Carne
Rapariga minha
Minha, toda minha, é com egoísmo que deleito me no aroma da tua carne, viajo no seu cheiro suado e suave, o rebento feminino que exala por entre as minúsculas penugem da tua face, tocar nos teus lábios é saciar da intimidade da tua alma, que aos gemidos chama me ardentemente e eloquente, minha dor sangra de ciúmes do teu perfume que espalha teu aroma aos quatro cantos, oh amada minha, oh paisagem dos meus sonhos, tua voz soa como o gorjear dos pássaros, não deixe me, nunca, nunca me abandone, pois é contigo que sonho eternizar meus sentimentos, amada minha oh como amo.
Giovane Silva Santos
Montanha russa
Vida louca
Aço ou madeira
Carne e osso
Natural ou in vitro
Múltiplos trilhos
Humanos de várias cores
Aclives e declives suspensos
Sobem e descem
Se equilibram
Circulam com velocidade
Andam ou correm
O cérebro tenta manter o equilíbrio
O coração acelera
A adrenalina é liberada
Reduz o estresse
Mas também desperta o medo
A emoção a parte mais importante
Quanto mais alta a subida
Mais energia armazenamos
Para o looping
Tudo gira
Mas a gravidade nos mantém
Teremos algumas dores
Mas viver é assim
Uma montanha russa
O céu, o inferno e uma história
Antigamente
Éramos unha e carne;
Bebíamos tudo do mesmo copo,
Suores, lágrimas e um afável vinho;
Eras a totalidade de todas as coisas,
Eu era o teu universo
E todas as gravidades
Nos puxavam à nossa cama;
Palavras eram plumas que voavam,
Quando não se estavam a beijar;
Éramos provação e teoremas
E tu lias os meus poemas
Que eram todos para ti;
Rezávamos a Deus, que nos deu
O infinito, um lar e asas, e assim
Íamos em parelha à mercearia
Flutuando como passarinhos;
Era no tempo
Em que Deus respondia a orações
E prometia o céu e uma história.
Anos escarpados depois…
Somos garras que ferem carne;
Cada um tem o seu copo
Por onde bebe a retaliação do outro;
A totalidade de tudo o que éramos,
Esfumou-se no universo
E todas as gravidades
Nos afastam dos nossos centros;
Palavras são agora
De arremesso ou caladas;
Desaprendemos o perdão,
A paciência, a cumplicidade e a beijar;
Somos pétalas caídas de uma flor
De um poema que cheira a bafio;
Já não há mercearias nem passarinhos,
Só corvos, a depenarem-se uns aos outros,
Como nós.
Ainda rezamos, mas em vão!
Deus desistiu, como nós, de ambos.
Não se engane porque o que semear na carne colherá corrupção! Entenda:
- De YHWH não se pode Zombar!
Aquele que combate um filho de
Deus, zomba Dele.
Nos somos seres de carne que come carne e mata carne,oque fizestes Caim essa e a herança que nos deixa,e vc e um ser ou so esta aqui pra ser pois se for pra ser sera,eu escuto o som da falsidade desfarcada de felicidade,adotamos valores a tudo mas nao damos valor ao inestinavel,chega a ser controverso os valores materiais ter mais valor que a carne,mas se for a minha carne nao tem valor nenhum,me chaman de marginal so pra eu morrer na margem mas eu aprendi a nadar,o valor de aprender e maior que so ter valor pois ce aprende a dar valor no inestimavel,mas somos mastigaveis seguindo uma cadeia,e quem ta na cadeia perde a carne
Perde a moralidade
Vira gado marcado pro capitalismo social
Na poesia, as Baleias são zeppelins oceânicos de carne, osso e dança. Dirigíveis oníricos sem função exata, senão a própria existência e expressão de vida ritmada, imensa e imersa.
Será o maior desafio da humanidade, perceber ainda na carne,
que o maior tesouro encontra-se encravado nos solos pedregosos
de sua própria existência.
E que sua conquista só se dará através do trabalho árduo,
mas também recompensador.
A dor da carne nunca vai se comprar a dor da alma
A carne se pode cortar fora. Já a alma, inteira ou completamente partida, somos obrigados a viver com ela.
O prazer que a carne necessita o seu corpo pode até me dar, mas o que a minha alma almeja, apenas um nobre coração poderá me dar.
Acima das mais terríveis doenças do coração em carne,
está a ausência de amor em espirito e em verdade.
Paciência!!!
é a palavra para o momento:
Quanta "navalha na carne"...
Dessa dor e decepção preciso repousar!
Choro e calo,
calo e choro...
Procuro pelos sorrisos e
abraços verdadeiros,
para a alma se aquietar.
Busco forças nas palavras de Deus:
"TIRAREIS MUITO FRUTO COM A PACIÊNCIA."
Não venha me dizer que amar não dói,
quando me encontro em carne viva,
e cada segundo que passa algo aqui dentro vai dilacerando,vai ardendo,vai queimando.
Já não sou mais aquela de ontem, não acredito
em quase nada.
As pessoas mentem,jogam, traem.
E estão todas por aí, espalhadas,nas piores versões delas mesmas.
"Carrego cravada na carne a razão da minha admiração e gratidão. Meu corpo é meu mural, minhas tatuagens meus avisos e homenagens e eu quem decido o que devo fazer ou não."
Se o pensar e a poesia
Fosse carne no churrasco,
Tanta gente engoliria
O pitéu, mesmo com asco.
(Carlos de Castro, in Há Um Livro Triste Por Escrever, em 15-06-2024)