Carne
Se você não vê diferença entre um vegetal cortado e o corpo de um animal esquartejado eu tenho péssimas notícias para te dar.
Cheguei a pensar que morreria sob o açoite daquele amaldiçoado bruto. Ainda agora minha carne estremece sobre os ossos quando me recordo daquela cena. Eu me sentia inflamar, e meu sofrimento não poderia ser comparado a nada menos do que as abrasadoras agonias do Inferno!
Soneto da Vida Que Prossegue
De súbito, me vi sem forma ou chão,
Soltei o corpo, e a dor ficou pra trás.
Na paz sem voz, brilhou revelação:
Sou mais que a carne — sou essência e paz.
O tempo se desfez num só instante,
E vi a vida inteira, em luz, pulsar.
Os medos se calaram, tão distantes,
E o que era vão deixou de importar.
Mas voltei. E a vida me chamou.
Com nova fé, caminho o que é terreno,
Pois cada luta mostra o que sou,
E o amor que guia tudo é sempre pleno.
A vida segue — e sigo com firmeza:
Sou chama eterna em veste de beleza.
Em meio às crises que enfrento, quais frutos da carne têm se manifestado em mim, impedindo-me de refletir o caráter de Cristo?
DESUMANO
Brincam com tudo...
Com seus sentimentos,
Com sua dignidade,
Com sua saúde,
Com o que deveria ser sagrado: o alimento.
A terra, exausta, já não produz como antes.
Nos últimos vinte anos, o veneno derramado — agrotóxicos e ambição — brotou em câncer e devastação.
A ganância arrancou as raízes da ética, sufocou os frutos da moral.
Em nome do capital, sacrificam vidas:
Poluem a água que deveria saciar,
Envenenam o solo que deveria nutrir,
Adulteram a carne que deveria sustentar.
Atacam no silêncio, onde não há voz para defesa.
São “pseudo-semelhantes”, vorazes predadores de um povo faminto.
Oferecem comida que, nem aos cães, serviria sem piedade.
E o que é mais difícil de engolir?
O alimento contaminado, mascarado para disfarçar sua morte precoce?
Ou a podridão moral dos que lucram com essa tragédia?
Tentam maquiar a decomposição. Colocam papel — ironicamente, o mais limpo no espetáculo sujo — entre carne e desespero.
Mas não é poesia, nem literatura:
É a carne que você paga caro e consome com alegria, sem saber que ela traz, no sabor, o amargor da degradação.
Não se trata apenas do alimento físico.
É a alma que se contamina com o cinismo dos "vermes humanos",
gente que rasteja pelo lucro, deixando um rastro de destruição.
Dia após dia, a desumanização avança, tragando vidas como um buraco negro, onde nada sobrevive.
Até quando se dará esse espetáculo grotesco e velado?
Até quando o lucro falará mais alto que a vida?
Até quando a vida humana, será considerada a carne mais barata do mercado?
Seres humanos, desumanizados.
Mas a história não acabou
O solo ferido, ainda pode renascer,
A água envenenada, voltar a correr,
E as sementes perdidas pela ganância,
Brotem de novo em terra de esperança.
Há força na indignação,
Coragem em cada coração,
Resistência no grito abafado,
Renascendo onde tudo foi calado.
Somos as mãos que plantam a ética,
Os passos que caminham na poética,
De um futuro onde o alimento, enfim,
Será puro, sagrado, do início ao fim.
Enquanto a vida pulsar na raiz,
Mesmo sufocada, ela insiste e diz:
"Há um amanhã esperando florescer,
No solo que a justiça há de devolver."
Por baixo da carne e por entre o sangue e água repousa um espírito cansado que está querendo voltar pra casa.
Na verdade, viver como Amélie não é fugir da realidade;
É resistir a ela com beleza.
É dizer, com o coração em carne viva:
“–eu não vou deixar de ver beleza, mesmo que ninguém mais veja”.
A casa
Vivia num mundo estranho
Mundo que não era seu lar
Mas vivia naquele abstraído absurdo
Dos que não se aceitam se calar
Sua casa tinha paredes telhado
Portas fechadas
O cardume sempre encontra redes
Violentas puxam e deixam sem ar
A casa não é o lugar
Onde esta sua casa
Casa é qualquer lugar
Onde possamos estar
Ale, louca varrida
Todos olhavam incrédulo
Até ale não havia digerido
Um olho na órbita outro em pêndulo
Ale consertou e saiu
Vendo outro mundo diferente.
Sua casa sua audácia
Sua casa era de carne e osso
Sua casa eram seus amigos
Sua casa era sua esperança
Sua Fortaleza fortuna.
quero alto gritar para que em meu peito nao se esqueça de meu rosto
se um dia navegar
tenho medo de saltar em cima do mar para sentir aquilo...
nao sei se entendes,
me leve em seu cruzeiro
e me faça mar
navegue em meus cabelos
que te deixo habitar
amor para poeta é mais que imaginas
paixão para artista
é maior que a novela da tv
te levo pra dançar
e de repente ja nao sabes onde esta
te levo pra selva
aquela mesma que prometi me encontrar
a raposa ri
do meu jeito tao estabanado
escrevo em telas pois meu caderno ja se foi
o outro me espera na loja,
uma loja de telas com certeza terei meu bem
galeria sem ardor
uma superficie completamente sem dor
para que minhas artes sejam expostas
como carnes em açougue
para que seus olhos sintam
como a panela sente a carne sendo fervida
e quando alguem finalmente se servir,
e gostar do que comes,
repetira.
logo em seguida tentara fazer algo para que aquele gosto volte em sua boca,
como a arte nos impulsiona,
ele fara um quadro, alertando para que o sabor retorne,
ate que um dia ele virá,
com um gosto diferente,
com homem provando da arte do seu proprio dente
De que se alimentar, de carne, de peixe ou do Pão?
Há aproximadamente 2000 anos, Jesus fez seu sacrifício vicário por nós, i.e., um sacrifício de substituição às penalidades que deveriam ser impostas a nós, cobradas de nós, os verdadeiros pecadores ou infratores, não da lei dos homens, precisa ou especificamente, mas da lei de Deus.
Com este sacrifício, ele pagou a nossa dívida, cobriu a nossa culpa, assumindo-a como se fosse sua própria. Assumiu os nossos pecados, não só de uns poucos, mas de toda a humanidade.
Este é o verdadeiro significado de se recordar daquele dia fatídico, uma sexta-feira. Contudo, hoje é principalmente lembrada pelo fato de não se dever comer carne a fim de que o cristão possa experimentar na própria “carne” uma pequena parcela do sofrimento de Cristo - Uma forma de penitência pessoal pela qual o cristão deve deixar, por exemplo, de comer um bacalhau para comer uma sardinha que é mais barata, como forma de tirar este prazer, não necessariamente da carne, ou seja, não se abster apenas de carne, mas de qualquer outro alimento que proporcione o prazer do apetite que se revela pela manifestação de uma carnalidade no sentido de dependência dos prazeres da carne.
Assim, por exemplo, como a carne seria mais cara que 1 sardinha, seria preferível comer 1 sardinha a comer um belo churrasco que envolveria mais gasto e mais opulência; ademais, seria preferível comer um churrasco a comer uma bacalhoada, pois o bacalhau é ainda mais caro que a carne.
Portanto, entende-se que a questão da penitência envolve a questão da opulência: quanto menos caro for o alimento, mais sentido terá a penitência.
Esta é uma explicação para o motivo de se comer peixe não apenas na sexta-feira santa, mas durante todo período da quaresma, segundo consta no Código de Direito Canônico da Igreja Católica.
Sendo assim, se um cristão deseja de fato fazer penitência durante este período chamado quaresma, ele deve se abster de alimentos caros que refletem opulência, devendo comer comidas bem baratas como ovos, sardinhas, legumes, verduras, ou quaisquer alimentos que não revelem abastança, mas simplicidade, e que seja suficiente para satisfazer as devidas necessidades.
Entretanto, segundo os princípios de Cristo, a verdadeira abstinência do cristão recai sobre a sua disposição em satisfazer a vontade de Deus, ou seja, matar a carne, não a carne alimento, mas a “carne da carnalidade” que afasta o cristão de Deus.
Pergunta-se, portanto: o fato de não comer carne na sexta-feira santa é suficiente para o cristão chegar diante de Deus e dizer a ele que está livre de pecados porque deixou de comer carne? Quantos se sentam à mesa neste dia, comem peixe em vez de carne, mas estão com o coração repleto de carnalidade, de modo que a carne que ele deixa de comer está entranhada em seu coração?
É como diz Jesus: o que contamina o homem não é o que entra pela boca, mas o que sai da boca porque procede do coração (Mt 15:17-20).
Logo, parece haver uma contradição no deixar de comer carne na sexta-feira “santa”.
É como também advertiu o apóstolo Paulo com relação à ceia do Senhor, que cada um examine o seu coração (1 Co 11:28) e, assim, possa detectar se há em si algum caminho mau (Sl 139:24) que porventura possa vir a afastá-lo de Deus, e então possa se corrigir mediante uma autorreflexão que conduz a uma autodescoberta em que reconhece as próprias falhas e busca se corrigir diante de Deus.
Esta é a essência da sexta-feira chamada santa, pois na verdade ela passa a expressar um espírito de santidade quando se busca colocar em prática o que Jesus buscou transmitir à humanidade cristã, ao povo cristão.
Feliz autoanálise através da “lembrança” da morte de Cristo que significa a morte de pecados.
Feliz Páscoa, que relembra a libertação da escravidão do povo de Deus não apenas a que se deu no Êxodo, mas, principalmente, a que se deu uma vez por todas pelo sacrifício vicário de Cristo e pela sua ressurreição que reflete a libertação definitiva do seu povo das amarras do mundo.
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O amor que nasce da carne é da carne e com ela perece, o amor que nasce do espírito, é do espirito e com ele permanece.
Não queira ser somente um pedaço de carne na boca de alguém, pois um dia os dentes caem e o gosto acaba.
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