Cantar
Ele me dá vontade de viver (…)
Ele me dá vontade de cantar, de rir, de ser feliz!
Me dá força, me dá fé.
AMOR, AMOR...
“porque Deus amou de tal maneira...”
Eu queria cantar aquele Amor sublime,
como nem no céu existem dois iguais:
amor Primeiro, sem reciprocidade,
sem princípio, sem fim – Eternidade.
Amor, Próprio Amor – amor demais.
Amor que venceu o tempo e o espaço
para chegar até meu coração.
Amor escrevendo um poema de glória,
traço de luz atravessando a História:
Deus se humanizando – minha salvação.
Amor que usou milhares de caminhos,
homens, mulheres, povos e impérios,
até tornar-se Única Esperança,
prisioneiro num corpo de criança:
maior quando desce – Mistério dos mistérios.
Amor que transcende, supremo, absoluto,
que a Si mesmo chama “de maneira tal”
além de toda compreensão humana,
que nos eleva, a Deus nos irmana
na noite linda a santa de Natal.
Como cantar este maior milagre,
se a terra silencia para ouvir o céu?
Diante do Grande feito Pequenino
a própria alma se transforma em hino:
– Tudo é amor, sublime amor, Jesus nasceu!
Eu nasci...para conquistar o mundo; Para o mundo me conquistar; E a gente se harmonizar...Cantar, dançar, pular, correr, voar, sorrir, chorar, viver, amar...
Eu vim para aprender com o mundo e o mundo comigo aprender...
Numa sintonia perfeita! Cada coisa no seu momento certo. Porque o acaso não passa de uma ilusão.
Eu sou o Tudo e o Nada. Eu sou o que digo e o que silencio. O que eu digo é bom, mas, o que eu silencio é melhor ainda...Não! Não me leve a mal! Por favor, tente ver com os olhos de um viajante observador...
A vida é um mistério! Há muito mais a ser desvendado por trás do som da chuva...Só os 'loucos' sabem! São eles que chegam 'lá'... São eles que superam a 'consciência' de um mundo de 'sãos'. Esse 'lá' é tão confortável e ao mesmo tempo tão simples...
Desperte!
Mude!
Recomece!
Reinvente!
Desapegue!
Desapareça!
Apareça!
Enlouqueça!
Libere sua criança interior! Ouça o que ela tem a lhe dizer...! Não deixe morrer a essência mais bela de sua alma! Alcance a frequência do som que te levará de volta pra 'casa'...
Viver e não ter a vergonha de ser feliz
Cantar e cantar e cantar
A beleza de ser um eterno aprendiz.
Comer devagar. Se arrumar ouvindo música. Cantar.
Dançar sem cansar. Beijar com vontade. Abraçar apertado. Amar a noite inteira. Ler um livro. Copiar na agenda as frases mais lindas.
Não esquecer datas importantes. Distribuir sorrisos. Poetizar.
Poder lembrar-se dos bons momentos sem que doa. Nostalgia.
Oração. Sem demagogia. Viver o que diz. Falar o que condiz.
Torcer pela felicidade daqueles que amamos. E aceitar a felicidade daqueles que nos fizeram mal. Ser feliz. Por dentro. Sem precisar provar nada a ninguém.
Perdoar. Pedir perdão. Esquecer. Lembrar pra sempre.
Bem-querer. Perder algumas horas com futilidades. Saber separar quem vale a pena de quem nunca valeu um minuto da sua vida.
Amar e se deixar ser amada. Se amar, mesmo sem um amor. Viver o hoje. Acreditar no amanhã. Sorrir com o ontem.
Ser transparente. E aceitar o que é. Tentar corrigir os defeitos. E se orgulhar das qualidades. Elogiar quem merece. Aceitar elogios. Sorrir todos os dias. Chorar quando sentir vontade.
Tirar da vida as melhores coisas que ela oferecer. Aprender com as piores. E ser. Na essência. Na verdade. No olhar que fala. De alma tranquila e coração aberto.
E de consciência sempre em paz.
[K]
Assim como o oceano
Só é belo com luar
Assim como a canção
Só tem razão se se cantar
Assim como uma nuvem
Só acontece se chover
Assim como o poeta
Só é grande se sofrer
Assim como viver
Sem ter amor não é viver
Não há você sem mim
Eu não existo sem você
minhas terra tinha palmeiras onde cantava o sabiá
hoje o sabiá já não cantar como costumava cantar
nosso céu tinha estrelas nossas várzeas tinham flores
hoje os bosques não tem vida
eles queimaram nossa cores
em cismar sozinho a noite acho motivos para chorar
porque minha terra não tem palmeiras muito menos sabiá
não permita deus que eu morra
vendo minha terra queimar
sem que eu lute horrores para eu fazer isso mudar
o ser humano e egoísta e preferiu dinheiro do que palmeiras pro sabía cantar
Se tudo o que eu tivesse fosse um último fôlego
Eu o usaria todo só para cantar o teu louvor
Só para dizer teu nome
Se o que eu tivesse fosse apenas mais uma oração
Eu oraria, pois sei que tu sempre me ouves
Se eu pudesse viver mil vidas neste mundo
Eu vivieria cada uma delas ao teu lado
Não é tão simples assim...
Meu compromisso não é tão simples como me vestir e cantar aos orixás. Não se resume em uma simples festa e jamais se interrompe além das paredes do asé.
Meu compromisso vai além de iniciar um Yawò, um Ogã ou uma Ekedji.
Meu compromisso é com o Tempo que passa pelos vãos de nossos ouvidos e coração.
Meu compromisso é com a dor de nossos ancestrais envoltos em pesadas correntes, dentro de seus cativeiros.
Meu compromisso é com nossas princesas e príncipes que morreram nos porões dos navios negreiros.
Meu compromisso é com o suor e o sangue das chibatas.
Meu compromisso é com o medo de tantas etnias acorrentadas e massacradas na África.
Meu compromisso é de honrar a coragem dos nossos antepassados em manter viva crença nos Orixás e na força da natureza, mesmo com o laço mortal da forca em seus pescoços.
Meu compromisso é com Zumbi do Palmares e sua incansável luta contra o açoitamento dos seus.
Meu compromisso é de alguma forma valorizar todo sofrimento que deu força para nossa crença resistir até os dias de hoje.
Meu compromisso é na contribuição e na transmissão segura dos adurás e fundamentos tão protegidos com dor e sangue dos nossos Reis e Rainhas do Cativeiro.
Meu compromisso é com a fé inabalável e por consequência da humildade dentro e fora do asé.
Meu compromisso é com Olorum, Orumilá, Oduduà e todos os Orixás.
Meu compromisso não é agradar ninguém e sim manter viva e forte a luz de nossa fé.
E então descobrimos o motivo que levou o poeta cantar: “Bom é partir. Bom mesmo é poder voltar!” Ele tinha razão. A partida nos abre os olhos para o que deixamos. A distância nos permite mensurar os espaços deixados. Por isso, partidas e chegadas são instrumentos que nos indicam quem somos, o que amamos e o que é essencial para que a gente continue sendo.
Ó meu mengão eu gosto de você
quero cantar ao mundo inteiro a alegria de ser
Rubro- Negro conte comigo mengão
a torcida na torcida é uma nação
a camisa na camisa é um manto sagrado
da linho de quintinha 10 eternizado
com a bola nos pés, nas mão, na quadra ou no gramado
seja na terra ou no mar
é meu maior prazer e no brilhar
e vencer, vencer, vencer, vencer, vencer
uma vez flamengo até morrer
marrê do marrê, rema remador
se a canoa não virar eu chego
Fla-men-go
me arrebata de emoção no coração
listrado em preto na horizontal
todo mundo tenta mas só o mengo é penta...
foi mal
Quero cantar a vida como Bob Marley, sentir a música como Ray Charles, denunciar o sistema como Mano Brown, tatear corações como a musicalidade de Al Green, ser apoteótico como Pavarotti. Quero escrever com a genialidade de Augusto Cury, atingir mentes acadêmica como Rubem Alves, ser poetico como William Shakespeare. Quero sorri com as crianças e assentar com os anciãos. Ter causas pela qual morrer como Martin Luter King Jr. Quero pisar na terra e alcançar o Céu. Quero existir e não morrer em vão.
Cantar, só, não fazia mal, não era pecado. As estradas cantam. E ele achava muitas coisas bonitas, e tudo era mesmo bonito, como são todas as coisas, nos caminhos do sertão.
(A hora e a vez de Augusto Matraga)