Caos
Eu gosto da ideia do caos, não sabemos nada sobre o futuro... Temos a ilusão de entender o passado, só existe consciência no momento presente!
No caos sou o solo fértil.
Arrancando sensações,o poema parido
entre catarse e emoções.
Uma alma num berço ferido.
A morte do ego,
da personalidade que veste
e decora meu espírito sofrido.
Minha roupagem é essa carne,
que se rasga com facilidade
e jorra sangue morfético,versos,
canções num universo poético.
Um casamento de palavras,rimas,
poesias e aflições.
Em meio ao caos, Jesus nasceu;
Na manjedoura, um filho se nos deu;
A esperança consigo viveu;
E o mundo que era trevas, amanheceu!
Em meio aos doutores, Jesus ensinou;
Com a graça do Pai, o Amor nos provou;
E pelo deserto, com fome caminhou;
Tudo por mim e você, Ele sacrificou;
Em meio a tanta dor, crucificaram meu Jesus;
Diante dos homens pecadores, sofreu naquela cruz;
E o castigo que me trouxe paz, nEle se produz;
E em meio as trevas, a sua morte foi a minha Luz!
Jesus é o meu Natal! Um Feliz Natal a todos!
Seus olhos esbarraram nos meus. Tive medo.
Mas eles me acolheram em meio ao caos.
Não pude deixar de te querer.
meu silencio é real diante do caos absoluto...
tento me expressar apenas tenho seu momento de curtir...
vorazmente sou real... não importa suas alegações...
te abandono na solidão da sua mente...
esqueço que um dia a conheci...
beijo e trago de um cigarro mais um tiro nos meus sentimentos....
omito o exato instante que desejei que nunca existisse na face da terra...
DUCHA NA ÁGUA GELADA
A descrição da existência trata-se da ideia do caos tentando entender a sí. A variabilidade do universo, a sua inconstância e/ou relativismo, faz com que nada seja absoluto tudo depende de tudo. O aspecto que defini, ou não, a realidade é a incansável capacidade de ter as leis alteradas em situações extremas. Esse emaranhado de inconclusões repleto dos mais variados pensamentos que te guiam a becos sem saídas ou a vitória de ter encontrado uma resposta minimamente viável, chamo eu de: Vida Humana.
É uma manhã, quase que poeticamente, chuvosa. Morar nos trópicos reflete muito do que é a existência, no próprio clima, ontem o Sol estava intenso, hoje as nuvens que cobrem o céu indicam que não o veremos tão cedo. Essa mutabilidade repentina é algo que inconscientemente conceitua, de forma débil eu diria, a ideia da variabilidade que está ao nosso entorno.
Mais um dia, a noite fora tão intensa que acordei no sofá, heróis como Hércules, o semideus, enfrentava seus inimigos com bravura no contexto da sua realidade. Na minha, meus fantasmas me assombram quando estou acordado, e me perseguem quando estou dormindo, me sufocam quando penso, me assolam de angústia e pavor nas minhas ações.
Essa madrugada não teve muita coisa de especial, o sonho/pesadelo, envolvia, sobretudo, situações intensas, morte, vontades antigas e tristeza. Um misto de tudo que alguém ansioso não precisava, pois essa ausência de um sono restaurador reflete nas minhas ações diárias, que por sua vez quase sempre não são boas, e assim a próxima madrugada está condenada como todas as outras. Esse ciclo vicioso, e quase irônico, é capaz de simular de uma forma dolorosa o quanto a natureza humana é aterradoramente vinculada à alguns princípios básicos.
Noutro momento, estava eu num devaneio, me peguei indignado com as poucas ideais que foram levantas naquele intenso debate com minha mente. Ela e eu quase sempre estamos fora de sintonia, mas naquele momento tiramos uma conclusão sobre a felicidade que desanimou ambos. Projetamos que, não importa se nos formemos na faculdade e nos tornemos um bom médico, um excelente esposo, um filho bom, um irmão e amigo desejável, estaríamos fadados ao fato de não sentirmos a felicidade. Digo não aquele momento de euforia, e sim, a verdadeira felicidade, aquela descrita pelo Arquiteto da Existência, a almejável e praticamente utópica felicidade.
Isso repercutiu nos dias subsequentes, perdemos toda vontade de seguir com nossos afazeres, de manter a reserva econômica, estudar, praticar esportes, cuidar de nós. Ela, minha consciência religiosa, gritava que Ele estava comigo, que não era para abandoná-lo, porém meu reflexo animalesco só me induzia a cair em hábitos destrutivos, tanto para mim, quanto para as pessoas que estão entorno.
Bom, nessa segunda-feira, decidi que seria diferente. Falhei miseravelmente no início. Entretanto, assim como ontem, fiz algo inacreditavelmente incomum para alguém como eu. Tomei um belo banho de água fria, literalmente, a chuva despencando e eu sem o ar nos pulmões, embaixo de uma corrente de água que parecia mais como uma tempestade de agulhas, a dor fazia ranger os dentes, o diafragma incapaz de auxiliar na respiração, as mãos fechadas tentando incansavelmente encontrar na parede um lugar para se segurar. Nesses momentos de intensa dor, parece que estou mais vivo do que nunca, a felicidade talvez seja inalcançável, mas essa dor lancinante é sempre real e presente. E por longos cinco minutos estive aqui, no presente. Isso foi tão maravilhoso, que tomei uma decisão: duchas de água fria estarão sempre presentes na minha vida, e que tudo depende do quanto deixarei ser afetado pela dor que ela causará.
Deixei-me aproveitar, depois daqueles primeiros segundos eternais, e foi uma experiência que indico, quando fechei o registro senti que aquela água tinha levado embora algumas inseguranças e solidificou um conceito quase novo para mim, existe sim vitórias depois de uma grande batalha. Será talvez essa sensação a alegria que tanto busco?
Entre o lixo e o caos da cidade,
As flores encontram sua verdade.
Crescem fortes, persistentes,
Em meio aos detritos e aos entulhos aparentes.
A vida surge onde menos se espera,
A beleza brota mesmo na sujeira.
Nas ruas escuras e abandonadas,
As flores são a prova de que a esperança não está morta.
Elas se erguem em meio à poluição,
Como uma mensagem de resiliência e superação.
Seu perfume inebria os sentidos
E traz um pouco de beleza aos corações aflitos.
Que as flores nos inspirem a seguir em frente,
A encontrar a luz mesmo na escuridão presente.
Que a vida renasça em cada canto,
E que o amor floresça em meio ao que é tanto.
A história romantiza o caos e esconde a verdade , pois a grande maioria seja branca ou negra, é descendente direto de homens e mulheres que um dia foram subjugados dando inicio a uma guerra que é a luta do oprimido vs opressor, pois um dia homens e mulheres que foram retirados de forma sorrateira da companhia de suas familias e levados a lugares desconhecidos e obrigados a trabalharem até a morte, eu me pergunto o que de fato mudou , se sou livre porquê ainda sinto o peso das correntes em minhas pernas , será que sou livre ou apenas carrego comigo a ilusão da liberdade
em pensamentos
a sua única contribuição em um mundo de caos
é orar fervorosamente
em algum lugar
alguém sentirá a presença do desconhecido na pele
um suspiro na alma
um esto nos dedos da mão
um susto no coração
é por isso que eu sempre amei coisas que o toque humano não alcança.
você me atraiu como um passarinho em sua janela
você me tocou
sem usar as mãos
você me deu
definitivamente
meu desejo de vida em suas orações para o desconhecido
para o céu frio da manhã
para a luz pálida do quarto
para deus
Olhai sua própria face
Configure suas ações
Pra que não se sufoque
Com sua própria dor
No caos eterno do sofrimento
Sofonias
Controlo a minha mente e opto por não viver em caos.
Com amor, substituo todos os meus pensamentos intrusivos por pensamentos positivos.
Todo patife passa a vida toda procurando motivos para poder justificar o caos que levam para a vida das pessoas
Respondemos com o corpo sem perceber
E de repente nos entregamos ao caos
Toda a nossa vibração muda em segundos
O corpo lembra do que não existe mais
Rejeições nos faz abraçar a ansiedade
Não deixe que o medo lhe tire a sabedoria
O que passou, passou viva o agora em paz.
O caminho para a cura
A primeira vez que tive o infortúnio de encontrar o caos em meu caminho, foi devastador.
Lembro que olhava para os lados e tentava encontrar maneiras de dissociar-me da minha própria pele.
De forma tola fazia das intempéries a minha morada.
Com o tempo, surgiu a sabedoria e passei a cuidar das árvores secas, reguei com abundância o que necessitava ser restaurado.
As rachaduras que habitavam em meu ser, foram ressignificadas.
O dançar da vida me presenteou com a paciência e a resiliência, as coisas ruins começaram a ser vistas através de outro panorama, em meio a tantos aprendizados notei que a vista do outro lado do medo é fenomenal.
A leveza se tornou comum, obviamente que as fases de se refazer iriam surgir novamente, mas, compreender o processo de cura é trivial para saber que os dias nublados terá fim, assim que o solstício de verão iniciar um novo ciclo.
O caos que caracteriza a vida instintiva da maior parte das crianças e adultos, é produto de forças exteriores que perturbam essa harmonia.