Carioca
Somos verso e poesia
Outono e ventania
Praia e carioca
Somos pão e padaria
Piano e melodia
Filme e pipoca
De dois corações um só se fez
Um que vale mais que dois ou três
Não quero jantar com ele (Marcelinho Carioca), não quero ser amigo dele. Mas dentro de campo vou passar a bola para ele.
Menina Ítalo-Carioca
Menina carioca com traço italiano
Sua beleza europeia provoca onde passas
Homens jovens e maduros do vil cotidiano
Correria danosa que ao lhe ver se acaba
Ao caminhar pelas ruas mostra o patrimônio
Importado pela chegada dos seus ancestrais
Linhagem que seduz até os mais distraídos
A metrópole agiganta-se na sua beleza ainda mais
Seu belo corpo mostra-se em lindos movimentos
Expressão artística com complexidade da vida
Extravagante ação divina e natural no tempo
Mistura-se em emoções nos movimentos da dança
Sua beleza não contrasta com a sua inteligência
Quebrando todo o paradigma de que não combinam
Abrilhanta as pessoas nos recantos da vidas
Onde exala simpatia e sabedoria que não previam
Grandes mestres ao sentir o âmago dos versos
Dessa ternura nos trouxe simplicidade tamanho
Exaltando o amor seja ele Ágape ou mesmo Eros
Num desejo profundo dos seus olhos Castanhos
Como um carioca de raiz posso dizer que ainda não tinha visto até hoje uma imensidão tão perfeita; com detalhes precisos em partes indescritíveis, tão simples e notória de sua face e corpo.
Ricardo Baeta.
Sabe qual é a semelhança de um pato com um carioca?
Ambos saem da água falando Qualé! Qualé! Qualé!
Confesso tudo, o que fiz e o que não fiz. Não quero arder no fogo do inferno pois já o verão carioca, a cada ano do Rio de Janeiro, está muito quente. De certo Deus é brasileiro mas mandou o capeta e a serpente fazerem um estagio não remunerado prolongado, por aqui.
Na verdade o que a cultura carioca, amazonense e brasileira não sabe é que veio de Lisboa a ideia de todo o calçamento feito com pedras portuguesas, as mesmas que vemos no Brasil, equivocadamente e não originalmente na praia de Copacabana na zona sul do Rio de Janeiro e em Manaus. Mas para quem achou ate hoje que o desenho das ondas, foram feitas pelo contraste das pedras brancas e pretas que seriam exclusividade do calçadão de Copacabana, e que representam as ondas do mar da famosa praia e bairro carioca, ou mesmo na praça em frente ao Teatro Amazonas em Manaus, representando ponto alto turístico manauara que é o encontro das águas de duas cores ocorrido naturalmente entre do Rio Negro com o Rio Solimões, estão todos equivocados. O desenho original se encontra na Praça do Rossio, ao final da Rua Augusta, em Lisboa, Portugal, que é historicamente comprovadamente muito mais antiga que as localidades brasileiras. O que sei é que a calçada de Copacabana, foi realizada um pouco depois de 1922, pois o Hotel Copacabana Palace não ficou pronto a tempo para o aniversario do primeiro centenário da independência do Brasil, 1822 - 1922, como queriam os Guinle e tempos depois um engenheiro discípulo de Francisco Franco Pereira Passos que foi um engenheiro também e político brasileiro, prefeito do então Distrito Federal que era o RJ entre 1902 e 1906, que concebeu a ideia não original de fazer o mesmo desenho lisbonense em Copacabana já que tinha importado as pedras portuguesas. Diante disto fica registrado então para toda cultura brasileira que não conhece o Brasil, a minha humilde homenagem a quem teve a original criatividade da majestosa obra emblemática e por conseguinte ao original criador português, de fato e de direito. Falta me elementos fiáveis para pesquisa mas pelo que acho que sei o desenho original português é alusivo ao fato histórico do Grande Terremoto de Lisboa.
Sou carioca e reconheço que a muito da arte se faz aqui mas a cultura brasileira em todo seu esplendor, só mesmo em São Paulo. A arte e cultura de todo o Brasil levada a serio com toda a dignidade que merece.
Bday
Hoje é o dia dela,
Daquela que o destino, ou algo divino,
Me fez apaixonar.
Carioca malandro,
Foi saindo, ficando, quando viu...
Namorando e casando no altar.
Amei a primeira vista,
Ela é maratonista, nadadora, ciclista
e algumas vezes arrisca de motorista.
Mas gamou no turista,
De sotaque surfista,
Conquistou a paulista e decidiram casar.
Que este dia
seja radiante alegria
na singela companhia
do meu ser.
Carioca do Complexo Amarelinho
Na
Singularidade
Da sinestesia
A diversidade
Que
Encanta
Ser
Protagonista
Da
Atenção
Deles
Ainda
Que
Por breves
Momentos
Magia
Dádiva
Divina
Um
Privilégio
DOCETERIA CARIOCA
Demétrio Sena, Magé – RJ.
O Rio de Janeiro
só tem bala perdida...
Ninguém perde bananada,
um doce de amendoim
nem jujuba, queijadinha,
pé-de-moleque ou cocada....
Ninguém perde nada mais:
uma broa, um bom-bocado,
doce de jambo ou de jaca,
queijadinha nem cavaca,
quebra-queixo, pirulito,
cuscuz nem língua-de-sogra...
uma sobra de paçoca...
No Rio de Janeiro
só se perde bala e vida,
não se perde nem se acha
um saquinho de Ki-suco,
goiabada nem mordida,
maria mole ou pamonha...
É tanta bala perdida,
que o Rio de Janeiro
já perdeu a vergonha...
O que é o carnaval?
É frevo pernambucano?
Ou é samba carioca?
Será ritmo baiano?
É paixão do brasileiro
Que transforma fevereiro
Na melhor fase do ano
Carnaval é uma festa
O império da folia
Explosão de multicores
Aquarela de alegria
Onde o velho e o novo
Pulam no meio do povo
Com a mesma energia
Só tem uma coisa ruim
É a tal da quarta-feira
As ruas ficam vazias
Parece final de feira
Mas se serve de consolo
Depois de um ano todo
Vai voltar a brincadeira
Carioca do Complexo Amarelinho
Na
Singularidade
Da sinestesia
A diversidade
Que
Encanta
Ser
Protagonista
Da
Atenção
Deles
Ainda
Que
Por breves
Momentos
Magia
Dádiva
Divina
Um
Privilégio
O ENGENHEIRO E O GARI
Era uma linda manhã de feriado no Rio de Janeiro, o sol estava lindo. Duas pessoas, duas vidas, dois mundos tão distantes se cruzam no mesmo caminho.
Um engenheiro Eduardo Marinho de Albuquerque, morador da área nobre da cidade, o outro um gari comunitário Ronaldo Severino da Silva, da comunidade da Rocinha.
Mas, agora nada importa. Origem, cor da pele, classe social, dinheiro guardado, onde mora... pra onde eles vão nada disso é importante, pois naquela ciclovia a morte os encontrará.
Ela chegará bela e ao mesmo tempo assustadora. Virá em forma de uma gigantesca onda, com a missão de acabar pra sempre com todas as diferenças, que até então existiam, entre o engenheiro e o gari.
Quando ela chega é assim, não importa quem você seja, o que tenha ou o quanto a vida te festejou ou te humilhou, ela mostrará para o engenheiro e o para o gari, que no final somos todos iguais - humanos, frágeis, à mercê das ondas da vida.
Tomara que o engenheiro e o gari tenham encontrado Jesus nas ciclovias da vida, pois assim eles saberão, que não correram em vão.