Caminhando
Busco a essência
tento aproximação
ouvir a minha alma,
em vão
sigo caminhando,
não desisto
um dia,
uma hora, me encontro.
PARA FRENTE QUE SE CAMINHA
Quem segue caminhando também segue lembrando,
chorando, sorrindo... e caminhando.
Quem lembra hoje junta pedras esparramadas ontem,
mas também esparrama hoje as pedras juntadas ontem.
É a arte da construção e da desconstrução, da dor e da alegria... do caminhar vivo.
Palavras de um irmão - Abildes Valadão
Venho caminhando a passos curtos à tua procura.
Passei por vales e rios, por montanhas, procurando-te na beleza das flores, no canto dos pássaros, no brilho
Esfuziante de cada raio de sol.
Tentei encontrar-te na luz serena do luar, nas
Profundezas do mar. Ah! Como tentei!
Caminhei, numa busca intensa, constante, sempre
Confiante! Nesta jornada, cantei, sorri, chorei.
Busquei na essência de cada acontecimento, a pureza das intenções, a sensibilidade entorpecida, o sentido das emoções.
Descobri no inconsciente de cada coração a semente das paixões.
Caminhei, mais e mais...
Foi quando parei e percebi que, o que procurava dentro
de mim estava.
Latente e vibrante, apenas aguardando o meu despertar..
Era esta semente imprescindível para a ascensão espiritual de cada um de nós.
Ela se chama AMOR, e deve aflorar, irradiando em
Cada coração.
Estava caminhando no jardim de minha casa
Divagava sobre contendas
Querendo entender sobre a natureza humana
Por ainda não ter casca
Saí de minha tenda
Mas o que flui nem sempre emana
De tanto pensar
De tanto gastar
Veio um alvorecer
Fui no zoológico saber o que um animal podia dizer...
De outro lado da membrana
O macaco riu da minha cara !
Será mesmo que evoluímos tanto ?
Ainda não posso entender...
Busquei sorrisos e encontrei lagrimas, Busquei amor mas Encontrei ilusão, Hoje caminhando lado a lado com a solidão, vejo que nada é mais verdade do que: A sua história é você quem faz.
Agora estou caminhando... Meu caminho se chama sonho. Nele há dois grandes amigos, o Erro e o Acerto; Estes meus amigos raramente me deixam só, tão quanto raramente estão juntos. Quando estou com Acerto me recordo de minha mãe, sinto felicidade e aconchego. Quando estou com Erro me recordo do meu pai, sinto franqueza junto a um sentimento forte que varia de acordo com meus atos. Este caminho fica belo quando atendo ouso os conselhos daquele que me lembra meu pai.
Estava caminhando, eu e o vento, ele me levava para frente e para traz, para o lado e para o outro, eu vi os galhos das árvores se mexendo como numa canção, e como se a árvore fosse a estrela e os galhos os dançarinos, era engraçado e estranho, terminou o vento indo embora e o sol o substituindo e as árvores secaram e eu fiquei parada no meu lugar, sendo derretida pelo sol que em minha direção brilhava.
Era lindo o seu brilho, porem muito forte e seco, ele me fazia suar e estragar minha pele.
Estou caminhando, lentamente, mas estou caminhando, poucos percebem meus movimentos, mais muitos estão notando a minha evolução.
Minha vida anda caminhando feliz, mesmo na calmaria, mesmo no marasmo artístico, mesmo assim, assim mesmo! Artístico momento no mesmo calmo feliz caminho anda a vida minha; feliz!
Tenho caminhado...
Caminhando sempre estarei,
Não paro, e nem olho para o lado
Caminhando tenho visto afogados,
Caminhando tenho sentido o mundo vazio.
Quero que a lua gigante que em mim, habita...
Pare de gemer e se liberte...
Ela quer respirar, ela quer amar...
Ela quer brilhar sobre essa negritude.
Tenho caminhado...
Caminhando sempre estarei,
Não paro e nem olho para o lado.
Caminhando tenho visto afogados,
Caminhando tenho sentido o mundo vazio.
Quero que a lua gigante que em mim habita...
Pare de gemer e se liberte...
Ela quer respirar, ela quer amar...
Ela quer brilhar sobre essa negridão.
Não sou atriz,
Não sou cantora,
Sou poeta, sou flor, sou espinho, sou amor...
Sou compositora da minha estrada,
Estrada colorida...
Colorida de palhaços sofridos, chorões...
Eu os entendo, dou colo, dou abrigo...
Sou um deles.
Quero um circo diferente,
Minha plateia finge estar alegre.
Tudo mentira, todos estão tristes e descontentes.
Esse mundinho que fizera a dois,
Ou é de brincadeirinha
Ou pura falsidade.
Ou é burrice sem identidade.
Chuva amiga da minha alma,
Caia e me faça alegre de novo.
Caia e apague de vez esses passos errantes,
Quero beber gotas renovadas,
Quero correr com os cabelos molhados
E rir até doer a barriga.
Sol de verão, meu preferido,
Queime todas as minhas vergonhosas incertezas.
Quero-o sentir, quero ficar corada
Vendo minha pele branca e marcada
Sendo iluminada.
Quero brasa,
Ser abrasada.
Quero fogo,
Fogo de amor.
Quero indecência,
Sem demência.
Fizeram-me várias
O mundo, para mim, não basta.
Às vezes me enrolo toda,
Tola quero ser toda.
Dona e as Aves
Dona uma moça do campo, passava horas caminhando pelas belas paisagens da fazenda de seu pai. Na fazenda além de ter belas plantas, jardins e florestas, haviam muitas aves de todas as espécies, e todas as aves conversavam entre si sobre cada acontecimento da fazenda da bela moça de olhos verdes.
A menina gostava de sair todas as horas, mas o momento melhor para seu passeio era pela manhã, porque nessa mesma hora havia um vaqueiro que tirava o leite para o consumo na fazenda , e ela o espionava por ser um homem que parecia um deus grego muito bonito.
As aves curiosas e" falonas" ficavam observando aquele momento da moça com olhar curioso para o rapaz, e as galinhas conversando entre si :-viu como nossa dona está de olho naquele lindo rapaz!ora si vi, ela está mesmo gostando dele, todos dias ela vem na mesma hora olhar o cara! O galo fala para sua querida esposa galinha: _ vocês vão logo cuidar dos nossos filhotinhos, fica aí espionando Dona e deixando o dever por fazer!_você viu Carola que galo machista, acha que só porque ele é meu companheiro tenho que obedecê-lo! _estou até vendo o dia que essa Dona te pôr na panela, fica aí curiando tudo e sabe que ela não adula nem galinhas, nem galo e nem frango, sabe que Dona gosta de um bom prato de carne de frangos!-é mesmo , não havia pensado no nosso destino como prato predileto de Dona!_Queria mesmo eu ter nascido uma Arara, elas moram na floresta, voam e raramente ficam aqui por perto e ninguém come Arara, ainda mais que agora são aves em extinção!-você tem razão amanhã vamos dar um jeito de fugir com nossos filhotes!
Gosto muito de observar. Ás vezes, saio por aí, caminhando com um bloco no bolso, só pra descrever a atmosfera em papel. Ás vezes um dia claro, com riscos de chuva. Um choro de bebê ecoa por toda uma praça. Uma menina que fuma um cigarro com medo de ser vista. Um garoto que provavelmente está com fome, e estuda a melhor forma de assaltar essa garota que fuma. Melhor sair daqui. Nessa outra rua, o movimento é diferente, as vozes dos vendedores confundem-se com sons de anúncios de lojas. Maravilhosamente enlouquecedor. Entro num bar, sento-me e começo a observar. Uma mulher que está furiosa por ter derrubado café na sua camiseta branca. Dois bêbados que riem da mulher. Um rapaz bem apessoado, que está sentado lá atrás, calado. Pela minha vã experiência, diria que ele não teve um dia bom. Provavelmente, brigou com a namorada, se ele tiver uma. Decido ir ao banheiro, chegando lá, observo meu reflexo no espelho, e comigo mesmo, penso "Se alguém fosse descrever-me, o que diria?" Voltei para o bar com a minha imagem na cabeça e comecei a escrever no bloco "Uma moça bem apessoada, parece ter uns 24 anos. Mas, apesar de sua pouca idade, parece bem sofrida. Seus olhos são fundos, como se não dormisse bem. Ela é agitada, pois está sempre olhando para os lados. Seus cabelos estão negros estão presos, e parece que ela não os cuida muito bem. Suas roupas parecem gastas, e ela tem uma expressão triste no rosto. Uma expressão de escritor, que tenta grafar seus sentimentos em papéis. Parece ser solitária, solteira, provavelmente" Surpreendi-me, com minha própria análise de mim mesma, mesmo achando que talvez eu tenha sido bondosa comigo mesma, pois creio que meu estado atual esteja bem pior do que o descrito.
XVII Tivera ``Explosão do Momento"
Hoje caminhando ``Nazzueira"
Apenas, contudo lamento
Ver algazarra, bobagem e bebedeira.
Quero que peguem a minha mão e fique caminhando e ao mesmo tempo me encarando, até sentir minhas bochechas arderem de tanta vergonha. Quero sorrisos matinais mesmo com o meu mau humor. Quero abraços espontâneos, e um amor mais espontâneo assim. Eu não quero um homem perfeito, um namorado idealizado, um suspiro forçado. Quero aquilo que possa me fazer sonha dia após dia, sem cobranças, freios, ou neuras. Eu só quero acordar e ter toda certeza do mundo que sou amada. Quero acordar e ter a certeza que alguém pensa em mim, e até mesmo consegue sorrir pensando no que sou.
Não posso parar
Caminhando sozinho
Por escorregadios caminhos
Trilho o meu dever de seguir
Pois não posso deixar-me parar
Chuvas descem, ventos sopram
Mas não posso parar
Caminharei por caminhos
Talvez não desejados
Com a certeza de que
Não posso parar
Ainda que me perca
Ainda que nunca me encontre
Não, não me encontre
Ainda assim não posso parar
Pois onde eu paro
Não é o meu fim
Nem o começo
Parar não vem de mim
Nem eu mereço
Mesmo que ainda há um recomeço
Não posso parar.