Caos
É necessário gerar o caos desconstrutor dentro de si,sofrer extrema pressão, Para que através de um cisco possa se acender um espírito vulcânico cristão
"Tudo é caos, desespero e abismo,
par a alma que habita em profunda escuridão,
presa no grilhão do egoismo."
O caos na mente humana as vezes se torna tão grande que é como se não enxergássemos as coisas como elas realmente são.
<Memórias do caos>
Põe fermento na mistura, sova e amassa a massa,
deixa a mistura vingar, deixa o bolo da vida crescer.
Por que o tédio, amigo, é a sala de espera do caos:
- Do nada, transborda e escorre pelas bordas
e sem se perceber, o vazio que era, rapidamente deixa de ser.
Valoriza as suas conquistas diárias, segue em frente com a tua vida,
dá um beijo de boa noite na sua filha
e um abraço apertado no seu pai...
Por que de repente a roda da vida gira
e até o caos que parecia bom vai entediar você.
Sociedade a verdadeira selva... sociedade aquele mar de pessoas. Algo assustador. Caos, desordem e nada de amor. Somente pó, lixo e violência. Aquele mar de pessoas... aquele mar assustador de pessoas. Quando são vistas em suas grandes metrópoles com seus altos pinhos de concreto ao esconder a belíssima linha do horizonte. E todo aquele caos, pó e lixo não passa de nada... nunca passou de ser apenas nada. Um nada que em mim corrói por dentro a alma. Nas matas densas a vida... a liberdade... a um profundo e enorme êxtase vindo do prazer de viver por pura liberdade.
*Me afogando*
Todos os meus sonhos,
Os meus planos
Se foram...
Aonde eu vivo está um caos.
Eu achava que estava indo tão bem,
Mas, nem tudo é como planejamos.
Os meus amigos, dizem que estou ficando louca.
Eu acho que já deveria ter superado algo...
Porém, não consigo.
Os meus sonhos virando escuridão estão.
Sim, eu sei disso faz tempo.
Estou me afogando,
Eu deveria estar me salvando,
Não estou suportando.
Aos poucos vou morrendo.
Oh, não!
Isso é trágico,
Insuportável o que eu sinto.
Eu sinto que isso daqui é o verdadeiro inferno!
Não sei como explicar...
Quando me olho, já quero me matar,
Talvez, você poderia me ajudar.
Me tira dessa confusão.
Minha vida...
O que estou fazendo?
Depois que todos se foram, me sinto na solidão,
Quero que tudo volta ao normal.
Eu sinto que estou me afogando,
Aqui embaixo é tão solitário, silencioso,
Não quero morrer aos poucos.
Cada vez vou perdendo o ar...
Por favor! Me ajuda!
O mundo pode estar desmoronando em minha vida... Meu anjo da guarda chega, me retira do caos; me tranquiliza, e abre novos paraísos. Mesmo sem eu pedir; ele nunca dorme (...).
O furacão vem e faz um enorme caos...
A tempestade vem e causa uma enorme destruição...
Você veio na minha vida como um furacão, causando enorme caos.
Fez uma reviravolta na minha vida, como a tempestade, você veio e me trouxe a destruição do meu sofrimento.
E no final da tempestade me trouxe a chuva serena.
Me troxe aquela garoa tranquila.
Aquela chuva que vem e trás a esperança de dias melhores.
Você veio e me trouxe dias melhores.
Me ensinou o que é amar e o mais importante de tudo, me ensinou que nunca é tarde pra amar.
A Otsuchi de Alejandro Chaskielberg: esperança de futuro através do caos
(Victor Drummond, de Buenos Aires)
Esta semana fui conferir o art-meeting para convidados da Galeria Gachi Prieto. Motivo: bate-papo com o super fotógrafo Alejandro Chaskielberg, que está com a exposição fotográfica "Otsuchi, Future Memories", em cartaz na própria galeria.
Somos recebidos no foyer por um impactante painel fotográfico, repleto de fotos sobrepostas. Recortes de um caos, após o terremoto de 2011, seguido de um tsunami com ondas de 40 metros que devastaram o povoado de Otsuchi, no Japão. Longe de ser sensacionalista ou querer chocar com suas imagens captadas, Alejandro constrói um cenário quase onírico. Há tristeza pela devastação - um olhar punk de destruição sobre as ruínas do desastre natural - mas também há beleza, poesia e acima de tudo, perspectiva de um recomeço.
O pequeno povoado de Otsuchi foi provavelmente o mais destruído. 10% da população morreu ou desapareceu e sessenta por cento dos edifícios residenciais e comerciais como escolas, hospitais e biblioteca foram destruídos. Em meio a essa dor, o único resgate físico possível do passado seria através das fotografias de familiares que foram encontradas pelos escombros. "Uma comunidade praticamente rural, que possuía apenas registros fotográficos impressos, de repente se vê sem referências. Mas através daquelas fotografias, muitas destruídas pela água, sabíamos que poderíamos encontrar uma busca por essa memória.” explica Alejandro.
Em 2011 Alejandro foi nomeado "fotógrafo do ano" pela World Photography Organization. A revista nova iorquina Photo District News o colocou em 2009 entre os 30 fotógrafos mundiais em franca ascensão. Um ano antes, participou do projeto All Roads Photography, da National Geographic Society. Chaskielberg pegou toda essa bagagem somada à sua graduação como Diretor de Fotografia e os colocou à disposição do resgate da memória de Otsuchi, que por sinal virou seu segundo livro fotográfico, com o mesmo título da exposição.
Os dois projetos mostram a superfície da destruição. E ficam evidentes grandes contrastes: de um lado, montanhas de lixo e entulhos e do outro, uma cidade completamente aplainada; o fim e recomeço juntos nesses registros. "Eu enxergava a cidade como uma peça de esqueleto. Lugares vazios, mas carregados de história.”, descreve ele.
Todas as obras são impressionantes e carregadas de nostalgia, como a intitulada “La biblioteca de Otsuchi” , com a foto da bibliotecária sentada sobre o nada que restou.
Alejandro trabalha com câmera de filme e ama a fotografia noturna; esses recursos trazem um diálogo interessante entre luzes e sombras, cores e profundidades.
E por falar em cores, lembra das destruídas fotografias das famílias de Otsuchi encontradas pelas ruas? Alejandro fez um verdadeiro trabalhado de arqueologia colométrica. "Pareciam uma sequência de paletas borradas, com um efeito blur.", explica. Assim veio a ideia de trabalhar mesclando cores, inspirados por essas fotos “borrões”. Ele as apertava ainda úmidas, e as tintas iam se misturando. O resultado é impressionante: como uma "aquarela fotográfica orgânica" viva. Como se alguém houvesse jogado um grande balde d`água sobre uma obra-prima, na tentativa de destruir um passado, mas ele permanece ali, impregnado, ganhando outras formas e se transformando num presente-futuro cheio de resiliência, como se fosse impossível apagar por completo o que ficou para trás.
Uma das obra desta exposição foi intitulada "Una memória de el futuro.". Uma provocaç!ao de Alejandro; como se pode recuperar uma memória destruída?”, pergunta ele. Através de sua escolha artístico-profissional, de sua carreira, do olhar tão delicado e dedicado à Otsuchi, o próprio Alejandro traz a resposta: ”sou fotógrafo porque quero preservar a memória." E aquilo que se preserva, viram traços de cores e esperança para o futuro. Bravo!
Serviço:
@gachiprieto Calle Uriarte, 1373 - Palermo. Lunes a sábados, de 14 a 19h). Até 25/7
Ontem
No caos dos meus sentimentos, do meu rotineiro e destino me fiz em uma noite.
No deslumbre tentei acreditar, nas doses de bebidas me calar, no disfarce me esconder, e pela noite deixe me usar.
Suja, imunda.
Sem valor
Louca
Bebada
Sozinha com a noite.
Agora os rótulos estão á mesa, agora a angústia tem nome, os dias um sentimento.
No fundo sóbria me mantenho.
No fundo parece não doer.
Doeu tanto, quando não tinha nada, quando tudo era tênue, que as feridas escancaradas apenas servem de pretexto.
Mais um dia
Mais um dia
Uma semana
Uma semana
Não para
Se cala
Sufoca
Aceita.
A evolução que você busca esta dentro do equilíbrio que você carrega e precisamos de caos para sentir a necessidade de buscar o equilíbrio.
"Para que a mudança acontecesse precisei experimentar o caos, o desespero, a falta de saída e um vazio maior do aquele que já existia dentro de mim.
Depois da tempestade vem a bonança, que ditado mais do que perfeito. Aprendi com isso tudo a ser mais compreensiva comigo e com todos".