Frases sobre o Campo
A mente humana é o maior campo de guerra que existe. Encontramos, na Bíblia, munição suficiente para enfrentar todos os maus pensamentos.
Homem do campo.
Antes do galo cantar
Preciso acordar
Tomar café
E seguir na fé
De Nossa Senhora Aparecida
Que ilumine a minha vida
Em mais um dia de batalha
Coloco meu chapéu de palha
Sem tempo de me apresentar
Preciso plantar
Pra poder colher
E a nossa mesa encher.
Daqui que saí toda a fatura
Açúcar, cachaça e a rapadura
Feitas da cana
Que plantamos
A mistura, o arroz e feijão
Frutos da nossa plantação
Carne, leite e requeijão
Vieram da nossa criação
Até os bens materiais
Saíram das zonas rurais.
As roupas então
Surgiram do algodão
O dinheiro e móveis do seu lar
Feito das árvores de lá
Tudo saiu do campo
Antes do escampo
Por isso preciso ser respeitado
Também valorizado
Reconhecer a nossa parte
Bem antes da cidade.
[A COMUNIDADE HISTORIOGRÁFICA E SUA INFLUÊNCIA SOBRE OS HISTORIADORES]
Como em todo campo de saber – da Física à Biologia ou à Antropologia – os praticantes deste campo que é a História também precisam de seus pares, não se achando deles descolados, ainda que conservando a sua evidente autonomia. Esta comunidade invisível e indefinida, mas bem real, pressiona cada historiador de muitas formas, impedindo que ele se afaste significativamente da matriz disciplinar da História sob pena de que seu trabalho perca a legitimidade entre os praticantes reconhecidos da área. A comunidade historiográfica – formada por todos os historiadores atuantes no campo – pressiona cada um dos seus pares conforme o seu lugar na rede humana configurada pela totalidade de historiadores. Estes enfrentam os limites que o campo lhes oferece em cada época: podem desafiá-lo, inovar, introduzir desenvolvimentos inesperados, propor novos temas, mas sempre enfrentando pressões para que não se afastem muito daquilo que se espera de um historiador em cada momento da história da historiografia. Obviamente que, se não tivessem coragem ou vontade para desafiar em alguma medida o campo, ainda que respeitando os limites implícitos, os historiadores sempre escreveriam as mesmas coisas e do mesmo jeito, e a historiografia como um todo se modificaria muito pouco. Mas não é isto o que ocorre, como sabemos, pois existe uma relação dialética entre cada historiador e a comunidade historiográfica como um todo. Se a comunidade historiográfica pressiona cada historiador a observar os seus limites , níveis de reconhecimento e interditos, também cada historiador que faz parte do campo – e todos eles em combinações diversas – são capazes de exercer pequenas ou grandes pressões na comunidade historiográfica como um todo e com vistas às mudanças que vão ocorrendo na historiografia de cada época.
[BARROS, José D'Assunção. "História e Historiografia – todas as interações possíveis" In A Historiografia como fonte histórica. Petrópolis: Editora Vozes, 2022, p.29].
Toda a noite, tenho o mesmo sonho. Eu ando por um campo de flores sob a luz de um céu estrelado. E, quando chego ao centro dele, você está lá.
(Aloy)
O amor
Cadê rosa menina?
Escondida ao campo em baixo das flores, aguardando o seu grande amor;
Sortida falas em silêncio olhando ao céu, imaginando seu príncipe no cavalo branco;
E o vento sopra em seu cachos dourados levando seu docê perfume a cidade;
Onde está à caminho seu grande paladino, que vem carregando nas mãos um buquê de amor;
E quando se encontrar com rosa menina, terá troca de núpcias e viverá as delícias da vida adulta!
O Amor foi consumado entre os amantes que se guardaram!
Sou poeta do interior
Sou poeta da vida
Sou poeta do amor
Entre Campo e Poesia
Escrevo minha vida
Transformando em rimas
A alegria e a dor.
A Educação do Campo nos transforma
Nos faz ter um outro olhar,
O que antes era feio
Hoje passo a admirar,
E o que era preconceito
Hoje aprendo a respeitar.
Os Girassóis
Diante de um campo imenso de flores é sempre você que se destaca
Toda solidão e sentimento ruim vai embora, vira fumaça
O girassol
sob o sol
Que beleza imponente
Para mim você sempre é diferente
Me dá tranquilidade com sua perfeição
Sua forma e feição
Aquece meu coração
É uma verdadeira paixão
Tira meus pés do chão
Contigo sinto uma conexão
Uma verdadeira paixão
É um amor encantado
Que não consegue ser explicado
Mal consegue ser falado
Ou até digitado
É tão perfeito para mim
Seu amor por ti não tem fim
Um amor inexplicável
Que me deixa confortável
Eu quero para vida é a simplicidade do homem do campo, com aquele espírito provinciano que exala bonomia.
Todo análise fora da situação nos dá a sensação de sermos expert, tudo é fácil e fluido no campo da observação, até que um dia a navalha corta na carne e toda teoria se dissolve no sangue.
GAITA
Eu não tinha mais palavras,
vida minha,
palavras de bem-querer;
eu tinha um campo de mágoas,
vida minha,
para colher.
Eu era uma sombra longa,
vida minha,
sem cantigas de embalar;
tu passavas, tu sorrias,
vida minha,
sem me olhar.
Vida minha, tem pena,
tem pena da minha vida!
Eu bem sei que vou passando
como a tua sombra longa;
eu bem sei que vou sonhar
sem colher a tua vida,
vida minha,
sem ter mãos para acenar,
eu bem sei que vais levando
toda, toda a minha vida,
vida minha, e o meu orgulho
não tem voz para chamar.
(Coração verde, 1926.)
LUA BOA
Quando a lua sair nós iremos ao campo
esmagar o capim, passo a passo, bem juntos
como dois namorados que não gostam de falar
quando a lua é mais clara e o coração mais limpo.
Nós mergulharemos na simplicidade,
mão na mão, sonhando as palavras que ficam,
enquanto os maricás noivarem,
calma grave e nupcial, tristeza boa
para a gente saber que vai morrendo,
para provar no lábio um gosto que abençoa.
Quanta doçura virgem de ervas!
Mesmo à noite os trevais têm cheiro azul de manhã,
e o capim o capim esmagado
perfuma os pés que o pisaram, santamente.
(Giraluz, 1928.)
MINUANO
Ao Liberato
Este vento faz pensar no campo, meus amigos,
Este vento vem de longe vem do pampa e do céu.
Olá compadre, levanta a poeira em corrupios,
assobia e zune encanado na aba do chapéu.
Curvo, o chorão arrepia a grenha fofa,
giram na dança de roda as folhas mortas,
chaminés botam fumaça horizontal ao sopro louco
e a vaia fina fura a frincha das portas.
Olá compadre, mais alto mais alto!
As ondas roxas do rio rolando a espuma
batem nas pedras da praia o tapa claro...
Esfarrapadas, nuvens nuvens galopeiam
no céu gelado, altura azul.
Este vento macho é um batismo de orgulho:
quando passa lava a cara enfuna o peito,
varre a cidade onde eu nasci sobre a coxilha.
Não sou daqui, sou lá de fora...
Ouço o meu grito gritar na voz do vento
- Mano Poeta, se enganche na minha garupa!
Comedor de horizontes,
meu compadre andarengo, entra!
Que bem me faz o teu galope de três dias
quando se atufa zunindo na noite gelada...
Ó mano
Minuano
upa upa
na garupa!
Casuarinas cinamonos pinhais
largo lamento gemido imenso, vento!
Minha infância tem a voz do vento virgem:
ele ventava sobre o rancho onde morei.
Todas as vozes numa voz, todas as dores numa dor,
todas as raivas na raiva do meu vento!
Que bem me faz! mais alto compadre!
derruba a casa! me leva junto! eu quero o longe!
não sou daqui, sou lá de fora, ouve o meu grito!
Eu sou o irmão das solidões sem sentido...
Upa upa sobre o pampa e sobre o mar...
(Poemas de Bilu, 1929.)
Pensamentos não são apenas um espaço de seu palácio mental, ele é um campo aberto, ao meu tempo que pode te confortar e te auxiliar em situações da realidade, ele te deixa vulnerável a criar problemas em seu estado psicológico. O intelecto humano por mais cristalino que seja, é predisposto a criar divergências.
𝚂𝙸𝙼𝙿𝙻𝙸𝙲𝙸𝙳𝙰𝙳𝙴 𝙴 𝙷𝙰𝚁𝙼𝙾𝙽𝙸𝙰
Na simplicidade do campo
A vida palpita, descontraída...
Humilde, verdadeira e feliz
De portas abertas, prontas a acolher o passante.
Vidas reunidas no aconchego da cozinha...
A harmonia da convivência...
Sem pressa, sem divisores... puramente natural.
Pela pequena janela, o sol espia...
Invade a fumaça densa que domina...
Com esse odor de ternura, bondade e milho.
Sobre a panela recheada de saborosas pamonhas
A velha senhora tranquila...
Cabelos presos... vestimentas simples,
Aguarda o momento de em que a palha amarelecida,
Vai anunciar que a refeição está pronta!
E o cheiro do milho vai enfeitiçando a tarde...
Num canto, descansa o velho pilão
Onde a paçoca farta e perfumada se fez.
Cães, gatos preguiçosos e galinhas buliçosas
Dividem o espaço, harmoniosamente.
É a cumplicidade plena e farta
De uma simplicidade tocante!
Lá fora, o dia se esvai
Por entre casas e campos...
Aqui dentro a vida palpita
Aguardando o anoitecer...
Carregado de magia.
Uma lua branca no céu estrelado...
O fogo crepitando ainda no fogão
Aquecendo os corações e amenizando o frio.
Quem sabe haverá uma viola chorosa...
Histórias de assombração...
E a noite prosseguirá seu curso
Adormecendo os sabores e a vida
Na simplicidade do sertão!