Cantar
O SANFONEIRO
A sanfona e o sanfoneiro,
no Nordeste a cantar.
O sertão vai festejar
com forró o ano inteiro,
de janeiro a janeiro.
Solta a voz, meu cantador!
Alivia tua dor!
Com tamanha emoção,
faz lembrar o Gonzagão,
o maior dos forrozeiros!
INTEGRAL (soneto) ....
É bom que eu viva a cantar, no rumo
Do prazer, em um romântico comitê
Pois se da boa poética eu sou mercê
Da prosa, trovo, declamo e consumo
Num certo verso que venha, presumo
Expressar tudo que minha alma crê
Talvez, assim, então dizer o porquê
E me expor num entusiasmo sumo
E, se chegar a hora em que eu traga
No versar a solidão onde a dor vaga
Que seja a sofrência com solenidade
Já na ventura me darei mais alento
Porque saudade é mais padecimento
E o sentimento nunca é pela metade ....
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
18/01/2021, 09’41” – Triângulo Mineiro
Onde está a poesia?
Eu a encontro
Na luz de um novo dia,
No cantar de um passarinho,
Na pétala de uma flor.
Na solidão
De uma casa vazia,
No mar... Na areia fria,
Num simples gesto de amor!...
( Maria do Socorro Domingos)
Eu me vi chorando e ouvindo Ney Matogrosso cantar “retrato em branco e prato” sem entender o porquê. Eu não sabia se chorava porque havia perdido o Rick, se eu o amava, se o queria, porque eu já nem sabia mais nada! Eu me sentia um lixo e nem estava de TPM para isso. Parecia que ele tinha ido para sempre e isso era muito triste. Eu abracei um travesseiro chorando e pensei que as palavras dele foram ásperas, foram rudes! Ney cantava e eu sentia que a música era para mim pois eu me sentia uma tola procurando o desconsolo que eu cansei de conhecer. Eu escrevia, eu trazia o peito repelto de lembranças do passado e colecionava um soneto, uma carta, uma porção de sentimentos e palavras. Eu negava o amor que eu sentia pelo Rick, evitava, mas parecia que ele voltava a me enfeitiçar como se eu fosse uma tola e não tivesse me imunizado para o vírus que era o amor dele. Eu não sei na verdade o que eu sentia pois parecia que eu sentia de repente todo amor e toda dor do mundo e isso vinha tudo de uma vez e caía sobre mim como se eu fosse acertada por um raio e isso me deixava subitamente tonta!! Eu não queria ficar com o Rick, mas não queria perde-lo, diário, e eu sei que você vai dizer que isso é egoísta, porque é! Eu o queria amarrado, preso a mim do mesmo modo que eu fui presa a ele por anos, mesmo sem eu querê-lo agora.
Ser criança
Ser criança é ser criança
É sorrir sem medo
É correr sem riscos
É pular
Dançar
Cantar
É seguir o fluxo da vida
Sem nada atrapalhar!
Ser criança é ter cuidadores
É ter amor
Escola
Cantigas
É ter livros de histórias
E ser feliz!
Ter sorrisos
Ter memórias!
Eu sempre quis acertar
só me faltou pontaria
eu nunca soube cantar
mas sempre tive mania
nunca brinquei carnaval
e nem saí da folia
nunca pulei a fogueira
e nem dancei a quadrilha
Eu nunca amei a ninguém
nunca devi um vintém
nem encontrei minha trilha
Eu me perdi muito além
sendo meu próprio refém
na solidão de uma ilha
A noite se aproxima com o cantar dos pássaros anunciando o fim de mais um dia, pássaros cantantes dão espaço para a música que só a alma consegue apreciar - a música do silêncio agonizante que anuncia que na vida nada é, mas que tudo está.
Nem as mais belas canções ou os poemas mais sensíveis conseguem retratar, com exatidão, a silenciosa verdade revelada pela madrugada aos ouvidos atentos - o luto da morte de mais um dia.
O subjetivo inflama, seu corpo te ensina,
A sua alma enxerga no espelho a verdade escondida na luz do dia, à luz do conveniente. Tudo quem você é, com todas as suas delícias e dores, traumas e hipocrisias.
Renove sempre as suas certezas, e ao final do dia, descanse em paz.
Não está relacionado pelo pregar, cantar ou profetizar bem. A questão é “com quem estamos a ficar parecidos?”
CANTAR O CERRADO
É cascalhado e sinuoso, mas todavia
de um encanto lotado de um alento
no seu sulcado chão tão macilento
poema se lê com rimas de teimosia
E uma vez que na extensa pradaria
ao admirar o horizonte pardacento
hora se faz dia e o dia o momento
nascendo o diverso em desarmonia
A velha terra, de poesia e liberdade
com tal melancolia e uma saudade
que encharca a sequidão de sabor
Então, ao encontra-lo, assuste não
Logo terá acordo e muita emoção
Pois, o cerrado passa além do amor...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
11/11/2020, 08’47” – Araguari, MG
No carnaval, o bom mesmo é cantar, dançar e pular com os amigos pelas ruas… É fazer essa folia sentindo o estremecer do trio batendo no peito e o calor humano correndo pelo corpo… É poder pular olhando para a imensidão do céu e sentir no cabelo uma brisa que vem do mar!
Vestir-se é uma arte,
É como cantar, quando um artista consegue expressar o que sente através da música, logo o elogiamos, por cantar bem.
Assim acontece com nossas roupas, elas são uma expressão
de quem somos,
das técnicas que dominamos,
do que gostamos
e de como comunicamos isso ao mundo!
O que seria de Elis ou Zizi, não podendo cantar pra “Nega do Cabelo Duro”, “qual o pente que te penteia? Mesmo sendo o Brasil, brasileiro? e o Luiz, se dissesse que ela não gosta de pentear?
Imagina a Sandra Sá, mesmo com seus olhos coloridos, quem a queria imitar”? Na melodia de Thaíde & DJ Hum “ Que tempo bom que não volta nunca mais”....
Sabe, na busca pela “inclusão” estamos nos separando, essa separação nos traz perdas, essas perdas nos enfraquece, quando preto fala de preto, ou é aceitável e permitido ou é capitão do mato, quando branco falando de preto é preconceito e racismo, não vejo muitas saídas, estamos nos afunilando....
O Amor sim é inclusivo, o respeito sim é amoroso, por que “Preto que é preto ilumina porque é preto, Preto que tem resolvida sua cor, Não tem que se impor, nem que se curvar, A gente ajeita quando tem cabeça feita, pois lá no fundo quando deita é tudo igual”, eita Jorge!!!
Eu amo! E sei que só existe uma raça, a raça humana, por isso, todas as vidas importam!
Para que muitos possam cantar e sorrir, alguns tem que clamar e chorar, mas temos mais candidatos a cantores, então os sorrisos demoram!
No cantar dos pássaros..
Na brisa do mar...
Nos barcos velejantes que vai ao encontro do sol..
Que surge por trás do mar,,como se tivesse saindo de um mergulho nas águas profundas do oceano..
.
Que vem rompendo a escuridão que se divide entre a noite e o dia ..
É as ondas em ritimo de dança, bailam de um lado para o outro, onde se misturam com o brilho do sol ,como um espelho que reflete o azul do céu.
.
E a canção do vento em ritimo de reverência, contemplando o cenário mais real ,onde os olhos podem ver..
O coração sentir..
E as mãos tocarem.
Ilda Leite
26/06/020
Agora que estás no Céu,
escrevo-te esta canção
Gosto de cantar para ti
com voz meiga, emoção
Às estrelas
em noite de luar
Ergueste os teus braços
para me entregar
Num abraço
que nunca esquecerei
Os teus olhos doces
recordarei
E caminhar, pela vida a cantar
porque sei que gostas muito de mim
Tu és vida, água pura
arco iris a brilhar
Foste tu que me ensinaste
nesta vida a sonhar
O teu sorriso
os teus cabelos negros,
A tua voz alegre
recordo com amor
És um Anjo
capaz de voar
Danças com o vento
sobre o Mar
E caminhar, pela vida a cantar
porque sei que gostas muito de mim
Olhas por mim, tomas conta de mim,
Olhas por mim
O GURIZINHO
Foi num sábado bem cedo
O sol brilhava sozinho
Só se via o cantar
Dos mais lindos passarinhos
Foi aí que eu ouvi
Um pequeno barulhinho
Quem batia em minha porta?
Um pequeno gurizinho...
Abri a porta depressa
O que houve menininho?
Cheguei a me assustar
Maltrapilho e magrinho
Com uma cara de fome
Pobre daquele anjinho!
—Me perdoe meu senhor
Lhe peço de coração
Apenas um cafezinho
E um pedacinho de pão
E se não incomodar
Me desculpe a intromissão
Se tiveres um pouco mais
Pra mamãe e meu irmão.
O resto desta história
Não é preciso contar
Alimentei o pequeno
Não é preciso falar
Me encheu os olhos de lágrimas
Não é para se gabar
Ainda sobrou um pouco
Embrulhei "pra" ele levar
Eu fico imaginando
É triste, mas é verdade
Quantas crianças no mundo
Pequenas, de pouca idade
Passam fome, passam frio
Durante a mocidade
Mazelas do ser humano
Terrível realidade!
O que dói no "bicho" homem
E apequena a esperança
Não zela por ninguém
E não cuida das crianças
Briga por qualquer coisa
Casa, dinheiro e herança
Parece que só surgiu
Pra ser o "rei da lambança "...
Aqui vai este versinho
Me perdoem a intromissão
Rogo aos nossos jovens
Que prestem bem atenção
Cuidem do semelhante
Tratem-no como irmão
E antes de ter os filhos
Reflitam com o coração...
É como diz o poeta
Se pondo a criticar
Infelizmente o homem
É triste, mas vou falar
Um "bicho" que só existe
Com intuito de matar
Quem não cuida nem de si mesmo
Dos filhos, não vai cuidar!
Poema: O sol a brilhar
Como e bom acordar de manhã
E ver o sol a brilhar e ouvir os pássaros cantar
Sinto uma imensa vontade de cantar
Como e bom amar pelos quatros cantos da cidade
Mas você aparece não entender o que e amor
Que bom está comigo para espantar minha tristeza
E fazer meu mundo mais feliz em teus braços
Como e bom te amar e sentir meu coração bater forte
E meu corpo entrelaçados no seu
Vivo por ti em minha vida está em suas mãos
Sinto seu coração me amando nossas juras de amor
Não pode se quebrar eu preciso de você
Hoje e sempre pra me amar amor
acabei virando prisioneiro desse amor
Porque te amo agora e sempre vou te amar
Escritor: Eri Gomes
Natureza
Só acho a vida...
Uma delícia...
Assim como o cantar dos pássaros...
Ou...
O barulho da ondas...
Nesse poema...
Se é que posso chamar de Poema...
Sem muitos dilemas...
E como tema...
Falo da vida....
Falo do sopro....
Falo do fogo...
Fogo abrasador...
Perfeito...
É esse leito...
E meigo na sua beleza...
Natureza...
O pulmão do mundo...
Arvores e florestas tropicais...
Mata bruta...
Mata rasteira...
Savanas infinitas...
Desertos solitários....
Cabe a qualquer um ver....
E com os olhos da alma Voar.......
Uma Criaçao do Criador...
Do Pai...
Ao filho...
E ao Espirito Santo...
Também Admirável força...
A única e Suprema....
Gosto de Poemar...
Sobre tudo que se fez...
E o que ainda faz....
Na soberania...
Uma vaidade....
E com toda sua verdade...
Eis uma tamanha Veracidade....
Nota-se....
Que nessa terra....
Tudo foi feito....
Com total dedicação....
A vinda do homem...
E a sua evolução....
Como não citar...
Temos tudo...
Basta acreditar...
Sonhos meus....
Desejos meus...
Meu olhar...
Vai além....
Imagino eu....
Que longe desses olhos...
Ainda tem muito que desvendar....
Ainda pequenino...
Um simples menino....
Privei de muitas coisas...
Mas...
Foi erro meu....
No calor dos braços do Criador...
Carrego comigo um Amor...
Assim....
Me sinto uma criança....
Mesmo com a alma machucada...
Sigo com calma meus caminhos...
É ser feliz que eu preciso...
Cabe eu...
A encarar o mundo....
Numa canção....
Louvar e gritar.....
Com meu jeito sereno...
E Olhar calmo...
Vou longe com meu inspirar....
Tudo sem medidas...
Caberá eu sempre isso tudo..
Contemplar.....
Vida bela...
Aqui ela é...
A protagonista,
Posso eu até elogiar....
Finalizo minha inspiração....
Com sangue fervendo...
Germinando por dentro....
Tenho eu....
Agora e sem demora..
A Deus Glorificar......
Autor: Ricardo Melo.
O Poeta que Voa.