Carne
Rica pena, sólida ponte,
farta pimenta, cruenta fonte.
Da cunha cravada na carne,
Da Cunha gravada na lápide.
Euclides lembrado:
Contrastes e Confrontos...
HOJE, ÉS PÓ.
Vi o fogo queimar sua carne.
Senti o odor característico dos infernos.
Vi músculos que se retesavam em uma espécie de dança macabra.
Aspirei a fumaça de sua existência
Inalei sua alma, exalei seus pecados.
Esperei que o tempo pousasse no chão seco, suas cinzas
E esfreguei-as em minhas mãos, até que fugissem pelo vão de meus dedos.
Hoje, és pó.
Ontem, foste amor.
Quero me unir a ti Senhor, perto do teu coração estar, em vida, na minha carne e em tudo que em mim há. Na redundância do que é interno, quantas vezes for preciso dizer, pra internalizar que é dentro, aqui bem dentro, que eu quero cada vez mais te ter.
tua corda prende a primeira hora
e retira da carne minha
o trato das tuas crianças
se não tomasse o nome do meu olho a planta
teu feitiço não funcionaria
trato tua terra com patas largas
que me dão caroços
e fruto à tua burocracia
se não tomasse o nome do meu olho a planta
teu feitiço não funcionaria
💕"ALCATEIA"
O desejo cresce inseguramente na confusão da carne
Sem palavras, sem gestos com gosto a sangue e a carne
Na sombra e na calada da noite cresce o crepúsculo de um espelho
Na janela do quarto voa uma cortina de seda
Quando a noite destaca-se sente-se a carne que tem o travo
Da saliva, saliva sabe a carne desejada
Não existe o mundo lá fora só os nossos corpos
Genuínos e inalteráveis os gemidos de paixão e amor
Que corre como águas para os rios
Paz exterior das folhas que dormem no silêncio
Na hora da posse quando a força de vontade ressuscita
Dentro de nossas almas ilumina-se
Com a luz da palavra despedida cresce tomando tudo
No teu regaço deitados nas noites, à luz das trevas
Gritei amor tentei gritar o teu nome
Para esquecer-me de ti sei lá porquê, não perguntes
Agora ouve, ouve meu amor, o meu fôlego
A chamar-te, a gritar por ti sente meu amor
Sente o meu silêncio a beijar-te não vás que o lume
Acabou de acender para nos devorar no escuro
Onde seremos eternos amantes como a alcateia dos lobos
Que a nosso lado pernoitam meu amor
O velho e o garoto
O velho e o garoto são iguais:
Feitos de carne e ossos
Diferem-se pelos extremos:
O início; e o fim da vida que se faz
O garoto anseia pelo amanhã;
O velho aguarda seu sepulto
E ambos estão suscetíveis
Às consequências do descuido
O garoto é entusiasmado;
O velho é angustiado
O dia agrada o garoto
A noite deleita o velho cansado
Uma breve vida; ao velho resta
Ao garoto; vasta descobertas
Mas o fim é o mesmo
Triste e a esmo
Nosso relacionamento com Deus é espiritual. Nós não nos relacionamos com Deus na carne, mas nos relacionamos com Deus no espírito, através do seu Santo Espírito que habita em nós.
O que vai sobrar no fim de tudo dessa carcaça de carne chamada homem e o amor...Edione silva da paixão
RAÇA PODRE!
Vivemos a pele sacerdotal em carne todos dias,
quando juramos não cometer pecados,
mesmo que em nossa vida o celibato nos corrompa,
tornamos os erros nossos mantras de vida.
Lingua de carne, língua de lata, as vezes comparada como uma faca feita de metal que onde passa deixa a sua marca. Lingua que pode destruir e fazer tudo vira fumaça.
Tinder poético
Sou minha carta de alforria
Vestida apenas de carne,
emoção e poesia.
Não se assuste com a nudez
do meu corpo,queria te mostrar minha biografia.
A pele e a alma,se me permitir,
demonstrar a crueza da carne,
sem qualquer ilusão ou fantasia.
Temo o senhor
Recebi uma ríspida manifestação, percebo que essa minha carne grita, medonho pelos acontecimentos terrenos, eu creio, eu quero, eu posso, essa é a fé que coloco nos meus lábios e anseio brotar no coração, perante uma mente serena e decidida, mas senhor, pensar que o desastre pode se abater no meu lar, que minha família se pereça, que o devaneio dos meus amigos consumam teus dias, que meus filhinhos/irmãos rejeitados, aniquilados, abandonados e humilhados não saciem do teu Espírito, oh Giovane, duvidas de mim, de minha providência, da minha misericórdia, do meu amor, da minha benignidade, olha filho, olha Giovane, abra os olhos e assista me diariamente fartando o trigo, perece muitos pela dureza, tu sabes, perdoe senhor, perdoe o pai, é que realmente a natureza carnal, material, tende a querer gritar.
Mas o meu clamor diário é pelo acreditar, em ti, no amado Jesus, Altíssimo, sei que na botija do teu povo, aqui, nesta nação, vai se fartar, guardará minha família, seja pelo que se suceda, és sabedor, certamente que deves triunfar da tua maneira e assim seja a tua vontade.
Giovane Silva Santos