Carne
Eu queria casar mesmo é com a minha sogra. A carne assada que ela faz é imbatível. Ela não aceitou! Restou, então, a filha encalhada! Casei, claro! Queriam que eu perdesse a carne assada?
Com o passar do tempo, percebemos que a carne é fraca, os ossos vão ficando frágeis e a vida tornando-se mais dura.
Não esperem de mim ser Santo, nem me veja como inspiração, pois de carne, osso e espirito me faço também.
Tenho em minhas lutas, alimento que preciso para elevação de minha alma e delas faço remédio a qual servem para inibir o crescimento desenfreado do meu ego.
Um Só
somos tão carne um do outro
que ao amar a mim
amo a ti
que ao comer e beber
comes e bebes
de mim
que ao chorar
tuas lágrimas pego emprestado
que ao sorrir
os músculos de minha face
te dou de bom grado
somos tão carne um do outro
que se frio passas de um lado
tremo eu do outro
que se medo sentes do porvir
minhas unhas roídas é que vão cair
que se o calor te desidratada
de meu corpo é que jorra
o líquido
a alma
a vida
a morte
o tempo
somos tão carne um do outro
que se o tempo acaba para ti
acaba para mim
mas se a vida a ti significa
vou seguir
vou sorrir
vou andar por aí
se com o pé direto dou meu passo
o teu esquerdo me acompanha
o coração bate
o coração para
sincronias
junções
carne
fluidos
amor
um
só.
CAR NA VAL
A CARne NAda VAle numa percepção materialista nos leva a aceitar algumas concepções menos felizes diante do mundo de valores invertidos.
Existem duas visões que nos permitem analisar este momento social:
1 - Os ascetas - que vivem para o detrimento dos prazeres do corpo em louvor da alma.
2 - Os Materialistas que vivem para negar a alma em valoração dos prazeres corpo.
Duas idéias antagônicas mais que não define o molde do comportamento humano em suas escolhas, pois existem um número muito grande dos indiferentes, que agem de acordo com as sensações, aceitando uma postura laissez-faire diante de valores morais e imorais...
Se perde nas noites dos tempos a origem das bacanálias primeiro na Grécia e depois em Roma, na adoração dos deuses Dionísio e Baco, deus do vinho, da ebriedade, dos excessos, especialmente os sexuais... E nestas festas se enaltece que A CARNE NADA VALE...
E afirma Bezerra de Menezes que hoje mesmo como antes...
" ... A festa é o vestígio da barbárie e do primitivismo ainda reinantes, e que um dia desaparecerão da Terra, quando a alegria pura, a jovialidade, a satisfação, o júbilo real substituírem as paixões do prazer violento e o homem houver despertado para a beleza, a arte, sem agressão nem promiscuidade.”
Assim, nossas escolhas nos define...
E não devemos trocar a paz que nos vivifica como ser integral por momentos fugidios de prazer que nos leva a desesperança por longos períodos de reajuste.
Viemos da Luz e na luz nos consubstanciaremos em Deus...
Paz e bem
Que eu posso viver em espírito sobre a terra, pq na carne nada quero alimentar; que tua graça me alimente pelas manhãs, e meu coração não me condene ao deitar, pois jamais quero desviar a face de ti novamente.
Que não seja feita a minha vontade, mas sim a tua, pq teu é o reino, a vida, e a glória.
(Que a graça esteja convosco)
"Quarta-feira de cinzas!
Sexta-feira Santa!
Não se come carne.
E a única galinha do terreiro
Está na menopausa!"
Rogério Pacheco
Poema; Chute no saco
Livro: Vermelho Navalha - 2023
Teófilo Otoni/MG
Não sou de papel , não derreto na chuva e meu coração é de carne e não de plástico . Por isso , não brinque com ele !
Poetisa
IsleneSouzaLeite
Farinha e água
Ou fazem um pão
Ou fazem um bolo.
Carne e sangue
Ou fazem um sábio
Ou fazem um tolo.
As vezes me pego a pensar que o Criador é demasiado cruel conosco. Envelhece nossa carne e não envelhece nosso espírito.
Se me queres longe,
Arranca-me.
Se me queres perto, agarra-me.
Se me queres carne, arranha-me.
Se me queres infinito, toca minha alma.
“Assim diz o Senhor: Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne o seu braço e aparta o seu coração do Senhor!”
Jeremias 17:5