ando dissolvendo,
derretendo,
sumindo.
Não a carne, falo da alma
Antes tão entregue
Tão absolutamente entregue
Hoje vaga difusa
Sem vontade de voltar pra casa
Habitar esse corpo
Que tanto calor nos braços teus sentiu.
Ao contrário de Cristo, não julgo fraca a minha carne; antes, o meu espírito, pois está sempre à sua submissão.
A carne vai, você me traz o mel do amor
O fel, o horror
O seu fervor
A carne vai e nunca vai dar neste amor
Você só quer soprar vapor
O que sai de mim, sai de você
Do nosso invisível querer
[Ode á Podóloga Nathalie]
E a espícula,
Qual guerreira lança,
Transpassou a carne do mortal.
Porém,
A "Musa" da arte da cura,
Removeu a pontiaguda Lança,
Que a carne do mortal Transpassou,
Devolvendo a ele,
O duradouro alívio!
Anjos não tem asas
Anjos voam até nós pelo pensamento
Anjos vestem carne, ossos e tem alma e inteligência
Anjo é o próprio DEUS encarnado e estará para sempre presente
A carne, o sangue e a mamata,
O alvará e a demência implantada,
Simulada a existência pacata,
Empurrão pra masmorra maquiada.
Minha carne
É minha veste
Minh'alma
É minha essência
Meu espírito
É o que eu
Verdadeiramente sou
Tenho que cuidar de mim
Igual a quem cuida
De um bibelô
Sou preciosa demais
Mereço ser cuidada
Com muito amor (próprio)
Então me amarei
Por toda a eternidade
Livrando as pessoas
De fazerem isso por mim
E viva o amor
Que me resgata
Diariamente
Do mundo terreno
E me deixa cada vez
Mais perto
Do plano espiritual!!!
Fernanda de Paula
Instagram: fernanda.depaula.56679
Novo Instagram: mentepoetica2020
Rapariga minha
Minha, toda minha, é com egoísmo que deleito me no aroma da tua carne, viajo no seu cheiro suado e suave, o rebento feminino que exala por entre as minúsculas penugem da tua face, tocar nos teus lábios é saciar da intimidade da tua alma, que aos gemidos chama me ardentemente e eloquente, minha dor sangra de ciúmes do teu perfume que espalha teu aroma aos quatro cantos, oh amada minha, oh paisagem dos meus sonhos, tua voz soa como o gorjear dos pássaros, não deixe me, nunca, nunca me abandone, pois é contigo que sonho eternizar meus sentimentos, amada minha oh como amo.
Giovane Silva Santos
O verdadeiro amor tem o final mais incrível, não porque a morte separa a alma da carne, mas por que temos a oportunidade de uma existência repleta de momentos humanizados, afinal a morte sempre foi inevitável, mas o medo em vida sempre foi conhecido como covardia; E covardes nunca vão compreender o amor, pois amar além de si é nosso maior ato de coragem em vida.