Calor
Circunstâncias
Hoje descobri que não conheço seu cheiro, descobri que minhas mãos estão tão longe quanto o sol que distante, some no horizonte. Se eu tivesse longos cabelos, certamente estariam voando sobre o vento graças aquela forte rajada que arduamente bateria em meu rosto, enquanto, sentado em frente à porta, ouviria a canção do suspiro de minha alma que a cada nota cravavam meu corpo como flechas de sensações. Gelidamente, os pingos de chuva me congelariam e me solidificariam como concreto, transformando aquela singela paisagem monocromática em um campo de batalha, onde minhas armas seriam aquelas mãos machucadas juntamente com essa voz rouca. Acho que conquistar a lua é tão difícil quanto colecionar estrelas, que voar sem asas é tão irreal quanto sentir o calor do abraço do frio, que carregar uma montanha nos braços é tão impossível quanto contar todos os grãos de areia. Tudo é distante, tudo fica distante, talvez essa injusta felicidade que me ponho é à beira do meu desespero, instigando ainda mais esse temor do que está a minha frente. Como uma pedrinha sobre o deserto, lá estou... Como uma folha sobre o imperturbável rio, lá estou... Como a luz do poste que intensamente brilha na noite em que o trem rapidamente passa sobre seus trilhos, lá estou, trancado entre as grades dos meus pensamentos, incapaz de andar, simplesmente por não possuir esse direito.
Estou criando pavor do amor, ele me causa dor, torpor.
Mas pensar em viver sem amor, é muita dor, sem calor, é um horror.
Na cadência da chuva que persiste, me pego a pensar no brilho desses olhos que denunciam a alegria da menina que insiste em parecer mulher.
Ansiando mirá-los com os meus, sigo em deleitável espera por ter, em mim, o calor do teu corpo
Ainda lembro do beijo
Meio apressado, meio ligeiro
porém muito gostoso.
Ah! Quem me dera, beijar de novo.. esse beijo
Doce, suave, meloso, quente
Eram meus lábios molhados
tocando nos teus e sentindo os afagos...
adrenalina à mil, desejo meu e seu.
E na euforia, no calor do corpo
da mão envolvida em seu cabelo
da pele roçando na outra
Só lembro da tua boca. Que diacho aconteceu?
Eita danado!
Que beijo arretado,
excitante, "malvado",
me levou à loucura.
Que só de lembrar, advinha?
Que boca.. Que toque...
Quero ter a sorte.. e de novo,
sentir sua boca na minha.
" A vida é cheia de altos e baixos! Mas a grande diferença é com quem você estará em cada momento?
O melhor amigo Jesus Cristo é o único que pode ajudar a passar pelos vales, pela mais alta montanha, nos dias intensos de frio, no calor escaldante do deserto! Confie, a cada novo amanhecer, você estará sendo guardado e dirigido por aquele que já conhece todo caminho".
↠ Maio ↞
Tempo frio.
Encoberta o brio,
da longa noite.
Lua sem estrelas,
quase sombrio.
Finda maio,
o calor faz a rota ao contrário.
O vento assovia,
Melodia da seca e cicia:
Mistério!
O falso sério,
no monólogo do eremitério.
Falar Contigo
Eu fico pensando,
no momento em que contigo
vou falar.
Aprazível será esse momento,
diferente ficará o ambiente ,
melhor ainda quando te ouvir
falar.
Te percebo na distância,
vejo sem te poder enxergar.
O espaço que a nós separa,
não impede que eu te sinta.
O teu beijo o sinto tão perfeito,
que até o calor dos teus lábios ,
o tocar dos teus dedos pressinto-os
em mim.
Como as tardes ficam diferentes,
quando a hora de falarmos, perto esta.
Isolo tudo que existe para fazer,
porque nada é mais importante ,
do que contigo falar.
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. Aclac.
Membro da Academos de Letras do Brasil
Membro da U. B. E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Noites frias, pensamentos insensatos. Espero o calor e a luz do sol, pra acabar com a escuridão, mas as vezes o que vem é um dia cinza e triste.
Teu Calor
(Clovis Ribeiro)
Passo o dia navegando
Pra de noite ancorar
Ouço a poesia me chamando
Em seu leito vou deitar
Vou abrir tua janela
Para a luz do sol entrar
Vou sentir o teu calor
Derretendo meu amor
Derretendo nosso amor.
Dedicado a HB
Calor
Seu corpo tem um calor… que aquece o meu.
Quando nos encontrarmos
Explode a emoção de um louco desejo que não tem explicação
Mas para que explicação?
O importante é viver cada minuto dessa linda paixão.
Queima como brasas tocando a fina pele, tornando aquilo que era, em nada. Desmanchando tudo que foi construído, quase que como um rio de lava apagando todo rastro de vida pelo caminho. Labaredas ardentes que sufocam, numa combustão avassaladora de puro calor e ruínas.
És a fonte do ardor que vem no peito, trazendo a dor em seu efeito. Já prepara-me eterno leito.
Sensual Olhar
Vejo os teus olhos ao meu lado
olhando o infinito do nosso mundo,
cheio de caminhos, todos conduzindo
a um amor sem fim.
Vejo os teus olhos perdidos de amor
olhando para mim .
Mansos tranquilos serenos, esses
olhos que não são pequenos, mas grandes
e quentes na expressão, no calor que
debruçam sobre a gente.
São luzes, de cores calmas vindas da alma
revestidas de um carinho quente que aquesce
os nossos sentidos por inteiro .
Como uma manta, teu corpo leve e suave sobre
o meu estendido é carícia gostosa , que a mim todo
arrepia e um sensual calor, traz ao coração.
Roldao Aires
Membro Honorário da Academia Cabista. ACLAC
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U.B.E
Acadêmico Acilbras - Roldão Aires
Cadeira 681 -
Patrono- Armando Caaraüra- Presidente
Dias chuvosos, céu profundamente emocionado, desabafo, avivamento, angústia, acolhimento, razão para uma boa leitura, um descanso necessário, quiçá, para uma aventura, o enaltecimento do sabor de um lugar confortável, do calor durante o frio através de sentimentos simplesmente acalorados, transmitidos pelas gotas da chuva em diversos momentos, um diferente do outro, reflexo de um coração emotivo que faz os olhos choverem, menção a uma mente que necessita de equilíbrio, que em pensamentos expressa o que sente semelhante ao poeta que se utiliza da inspiração para criar versos que expressem aquilo que está presente no seu íntimo, uma forma de aquecer o seu próprio coração, de conseguir um certo alívio, um nexo de muita emoção, uma interação inconfundível.
Sensação térmica (calor no cerrado)
O cerrado está com palpitação ardente
Enquanto o sol avança com seu calor
Embalado na sede que arde na gente
Trazendo o desânimo com árido rigor
Sem nuvem o sertão é abafadamente
Fundando na mente acalorado rubor
Inflamando o horizonte, vorazmente
Dando a cada canto calmoso fulgor
Sensação térmica com cálida oratória
Dá piedade, dá alívio, nesta trajetória
Dá refrigério, conforto, harmonização
Porque chegamos no limite, no limiar
Ah calor! Fervente, tenha compaixão!
Porque és suor no verso a transpirar.
© Luciano Spagnol – poeta do cerrado
17 março, 2024, 13’37” – Araguari, MG
O Outono chegou…
E parece a estação que ninguém sente sua presença…
Até dizem não ser nem frio nem quente, ou uma mistura de outras duas estações…
Não vejo assim!
Vejo o outono como o despojar-se de velhas roupas, de velhos hábitos, de costumes que não tem mais sentido… assim como as árvores deixam cair as folhas para que o tronco sustente os galhos no duro inverno que virá!
Se desfaça de tudo que não te faz bem,
De tudo que só está em seu caminho e não faz mais sentido,
De tudo o que você não precisa mais…
Deixe tua alma livre para sobreviver à purificação
E aguardar a Primavera,
Com novas folhas, novos sentimentos, novas sensações…
Permita-se deixar cair as folhas velhas
E renascer!
Para a tua dor quero ser alívio.
Para a tua noite fria quero ser calor.
Para o teu dia seco quero ser chuva.
Para a tua loucura quero ser equilíbrio.