Caminhos
Nos caminhos da vida, sem sorte trilhados,
Persisto em busca do sonho almejado.
Nas vitórias que conquisto, não haja engano,
A sorte ausente, a mim não se engane.
Após quedas inúmeras e pedidos em vão,
Decidi escrever minha própria canção.
Medo, choro e lamentações, jogados ao vento,
Pois agora sou eu quem dita meu intento.
Posso recuar, dar passos em retrocesso,
Mas nunca desistirei, meu propósito é sucesso.
A linha de chegada, alvo de minha determinação,
Deixando marcas por onde passo, com gratidão.
Que a sorte ausente não se atreva a surgir,
Pois meu esforço e coragem me fazem florir.
Em cada conquista, o crédito é todo meu,
Pois foi na luta árdua que me tornei eu.
Portanto, sigamos em frente, sem temor algum,
Que a sorte bem longe fique, lá no além.
Na minha jornada, com força e persistência,
Escreverei minha história, com amor e excelência.
Nos caminhos de um sonho a desvendar,
Onde o sabiá canta com doçura no ar,
À luz da lua, nos olha a menina,
Perfume do mato, brisa das colinas.
Nossa cama, a grama verdejante,
É o leito perfeito para o amor vibrante,
Sou filho do sertão, apaixonado de coração,
Ofereço à natureza minha devoção.
A vida é um refúgio, em cada esquina,
Onde encontramos paz, é nosso lar genuíno,
No riacho, banhando-nos juntos em prazer,
Nadando, rindo, sem pressa para o amanhecer.
E ao cair da noite, acendemos a paixão,
Como fogueira que aquece a alma e a emoção,
Seu amor, meu cobertor, a me confortar,
Nesse abraço, o frio não tem lugar.
Sou caboclo, um ser simples e verdadeiro,
Com o coração repleto de amor derradeiro,
E ao acordar, é a passarada a cantar,
Anunciando que um novo dia há de brilhar.
No paraíso que construímos com primor,
Com você, deusa divina, sou completo e maior,
A natureza é nosso abrigo, nosso viver,
Tudo se faz lindo e profundo, só com você.
A vida é nossa jornada, lado a lado a trilhar,
Desvendando segredos, sem jamais parar,
E no coração dessa nova canção,
Encontro o significado do amor em sua emoção.
Entrelaçados na dança do destino e paixão,
Somos um só, sob o céu de constelação,
Nossa história é a mais bonita melodia,
Na sintonia eterna de uma doce harmonia.
Hoje é um dia nublado
Não vejo sol, há silêncio e caminhos
Ruas desertas para andar
Chuva pelo dia, lágrimas a cair de um tempo que não volta
São instantes, quem sabe nostalgias
Enfim a noite chega, há uma queda de energia
E vejo céu estrelado , a vivacidade de conectar com o natural existir.
Siga adiante, agradecendo a Deus pelos caminhos já traçados, expressando seu amor a Ele e reconhecendo Sua glória sobre sua vida. Tenha a certeza de que Ele está atento a cada pedido seu e que Ele nunca irá falhar.
Confie Nele, pois Ele é o Deus que nunca dorme, nunca se esquece de nós e sempre estará ao nosso lado.
- Edna Andrade
Que Deus esteja presente em todas as minhas escolhas, conduzindo-me por caminhos que sejam de acordo com a Sua vontade.
Que a Sua voz ressoe em meu coração, alertando-me sobre os perigos e encorajando-me a avançar rumo aos meus sonhos e propósitos...
- Edna Andrade
“Ah! Eu só quero no fundo me deixar levar, aonde o vento mais possa estar. Nos caminhos seguimos com tudo aonde quer chegar, nesta vida recomeçar”
Bom dia!
Iluminado sejam os nossos caminhos, que nos conduzem à felicidade e ao crescimento. Que a paz esteja sempre presente em nossas vidas, nos tornando mais fortes diante dos obstáculos e nos lembrando da importância de cultivar o amor entre nós.
Que a fé seja uma chama que nos ilumina a cada passo, mostrando-nos que não estamos sozinhos e que sempre podemos contar com o divino poder que nos guia. E com a esperança como nossa fiel companheira, temos a certeza de que dias melhores virão e que tudo ficará bem...
- Edna Andrade
Que a luz de um novo dia desabroche os nossos sorrisos, ilumine os nossos caminhos e traga para a nossa vida, paz, esperança e amor.
Oração da manhã
Pai amado, onipotente, onisciente e onipresente.
Peço que me guie nos caminhos que hoje devo trilhar, não me deixe desviar a atenção no propósito que tens para mim, que não me perca no caminho por desvios, distrações e más condutas. Neste dia não me deixe cair em tentação, livra meu coração das amarguras e infelicidades, impropriedades, iniquidades. Que minha mesa seja farta e próspera, sacia todo vazio existencial em mim, com amor ao próximo, bondade e caridade. Amém.
Os caminhos de luz levam ao vazio insondável
E oferecem apenas veneno para os olhos doloridos
- Weight of the Sun
Título: "Sons da Eterna Melancolia"
Capítulo 1: "Queda dos Céus e Caminhos Sem Destino"
Desde a concepção do mundo, tornei-me uma humilde serva, condenada a vagar pela Terra após o cataclismo divino. Minha existência, agora testemunha silente das intricadas complexidades humanas, é um doloroso eco do que já fui. Ironicamente, em meio à grandiosa guerra celestial, eu era apenas um anjo, uma figura sem voz.
Minha posição pairava na nebulosidade, sem um compromisso político definido. Eu permaneci no epicentro da batalha celeste mais ardente já travada.
No entanto, como reza o provérbio, "o inferno guarda seu calor mais intenso para aqueles que ficam em cima do muro". Não me aprofundarei nesse assunto, pois o desfecho é familiar a todos.
Em minha defesa, eu me limitava a observar. Não tomei partido, não emiti opiniões, evitando perturbações. Eu era o anjo encarregado da limpeza celestial, uma espécie de zeladora cósmica, incumbida de manter a ordem e o esplendor. O céu costumava ser um paraíso radiante, repleto de júbilo, e ali eu era acolhida com benevolência. Anseio por aquela serenidade outra vez.
Minha vida celestial ecoava harmonia, permeada por laços e risos. O canto e a dança eram minhas paixões, chegando a almejar ser uma cantora. Evitava conflitos, afinal, por que buscar discórdias quando a busca pelo deleite era meu anseio? Entretanto, hoje percebo que não tomar partido é, de fato, escolher o fracasso.
O tributo por essa indecisão foi exorbitante. Fui exilada, junto aos anjos caídos, uma punição que jamais antevi. O processo foi doloroso, minha luminosidade esvanecendo e meu ser se partindo em agonia. Supliquei por clemência, embora soubesse que meu Criador jamais me escutaria novamente. A queda foi uma jornada tortuosa, pontuada por cometas e congêneres condenados.
A Terra se aproximava, ponto de virada naquela contenda e em minha própria sentença. Não era o inferno, mas sim uma terra gélida, onde meus irmãos caídos e eu nos reunimos antes de sermos arrastados ao abismo real. Despencamos como meteoros em uma paisagem desconhecida, chorando lágrimas celestiais durante horas a fio.
Minha punição divina era justa. Não nutria orgulho por minha nova função, embora ela fosse imprescindível. Eu carregava o fardo de coletar almas conforme a lista ditava, sem alternativa, sem juízo. Dias de descanso eram raros momentos de paz, quando buscava refúgio em ilhas paradisíacas para vislumbrar algum alento.
Capítulo 2: "A Melancolia na Vida Humana"
No âmago de uma alma atormentada, travava-se uma batalha incessante contra a pressão de manter dois empregos extenuantes. A busca por uma fuga era constante, porém ilusória. Essa alma parecia tentar se libertar do próprio ser, mas suas tentativas só ampliavam o sofrimento que a abraçava. Como uma sombra onipresente, a tristeza pairava sobre ela, imutável.
A ideia da morte surgia como uma alternativa incerta e perigosa. No entanto, havia o reconhecimento de que esse não seria um veredito definitivo para os tormentos. O mistério do desconhecido aguardava do outro lado, uma incógnita que aprisionava sua mente.
Enquanto o universo aparentemente conspirava para mantê-la viva, ela mergulhava cada vez mais em um abismo de desespero. Tudo à sua volta carecia de significado, incapaz de trazer um vislumbre de alegria. Cada esforço parecia fadado à inutilidade, e qualquer riso se tornava uma frágil máscara. Seus olhos eram narradores silenciosos de uma tristeza indescritível.
A busca por ajuda se manifestava através de consultas a psicólogos e médicos, numa tentativa de aliviar a solidão e a angústia que a consumiam. Eu, a Morte, presenciava esses esforços, sentindo uma compaixão impotente e desejando aliviar seu sofrimento de alguma maneira.
As memórias do passado eram como cicatrizes invisíveis, profundamente enraizadas desde a infância. Lembro-me dela aos oito anos, lágrimas derramadas pela falta dos materiais necessários para uma tarefa escolar. Era uma tristeza profunda e incompreensível, uma expressão de sua dificuldade em comunicar seus sentimentos.
Criada numa família religiosa, imersa em regras rígidas, ela cresceu em isolamento, sem verdadeiros amigos. A religião, em vez de trazer conforto, instilou medo e exclusão. As restrições impostas por uma mãe que sofria de depressão sufocaram sua habilidade de se relacionar com o mundo exterior.
Seus pais, imersos na fé, privaram-na de uma infância convencional. A falta de brinquedos e a ausência de conexões sociais a mantiveram distante da alegria que uma criança merece. Enquanto eu observava sua trajetória, a Morte, questionava o fardo que ela carregava e quem deveria suportar a culpa.
E assim, ela vagava, a melancolia a seguindo como uma sombra leal. Mesmo em suas tentativas de distração, a tristeza sempre a alcançava. As feridas da infância não curadas, os traumas persistentes, continuavam a sangrar. E mesmo eu, com todo o meu poder, era impotente para salvar essa alma atormentada.
Capítulo 3i: "O Peso Invisível do Passado"
O vazio que crescia dentro dela era um buraco negro, absorvendo qualquer lampejo de esperança ou alegria. Cada tentativa de preenchê-lo resultava em frustração. Mesmo as buscas por prazer e distração eram efêmeras, pois a tristeza sempre retornava, fiel à sua constante companhia.
Talvez tenha sido a busca pelo divino que a orientou. Ela enxergava na espiritualidade uma possível cura, mas até mesmo suas preces pareciam ecoar vazias. Seu desejo por um Deus que a escutasse era um apelo silencioso por alívio, porém a solidão persistia.
Sua jornada tumultuada pela vida refletia-se em minha presença, testemunhando cada momento de sofrimento silencioso. Eu, a Morte, era uma testemunha sombria, incapaz de intervir no tormento que a consumia. Sentava-me ao seu lado, enxugando lágrimas invisíveis, sentindo a agitação de sua alma.
Lembro-me de seu sorriso forçado, uma tentativa de esconder o desespero que transparecia em seus olhos. Ela travava batalhas internas, enfrentando inimigos invisíveis que minavam sua força. Ansiava por compreender os segredos que a corroíam, por conhecer os medos que a assombravam.
Sua infância fora maculada pelo isolamento imposto pela fé. O ambiente doméstico, dominado pela religião de sua mãe, erigia barreiras que sufocavam qualquer exploração do mundo exterior. A religião, que deveria trazer consolo, transformou-se em uma fonte de angústia. Os temores do inferno incutidos por seus pais formaram um labirinto de ansiedade.
À medida que ela amadurecia, a dor não resolvida se transformava em uma presença constante, um fardo emocional cada vez mais difícil de suportar. Seus sorrisos, suas tentativas de interação, eram máscaras que ocultavam sua verdadeira aflição.
Observando-a, eu, a Morte, ansiava de alguma forma libertá-la do abismo em que estava imersa. Contudo, como uma espectadora impotente, eu não podia intervir. A tristeza dela se misturava à minha própria, criando uma conexão inexplicável.
"Ecos da Eternidade"
A trama da vida e da melancolia se entrelaçava, cada momento de desespero ecoando através das eras. Ela era uma alma perdida, uma narrativa triste que parecia não encontrar um desfecho. A cada suspiro, a cada lágrima, ela prosseguia em busca de uma saída da escuridão que a envolvia.
Eu, a Morte, permanecia a seu lado em sua jornada, testemunhando sua luta silenciosa. Cada capítulo de sua vida era uma página manchada de dor, uma busca incessante por alívio que parecia inalcançável. Mas quem, afinal, poderia resgatar essa alma atormentada? A resposta, talvez, estivesse enterrada nas profundezas de sua própria jornada.
Os pais podem dar bons exemplos, educação e apontar os melhores caminhos, mas os filhos usando o livre arbítrio, vão segui-los ou não.
Quando nós reconhecemos Deus em todos os nossos caminhos. Nós, veremos que nada poderá nos afastar do seu eterno amor, e propósito para nossas vidas.