Caos
Persistir, talvez não seja o melhor caminho , diante de todo o caos , podemos reconstruir , resignificar e voltar ao início.
“Sou eu um dos homens condutores de casos e caos que contam história que não tem fim, as mazelas de um povo afim.”
Giovane Silva Santos
O mundo está um caos,
Olho para a economia vejo incertezas,
O sistema religioso perdido.
Vejo Deus falando para todos, coloque sua vida em ordem.
Não entre em pânico quando o caos quiser tomar conta, mais mantenha o controle e conseguirá driblar esse episódio.
Que o Corona acabe com quem o criou
Que absorva a mãe dos senhores do CAOS
Que ferre, quem quer ferrar os ferrados
Que a paz e harmonia volte 2020
Enquanto as cores embaralham as possibilidades,e os algoritmos regem o caos; a arte de resolver um cubo mágico,vai montando um fascínio magnético que ultrapassa gerações.
Toda situação sombria e caos é algo como a escuridão, só nos basta afirmar a luz no mal pra que tudo se transforme no que realmente é, apenas no bem!
Em meio ao caos, os cacos caem sobre o chão.
Somos terra abatida na partida de tanta gente em vão. Assistindo no isolamento, na solidão, o coração de outros iguais a nós se dissolvendo, perdendo o ritmo de suas batidas, até ir embora sem sequer nos dar a despedida.
Nesse mundo perdido de amor, ficar só, só aumenta a dor, mas fico.
Quando os homens se derem conta de que algumas competições levam ao caos e não ao pódio, não haverá mais tempo para um recomeço.
“O Caos na Avenida Central”
No principio era um dia como outro qualquer; um dia de folga.
Aproveitei então para resolver questões pessoais de rotina.
Já não era mais cedo, também ainda não era tão tarde. Afinal era uma tarde.
Enquanto eu caminhava pela avenida central, percebi que algo além do normal pairava pelos ares. Pressenti que o clima era tenso. Observei a reação das pessoas que ali passavam; e de outras que ali permaneciam.
Uma criança chorava no colo da mãe, que se apressava em atravessar a rua. Outras maiores eram imediatamente puxadas pelo braço em companhia de seus pais. A senhora se ajeitava com sua sacola de compras.
Em instantes percebi que pessoas corriam pela calçada. A tensão era constante e progressiva.
Pessoas se refugiavam em algum canto, outras procuravam abrigo onde houvesse.
Seu Joaquim da padaria imediatamente tratou de baixar uma das portas.
O grupo de estudantes se aglomerava no ponto de ônibus, e logo se espremiam para entrar na condução.
O ciclista em desespero largou sua bicicleta e correu para o armazém.
Percebi então que a tensão aumentava e a reação das pessoas era cada vez mais freqüente e conturbada; O desespero era notório em meio a tamanha confusão.
Os ambulantes tratavam logo de recolher suas mercadorias, outros se apressavam em baixar suas barracas.
Moradores locais espiavam das sacadas, e logo davam jeito de fechar suas janelas.
Em meio a toda algazarra surgiam homens da guarda municipal que corriam em direção a marquise.
Mais adiante, militares com seus cães atravessaram a rua em direção ao ponto de ônibus; outros se adentravam na galeria comercial.
Um soldado fazia gestos para o restante da tropa que rodeava o quarteirão.
Os pombos assustados levantaram vôo.
Pardais rodeavam a torre da catedral e logo sumiam entre os prédios.
Ouviam-se barulhos. As vezes agudos, as vezes mais graves.
Logo as barracas eram aos poucos atingidas.
Os automóveis estacionados, nem mesmo os que estavam em movimento escaparam.
Pessoas que não se abrigavam, ou aquelas que andavam distraídas também eram atingidas. Alguns ainda tentavam correr para um lugar seguro.
Enquanto eu permanecia ali, imóvel, observando toda aquela algazarra...
Fui atingido no ombro direito, depois no esquerdo... Naquele momento fiquei sem reação.
Fui atingido novamente no ombro direito, depois no braço, no peito...
Ouviam-se vozes gritando: Saia logo daí!
Percebi então que a rua se embranquecia pelo granizo que caía do Céu.
A chuva era o de menos; molhava, mas inicialmente não fazia mal.
Mas o granizo quando batia na cabeça, incomodava bastante.
Fui imediatamente para a marquise e esperei que a chuva passasse.
Fiquei ali o resto da tarde observando o caos da tempestade inesperada que agitava a correria urbana.
(Carlos Figueredo)
Enquanto vejo reuniões com propósitos de caos, eu me reúno comigo mesmo e com todas as forças que por detrás de mim trabalham – com propósitos dignos; e não existe externalização nenhuma capaz de transformar meus caminhos, pois eles já foram percorridos antes mesmo do acordar.
A explosão que antes transbordava
Agora é suave.
Deixamos de ser caos.
Já fomos força, ferro e fogo
Chegamos a ser tempestade.
Hoje somos calmaria.
Já fomos furacão e ventania
Hoje somos um leve vento.
Aquele imediatismo do cotidiano
deu lugar ao que é de dentro.