Caos
Eu me perdi nesse teu olhar...
podia jurar que já te conhecia de outras vidas,
que nos emanamos pela madrugada de um sábado qualquer numa juventude rebelde e inconsequente de um passado não tão distante.
O teu toque alcançou minha alma, fez refém, entrega inevitável.
Essa tua boca convidou-me a conhecer o perigo da adrenalina e o tesão do proibido.
Eu quero mais é que se exploda as idealizações da minha cabeça.
A bem da verdade é que ando com medo de não amar a tempo.
E agora passo a pensar que esse tempo pode não chegar.
Enquanto isso, deitar no teu peito tem sido a melhor fuga do caos mundano.
Pois aqui é onde sobrevivemos, nossa zona de guerra.
Mande um sinal
Dá um alô, dá uma chance pro amor, pois eu não tô legal
Mande um sinal
Se a saudade aumentar, vai ser golpe fatal
Mande um sinal
Eu preciso dizer que a minha vida parou sem você, tá um caos
Podemos escapar ilesos por algum tempo, porém mais cedo ou mais tarde essa mistura inflamável de ignorância e poder vai explodir na nossa cara.
Todas as coisas de que fala a ciência, seja ela qual for, são abstratas, e as coisas abstratas são sempre claras. De sorte que a claridade da ciência não está tanto na cabeça dos que a fazem como nas coisas de que falam. O essencialmente confuso, intricado, é a realidade vital concreta, que é sempre única. Quem seja capaz de orientar-se com precisão nela; aquele que vislumbre sob o caos que apresenta toda situação vital a anatomia secreta do instante; em suma, quem não se perca na vida, esse é de verdade uma mente lúcida. Observai os que vos rodeiam e vereis como avançam perdidos em sua vida; vão como sonâmbulos, dentro de sua boa ou má sorte, sem ter a mais leve suspeita do que lhes acontece. Ouvi-los-eis falar em fórmulas taxativas sobre si mesmos e sobre seu contorno, o que indicaria que possuem idéias sobre tudo isso. Porém, se analisais superficialmente essas idéias, notareis que não refletem muito nem pouco a realidade a que parecem referir-se, e se aprofundais na análise achareis que nem sequer pretendem ajustar-se a tal realidade. Pelo contrário: o indivíduo trata com elas de interceptar sua própria visão do real, de sua vida mesma. Porque a vida é inteiramente um caos onde a criatura está perdida. O homem o suspeita; mas aterra-o encontrar-se cara a cara com essa terrível realidade, e procura ocultá-la com um véu fantasmagórico onde tudo está muito claro. Não lhe interessa que suas "idéias" não sejam verdadeiras; emprega-as como trincheiras para defender-se de sua vida, como espantalhos para afugentar a realidade.
Homem de mente lúcida é aquele que se liberta dessas "idéias" fantasmagóricas e olha de frente a vida, e se convence de que tudo nela é problemático, e se sente perdido. Como isso é a pura verdade - a saber, que viver é sentir-se perdido -, quem o aceita já começou a encontrar-se, já começou a descobrir sua autêntica realidade, já está no firme. Instintivamente, como o náufrago, buscará algo para se agarrar, e esse olhar trágico, peremptório, absolutamente veraz porque se trata de salvar-se, lhe facultará pôr ordem no caos de sua vida. Estas são as únicas idéias verdadeiras; as idéias dos náufragos. O resto é retórica, postura, íntima farsa. Quem não se sente de verdade perdido perde-se inexoravelmente; é dizer, não se encontra jamais, não topa nunca com a própria realidade.
Sou espelho que reflete as suas escolhas, as suas ações, jamais esqueça que posso mudar para sobreviver ao caos por puro instinto de sobrevivência.
Você viu de perto a minha ansiedade.
E nem teve medo.
Eu que tive medo.
Tive medo porque ela rouba tudo o que me faz bem.
Medo porque a ansiedade que mora em mim
sou eu também.
Medo porque ela acelera o caos que existe
na minha cabeça.
Medo de que tudo que ela toque
apodreça.
E preciso
ouvir o barulho das loucuras
para que possa haver
um momento
de paz.
E preciso
ouvir as ondas se quebrarem contra a praia
para que possamos
andar sobre à areia
molhada.
E preciso
ouvir ouvir
os furacões que derrubam
árvores
para que depois
se ouça o cantar dos pássaros.
E preciso
ouvir seus demônios
gritando em seus ouvidos
para que possa
sentir o máximo de tudo isso.
É preciso calar e apenas ouvir,
pois é assim que se descobre a vida.
Engolindo a seco
A angústia atrevida, sempre chega de mansinho.
Entra na minha casa, invade a minha vida,
isso sem ao menos, perguntar se deveria.
Entra na cozinha, senta, e ainda
pede um chá.
E quando resolve se espalhar no meu sofá, pede pipoca, e ainda quer guaraná.
Assiste minha vida, com o controle nas mãos.
Enquanto ela sorri, eu perco meu chão.
Vira meu mundo de pernas para o ar e ainda me diz calmamente, você que aguente com seus próprios caos.
Eu grito, some!
Ela obedece, mas leva meu coração.
Oh, até quando será essa triste batalha?
Quando penso que acabou, ela me surpreende com novas etapas.
Ninguém vê, ninguém sente, ainda assim, são capazes de julgar.
Eu sei que ainda há chão, mas agora estou pulando num pé só, dou um passo por vez, que é para não perder a louca vontade de recomeçar.
Meu Deus, guie meus passos ou me dê asas, só assim eu voo, para longe de mim mesma.
Porque eu descobri, que sou eu o tempo todo!
Eu ... Eu mesma, com os comigos de mim.
Autora #Andrea_Domingues ©
Todos os direitos autorais reservados 24/05/2020 às 18:50 horas
Manter créditos de autoria original _Andrea Domingues
Você não irá conhecer suas verdadeiras amizades, de fato, em dias de glória, você irá conhecê-las em dias de caos.
Em todos os cantos, vemos o descaso, retrato do desastre.
A desilusão e o abandono geral, estamos vivendo muito mal.
E só unidos poderemos mudar, o cenário do caos!
Vivo do caos, e sem ele nunca conseguiria ter chegado até aqui, não posso esquecê-lo pois sou parte dele, como um braço faz parte de um corpo, e que dessa maneira faz quadros e retratos de todos a sua volta, como se o apaixonar fosse neutro e não atingisse, não o abalasse.
Só ele, somente ele pode estremecer com o ser inatingível, pode fazer tremer e ao mesmo tempo acalmar. Abandonar tudo aquilo que te faz bem, deixar tudo para trás em busca do que te faz mal, e com esse se moldar e se banhar no chumbo quente e dele, sim, dele! Do chumbo quente, da loucura, de toda ela, tornar, fazer vida, pois é daí que todas as coisas saem.
O que se chama de "profeta do caos"? É quando se antecipa a catástrofe antes mesmo que se configure uma mudança que não se admite!
Tudo que eu penso advém de você!
Que mar inexorável é esse que só faz o caos?
Onde devo me esconder do cheiro permeado na memória?
Achei que essa história seria uma visita de fim de tarde,
Mas inerente você disse ir embora quando ficou, na verdade.
Que som é esse que me atormenta quando te vejo?
E que hora é essa que me surpreende de tanto desejo?
Achei que, agora, você fosse de vez para fora daqui,
Mas, insistente você decidi ficar sem a sua permanência.
Que tom é esse que você usa para vingar dentro mim?
E que instência é essa que você mantem mesmo sem um fim?
Tudo que eu penso advém de você!
Sua visita de fim de tarde, sem qualquer aviso,
Decidiu ficar para o jantar.
O fantástico do amor é quando você o encontra no meio do caos, da turbulência, do delírio, e mesmo assim esse amor te traz paz. Com o passar do tempo aprendemos que o caos faz parte para reconhecermos o verdadeiro sentido da calmaria. Aprendemos que a turbulência pode ser forte, o caos pode ser rande, o delírio pode confundir, mas no final temos a certeza que tudo vai ficar bem, porque existe amor, porque existe vontade, porque existe a gente. A gente se gosta, a gente se quer e a gente se dá bem. Porque somos naturais, transparentes, entendemos e aceitamos nossos defeitos. E o amor é isso, é ser natural, é entender que ninguém é perfeito, que cada um tem sua imensidão de qualidades e sua imensidão de defeitos. É saber cada um dos defeitos, e mesmo assim sentir aquela vontade de estar junto, de estar perto, de sentir o calor do abraço, a sensatez do beijo, o carinho inesperado. O fantástico do amor é a sua naturalidade, sua inocência, sua grandeza em perdoar. Afinal amar é entender também que todos estão condenados a errar um dia, e quando o erro chegar, é ter a coragem para perdoar, porque a falta que o outro faz, não chega nem perto do erro que ele cometeu.
Aquele que provoca o caos político nacional, não pode ser premiado por se achar acima da Lei, antes de invocar a ilegalidade de certos atos, há que se incansavelmente avaliar a ação que deu sua origem, não podemos sob crivo da legalidade, encobrir o crime e a sua extensão, sob pena de ferir irreparavelmente não a lei, mas, a vontade da nação, pois, aquele que usa o poder e a Lei para esconder suas arbitrariedades, não pode invoca-la em sua defesa.
(Sócrates Di Lima)