Capitalismo
Mais um dia no metrô
Sonhos destruídos
Sorrisos falsos
Todos seguem a largos passos
Pelo capitalismo, são consumidos
Todos carregam consigo seus celulares
Saem extremamente cedo de seus lares
Em busca de uma quantia para sobreviver
Sonham pelo dia que poderão viver
Drogados às centenas, aos milhares, aos milhões!
Imploram por uma nota
Enquanto burgueses colocam, no poder, mais um patriota
Controlam todas as ações
Chegam em casa depois de um turno pesado
Dormem pensando em como irão pagar o mercado
Sentem saldade da simplicidade da infância
Se arrependem de não ter lhe dado a devida importância
Tentam, no subúrbio, achar uma salvação
Recorrem a igreja em busca de uma proteção
Nela, encontram esperança
Tentam e batalham, até que cansa
E assim segue o mundo
Alguns estão no segundo
Implorando por um salário mínimo
Enquanto os do primeiro
Se esbaldam no dinheiro
E seguem comprando, aproveitando a vida ao máximo
Ao invés de preocupação pelo meu corpo estar à beira do colapso, não me preocupo com tal estado, e sim com o fato de que não consigo produzir como preciso.