Calor
O tempo é como uma brisa que abranda o calor do verão. E a vaidade é passageira como tendência de estação.
Em tempo de pandemia...
Ainda que se tenha extraviado o toque, o calor do abraço ao longo do isolamento. Ausências e solidão. Mantenhamos a fé no espírito Natalino. Dias melhores virão...
Compartilhe o olhar e a palavra virtual...
Feliz Natal e um Novo Ano sadio.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
dezembro de 2020
QUE INSÔNIA ...
Como faz calor neste quarto agora
O bafo quente transpira na vidraça
A saudade toando de hora em hora
E com a insônia um vinho na taça
De cochilo em cochilo, vai a fora
Que demora, o alvor na sua graça!
na estagnação, a melancolia sonora
O vagar na cadência, que não passa
Derreado... o relógio me velando
Eu pro sono pedindo, até quando?
Vem a vigília no animo e me enlaça
Ah! como faz calor no momento!
Cinco horas, ativo o pensamento
Ouço ruido na rua, o ouvido caça... ...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
02/02/2021, 4’55” – Triângulo Mineiro
UMA SOLIDÃO
Solidão! Escrava eterna da agonia
Abafante como o calor escaldante
É impaciência de agrura constante
Um lamento em uma vazia utopia
Tens o jeito de irritar em demasia
E se fazer dum pranto sussurrante
Uma falta, a sensação dilacerante
Silêncio sem qualquer harmonia
Tudo vão, dá-nos a dor dolorosa
Dum gozo de uma tortura furiosa
Que das entranhas do ermo mana
E, tão cheia de repleta memória
Do acaso uma árdua palmatória
No modo de se achar soberana...
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
20 janeiro, 2022, 16’37” – Araguari, MG
INTENSO (soneto)
Tens, no abraço, o calor que não é engano
Do amor: tão aceso no desejo, tal a pureza
Que a minha razão permanece na certeza
Do feitiço, da quimera e do anseio humano
E, nos encantos da sensação, a total viveza
Tristeza?... não. Pois, o querer é soberano
E na alma é permanente, e de chama acesa
Tão brando no verso: em cadência e beleza!
És afago e carinho, sob os olhos: um abrigo!
Amigo!... Intenso!... em acordes na emoção
Tão dos sonhos, que parece um amor antigo
E, te digo: - igual não há no trôpego coração!
Se distante e na saudade, um severo castigo
Flor amorosa, que perfuma e aderna a paixão.
© Luciano Spagnol - poeta do cerrado
08/01/2020, 05’09” - Cerrado goiano
Olavobilaquiando
Como aquele que suscita a chama e o calor em gravetos frios e passa a noite aquecido mesmo que ao relento, o sábio é aquele que aquece corações desanimados suscitanto-lhes o reconhecimento da própria luz.
Na brisa suave sinto o calor do teu olhar quente.
Na maré e na maresia descubro o meu sonho
e minha fantasia.
Vejo cores, lembro amores, sinto saudade.
Vejo minha vida como filme passando em preto e branco
sem emoção, sem noção, sem rumo.
Sei que vou, só num sei pra onde nem onde.
O caminho é incerto, deserto, sem cor.
Mas tenho certeza que no meio do caminho descobrirei
onde chegar.
Seguirei seus passos, seus traços,seu andar !
Me visto de desejo, me cubro de vontades, me entrego em fantasias para sentir teu calor, teu sabor...me faço qualquer coisa para te sentir no ar !
Minha poesia tem a cor de avelã
Tem a beleza do nascer do sol
Tem o calor dos apaixonados
A loucura dos amantes,
Tem sabor de maçã
Tem desejo de quero mais
Tem chuva no sertão
Passeio a beira mar
Tem o querer de sorrisos
O desejo de cantar
Penumbra de um quarto
Flores, vinho e jantar
Tem teus olhos de sobremesa
Teu olhar de sedução
Tem tu no meu peito
Tem amor no coração.
Arvoredos, folhas, flores e versos são complementos de mim. Juntos, no frio e no calor de nós distantes me faço frases, me descrevo, me componho... tento me descobrir por entres linhas, em meio a ruas desertas. Trago um gole de saudade, tomo um copo de vinho e sinto-me rodopiar e tropeçar nos teus braços. Sou entrega sem mistérios, sou verdades em meio a mares de mentiras...não traio, não guardo momentos secretos, segredos de nós, porque o destino foi traiçoeiro !
Devaneios de uma mulher.
Um cheiro, um afago: coisas que sonho e quero. Calor que sinto, ondas de frios me invadem, estradas de sonhos percorrem minhas veias, pulsam do lado esquerdo, parte que te escondo. Um cafuné para acalmar meus medos, um abraço para acariciar minha alma; devaneios de uma mulher !
Tenho pânico de olhar em teus olhos: é uma síndrome que me causa tonturas, calafrios, ondas de calor..arrepios. Cabeça gira, pernas ficam bambas, formigam...braços, adormecem...peito doe, coração bate a mil.
Uma taça, um vinho...
Em meio aos lençóis
Fotografias
Lembranças me invadem
Calor doido
Saudade no peito
Judia
Pensamentos
Machuca sem jeito
Destino faz birra
Sorri do meu choro
Lágrimas caem.
No telhado um pássaro
Canta triste minha tristeza
vejo tua voz !
No vento teu cheiro
Traz flores
Chuvas e versos
Músicas
Tocam meu corpo
Marca
Em cada pedaço
Desejos de nós !
11/04/2017
O mar
Ondas
Olhar
Frio
Inverno
Calor
Sol
Natureza
Linda flor
Desejo
Ilusão
Loucura
Sedução
Músicas
Tesão
Sonho de amor !
15/06/2020
Título: Centelha.
Quando te beijo,
me sinto inteiro.
Quando te desejo,
o calor sobe ao peito.
Das juras, a comunhão.
Da promessa, a perdição.
Quero-te junto, comigo,
comovidos, vividos, crescidos.
Do fruto, a beleza,
vinda de nós —
corpos que geram
uma nova princesa.
O resultado do calor,
do amor,
do esplendor,
do sonho,
onde tudo tem valor.
Quem sabe
a ideia de criador
não me assuste mais...
Uma versão pequena
que, por enquanto, é nossa —
Em breve, centelha.
Tempo de Verão.
Eita, dia bão! Parece até verão.
O calor do cão parece que me colocou no fogão.
O sol de meio-dia, a noite de São João...
Que tempo bão! Tempo de verão.
Malucos de samba-canção,
Cantores sem paixão,
Amores de ilusão,
Vidas sem padrão.
Doutores de plantão,
Loucura em ação,
Sinhô me dá uma aspirina
Pra acalmar meu coração.