Carne
Não me preocupa o rasgo na carne, o triturar dos ossos e a morte.
é tristeza...
e é só o que me traz os ventos do índico.
navego, horizonte infindo
não há nada, nem sequer uma nuvem
que retrate a mulher amada.
é solidão
é perda, num vai e vem das ondas que se amansaram.
é um tudo, desejo louco de um dia rever-te
é um nada, que alucina e atormenta nas breves chuvas de primavera.
Coitado dos espíritas, cuja fé baseia-se na reencarnação, uma vez que na carne nega a primeira ressurreição da alma sem pecados e nega no espírito a segunda ressurreição dos santos no poder de Deus.
Num estado de corrupção é melhor rejeitar a proposta da carne, pois com o tempo ela corrói a alma e condena o espírito.
Então o verbo se fez carne
e a carne se fez homem
e o homem se fez poeta
e poeta se fez Deus
e Deus se fez musa
e a musa era mulher
e se chamou Ariadne
Ariadne foi morar no labirinto
para onde conduziu o poeta
de olhos vendados
e poeta habitou sozinho
entre anjos e demônios
com a palavra eternidade.
É de carne e sangue o Caminho pelo qual chegamos a Deus. Cristo, o Caminho, fez de Si mesmo a Ponte, a Porta e o Caminho que temos que passar, entrar e trilhar para chegar ao Pai.
Sem Cristo não existe salvação!
A alegria não esfriou minha carne. Eu não sei controlar a medida do açúcar no café, o peso da xícara, muito menos dosar o afeto, a amizade, o amor, a raiva, o despreparo. Começo pelo final para não ter dúvidas do início.
Quando ia dormir e era do tamanho do que imaginava, escutava os adultos falando na sala de estar. Eles falavam baixinho. Meus ouvidos caminhavam na ponta dos pés para escutar as conversas. Acho que minha audição se esforçou tanto para reconstituir os assuntos sérios e proibidos que não teve forças para voltar para cama.
Havia uma fresta no porão que dava ao jardim. Durante duas semanas, cavei com uma colher de sopa o cimento para aumentar meus olhos. Fiz uma lâmpada no muro. Passava pela fenda odores de fungos e musgos. Até hoje não diferencio os cogumelos venenosos dos sadios.
Como descobrir o que mata sem morrer um pouco por vez?
COMO CARNE CRUA
Andas ancorado à minha cintura
Como um barco que se apega ao mar
Eu velejo como que se o silêncio
Me dissesse tudo o que sei
Vivi entre as ansiedades mais profundas
Na sede intensa, de um suor quente
Da fome súbita, consumida por luas
Devasto os sentidos através dos dedos
Segurando a cruz do teu amado corpo
Velejo nas sombras da nudez do oceano
Como carne crua onde nos amarrámos
A nós mesmos, no convés do nosso navio
Entre a escravidão do nosso salgado beijo
Somos fome, somos desejo, cegos de nós
Com a verdade nos olhos de quem vê com fé.
A nossa carne é obesa de tanto que a alimentamos, e o nosso espírito é faminto, pela falta do nosso principal alimento, Desus.
E como se, viva
sigo a vida
de castigo
meu ser chora
e a vida continua
entre a carne e coração
Encontro solidão
Do pó eu vim,no fogo renasci,na aguá me purifiquei...
entre a carne e o sangue,na terra pisei e no ar estão as resposta deixadas e esquecidas que um dia encontrei.
Que uma dia deixarei para serem encontradas por aqueles que conseguem enxergar o invisível..........
Quem és tu ? quem sou eu?
Um caminhante com medo de se perder
Um ser imperfeito de carne, a quem chamam louco
Anda por caminhos sem bússola, sem mastro, sem mapa
Vive nos trilhos da vida , onde o caminhante
respira, ama, pensa, não foge, pára, reza,
respeita e não fala, fica em silêncio.
Sente o cheiro das frutas, das flores, da natureza,
atravessa oceanos, mares e quer ser feliz.!
Vivo a vida em busca da felicidade, o mao so vem fechar o bom caminho e nos com a carne fraca aceitamos!
El-socrath
Manhãs de Quinta
Solta o teu sol no meu seio
Senta meu mar no teu meio
Meio-alma
Meio-carne
Língua Lânguida
Espalme
O ininterrupto curto-circuito do teu charme
Me dispõe no intuito de disparar-me
Corpo
Sangue
Vinho
Sempre carne.
E me agarre
Faz-me à parte
Pronta a ti
Bem te fiz
Bem-te alarme.
E ainda
Me Suga, me salga e sinta
A pele
Seda-limpa
Encher-se de tua quinta
Me excita
Me faz, me grita
Me grava na tua ímpar
Manhã
Entre insanas
Tão sãs
Tão lindas
Me infinda
Ainda que não seja quinta
Ainda que não veja, sinta.
Pode até queimar minha carne, pois o meu socorro vem do Senhor. Pode até morrer o meu corpo, mas a minha alma está guardada pelo Senhor.
Nos mulheres somos mais que carne, somos alma somos mais que samba somos gente somos mais que vocês imaginam somos mães, mulheres amigas, respeitadoras dignas ,trabalhadoras e merecemos respeito ninguém tem o direito de julgar o nosso caráter por nossas vestes seja ela curta ou longa você mulher que lutou por o seus direito de vez e voz que desafiou o sistema cruel e desumano lutamos contra a violência domestica lutamos contra os desmando de patrões abusivos agora vai ficar de braços cruzando vendo a nossa dignidade e o nosso valor sendo jogado no lixo defenda seus direitos sua dignidade sua honra diga não para esse absurdo o Brasil não so tem mulher que mostra o corpo o Brasil tem mulher de valores e de caráter e tem que nos respeitar seja de que país for o meu país é pais de mulher digna forte guerreira que não se deixa abater com as dificuldades que levanta na madrugada para cuida da casa para levar os filho na escola para ir trabalhar essas são as mulheres que o mundo deve conhecer e respeita
“Fico imaginando, como alguém pode ser capaz, mesmo sendo sangue do seu sangue! Carne da sua carne! Abrir mão de sentimentos e princípios básicos em troca de uma falsa riqueza. Fico dividido entre: Sentir ódio ou pena, ódio pelo que está fazendo. Pena, pelo que acha que está fazendo... As maiores riquezas estão entre o convívio familiar, entre passar a noite jogando conversa fora, debaixo de uma casa que, por mais humilde que seja, é repleta de amor. Não me imagino olhar todos os dias uma gorda conta bancária e, ter vergonha de olhar pra mim mesmo no espelho. Eu sei, que se lá no fundo, mesmo que seja bem fundo, ainda existir um ser humano, ele chora incessantemente...”