Calor
Minhas noites sem você viraram versos...
Versos sem amor, sem calor... Sem paixão.
Virou calvário, sepultamento da minha emoção...
Intensas, densas madrugadas frias... Mórbidas
Não sei mais o que é o viver sem você estar ao meu lado...
Quero fechar os olhos e sentir teu calor. Quero respirar e sentir teu perfume impregnando-me. Quero sentir teus dedos na confusão dos meus cabelos. Só quero acordar e sentir os teus braços. Quero ouvir tua doce voz me confundindo. Quero que me chame de “meu anjo” e que nunca me deixe ir. Eu só quero que você largue tudo e me ame logo de uma vez.
A chuva era fina, as gotas que caíam eram geladas, o frio fazia o corpo e a mente pedirem o calor das tuas mãos.
Quero aquela sede que água não mata, aquele frio que cobertor nenhum aquece
Quero o calor que nenhum vento refresca, aquele gelo que nem o sol derrete
Quero viver cada dia intensamente como se amanhã fosse o fim, aquele fim que lentamente se aproxima e insiste em reduzir a intensidade do meu viver
Chovia lá fora, mas por dentro era calor.
Chama viva, vontade de viver,
ser feliz, aprender com a dor.
Um novo tempo começou;
que por tanto tempo esperei;
desesperadamente busquei,
e em parte alguma encontrei.
O tempo chega quando tem que chegar.
As flores nascem quando a terra brota.
O que me resta senão regar?
Regar e espalhar boas sementes,
arrancar os brotos doentes,
esperar, ficar contente com o futuro que virá.
Hoje na mente, nos sonhos; só planos.
Amanhã na terra, os gomos:
que com amor cultivei;
que com paciência esperei.
RENDA SAIA
Sidney Santos
Volta do sol, volta da vida
À sua época, como o calor e o frio
Tempo de vindas e tempo de partidas
Navegando ao sabor do rio
À espera, na foz chegar
Encontrando a menina da praia
Roupa branca e renda saia
Tempo certo pra amar
Poeta Dos Sonhos
“Essa saudade,saudade dos seus beijos, do seu calor, do teu sorriso,do teu olhar, de meche nos teus cabelos, é... você deixou saudade. É estranho como sinto saudades quando você acha que nada do que foi bom ira acontecer dinovo, Sentir saudades de você, já se tornou vicio por aqui. ''
IRONIA
Dia abafado, o calor faz-me suar pelas têmporas e sentir meu corpo e meus braços úmidos, como se pequenas gotículas de água o cobrissem. Não há Sol, está nublado, mas a claridade ainda assim machuca meus olhos que acordaram há menos de duas horas e tanto, por isso estou de óculos escuros e com os vidros do carro abertos. O trânsito não está muito barulhento. Paro naquela esquina, no farol. Na padaria de esquina há um mendigo quase deitado, recostado sobre a parede branca, um velho imundo, barba grande que está brigando com seu chinelo rosa. No meio da discussão recosta a cabeça na parede e fecha os olhos, que estavam há todo tempo estavam semiabertos. Não sei se é a bebedeira, a ressaca ou o peso da vida.
Neste exato momento, ao seu lado, pela porta da padaria desce aquela velha senhora na pequena rampinha, amparada pela sua neta. Elegante batom vermelho nos lábios, blusa branca de mangas longas, uma calça meio social, sapatos baixos, colar de ouro no pescoço e alguns anéis do mesmo metal nas mãos. Exibe com orgulho sua cabeça totalmente careca e carrega em um dos braços uma sacolinha.
A sacolinha cai e a latinha de Coca-Cola sai rolando pela rampinha, acompanhada pelo grito de surpresa da senhora e parando despretensiosamente no meio da calçada, entre a velhinha e o mendigo. Este, abre bem o olho até que fique novamente semicerrado e fixa-se na latinha. A senhora também e, com ajuda da neta acelera o passo para pegá-la. O mendigo se inclina cambaleante em direção a sacolinha também, mas não tem muita força, nem velocidade para alcança-las. Neste exato momento os olhares se cruzam, velhinha e mendigo. Ficam assim por alguns segundos. Segundos que parecem eternos. Olhos cansados, velhos, que já viram e passaram muita coisa em todos esses anos, mas, os olhares, não são de afronta, são de mútuo respeito.
A neta daquela senhora pega o saquinho e a latinha e guia o braço da velha para o sentido oposto ao do mendigo. Os olhares se descruzam e perdem a atenção. Um com saúde e sem dinheiro, o outro com dinheiro e sem saúde. Cada um segue sua vida, no sentido oposto. O momento é ordinário, o dia é comum; mas cada um segue o seu rumo, pensando que daria de tudo na vida para ter, em apenas um momento, o que o outro tem.
Que saudade do calor do teu corpo nu junto ao meu, do brilho dos teus olhos que iluminam os meus caminhos e não me deixa se perder...
Sonhei que você me dizia que enquanto eu estava lá fora com frio, o calor do seu amor me esquentava. Quando deitei para dormir, mergulhei de cabeça em seu oceano de emoções, onde pude me envolver na quentura ao luar de uma fogueira da paixão, como num teatro onde os atores vivem um eterno amor, escrito por um romancista eternamente apaixonado por você...
A andorinha também viaja, procura o calor, procura o bom tempo, procura a alegria .. mas depois volta sempre.
Assim como no calor a água passa do seu estado liquido para o gasoso, as lágrimas são a manifestação daquilo que muitas vezes nem sabemos nomear.
O que é humano? É egoísmo, orgulho, mágoa, tristeza, amor, amizade, calor... NÃO! É flexibilidade, simples assim...
Gostaria se não do amor, da paixão, mesmo que ela queimasse como gelo, tivesse o calor dos andes e fosse tão profunda quanto a nata do leite. Assim ainda teria status de paixão, em tempos modernos é a intenção que vale, ante a intensidade.
Talvez nunca saibamos reconhecer no calor do bronze
o gesto que as fez crescer entre oliveiras e puros vinhedos
na sombra do vale onde elas ainda dizem o pulsar da água
e a necessidade do movimento a luz amedrontada de um entardecer
admiro aqui pequeninas coisas em companhia dessas mulheres
coisas sensíveis como as migalhas de pão na mesa azul
como os rostos amados da serenidade do cair do dia
os que na certa vêm sem que os vejamos chegar
fiz-me árvore e sinceridade do alento para os tocar de leve
vi-me estendido próximo da carícia da mão
para me lembrar acabada a obra da rocha que as havia de guardar
e que seria de certo a única imagem enganadora da pele delas
olharei a ternura do horizonte com a queimadura dos seus olhos
joan-ives casanòva
LIvro:
Você pode estar em vários lugares ao mesmo tempo.
Sentir frio e calor.
Sol forte na pele e tocar a neve.
No radio toca forró e você dançando tango.
Areia ao redor e cheiro das flores nas narinas.
Pessoa aos montes e você caminha solitária por montanhas.
Amores distantes e você ouvindo suas risadas.
Bendita mente milagrosa.
Que me proporciona diariamente viagens sem malas e sem amarras.
No calor da discussão
não há como saber quem está certo.
Se sou eu, ou se é você.
Cada um vai pru'm lado ... os dois estão errados.
SEGREDOS DE AMOR
Será no doce calor,
de um beijo quente de amor,
que um dia apaixonado,
trocarei com minha flor.
Nesse momento então,
descobrirá em mim guardado
todos os segredos e mistérios
desse imenso amor,
a ela por mim não dado.