Cara de Pau
Peço-te desculpa
Isso não tira-me a culpa
Embora tenha me perdoado
Meu juízo é aguçado
Não mereço teu perdão
Eu te sinto ainda magoado
Gentil, como eu quero fugir!
Isso aperta meu coração.
Quanta coisa me envergonha
Não respiro sem pensar
Ela merece todo o ar
Não respiro e penso: disponha
Quanta coisa me entristece
Quero te ajudar, Formiga
Tento ser “a boa amiga”
Que tu me pensa ser
Como isso não me desce…
Quanta coisa me enfurece
Tanto ódio de mim mesma
Ódio, ódio duma resma
Que me descreve, me conhece.
Não direi palavras em vão
Dói-me quando não são entendidas
Como uma bela vista não vista
Meus sentimentos assim não serão.
Não direi palavras de amor
Gasto de coragem que não tenho
Tudo queima cá dentro
E ninguém sente meu calor
Meu Bem, se ouvires de mim
Arengas de meu querer
Não o despeje, por favor
Porque milagre é eu te dizer
Se, a ti, estiver me declarando
Me faça de parvo ou dengo
Mas me faça ser o centro
Porque agora escolhi estar corando.
De bom somente esses versos
Tirei-os do meu desespero
Dos monólogos devaneios
Que tive comigo, sem remorso
Mas se isso é meu melhor
Devo temer minha desaire mente
Não devo ficar contente
Por meu acanhado lirista amador
Tanto a dizer com tão pouca labia
Tanto a escrever com tão pouca palavra
Tanto a sentir com tanto medo
Tanta vergonha a ser deixada em segredo.
Vergonha é só uma palavra fofa pra medo. E é esse medo que impede de a gente fazer as coisas que a gente mais quer.
Agora sei como meus animais se sentiam. Tenho vergonha de mim mesmo. Espero ter uma segunda chance, como meus tigres.
As pessoas pensam que te engana, mas as redes sociais delas, dizem tudo.
Seja transparente com seu caráter. A mentira só te leva a dois lugares a vergonha e ao abandono.
Vergonha alheia é aquele momento em que o protagonista está livre e você, preso pelos próprios julgamentos.
Com alguns poderosos há que se saber lidar, tem certas dores que eles não sentem; a da vergonha é uma delas.
Não houve um momento da minha vida em que eu fiz alguma coisa da qual me envergonhasse. Todas as minhas conquistas foram com a minha cabecinha, com o esforço do meu trabalho e a ajuda de muita gente boa.
Criticamos, criticamos, criticamos. Retorcendo-nos de inveja dos vencedores. Diminuímos seu tamanho para não nos envergonharmos do nosso.
O tímido, em suma, é uma pessoa convencida de que é o centro do Universo, e que seu vexame ainda será lembrado quando as estrelas virarem pó.
"Olha ela, toda blogueirinha. Olha ele, todo blogueirinho."
Normalmente, quem fala isso de forma depreciativa, tem medo do julgamento e tem vergonha de dar a cara a tapa.
Quando os valores morais são reduzidos à nada, a exigência de qualidade é nivelada pelo mínimo e o respeito perde para o direito; o resultado é um povo abaixo da mediocridade.