Calar a Boca
BOCA DA NOITE
na boca da noite, calar-se
o cerrado se cafua
o sol fustigado
a lua nua
o céu estrelado...
Anoitece, e o dia recua.
© Luciano Spagnol
poeta do cerrado
Março de 2017
Cerrado goiano
A inteligência e a ignorância
"Onde a inteligência fala
a ignorância cala a boca"!
No ritmo desta escola,
briga a sabida e a tosca!
A ignorância toma a palavra
põe a inteligência rebaixada
e nisso o pensamento lavra
atua em defesa à condenada!
A inteligência foi ofendida
acusada de mentirosa e louca,
de autoritária e até de bandida!
Outras se aliaram a ignorância
soltaram sua falácia remediada
espalharam endêmica sua ânsia!
II
A inteligência ficou em silêncio
conversou com dona sabedoria,
deixando o tolo dizer de um nécio
confabular sua cômica alegoria!
Quem tem razão reivindica direito,
quem tem ignorância faz picuinha,
se vangloria e afirma não ter defeito,
mas, tudo não passa de artimanha!
Logo chegou a paciência e disse:
- Parem já com essa grosseria!
- Santa ignorância! Chega de tolice!
E assim a paz que estava longe,
chegando deu um fim à tagarelice,
depois saiu no trage de um monge!
Há circunstâncias na vida que o silêncio é um grito plausível e gritante, que faz calar a boca dos imbecis.
Já errei, briguei, lutei e o mais eficaz foi quando aprendi a calar a boca dos outros sem precisar abrir a minha!
- Melhor que sonhar com um amor, é encontrar o seu olhar;
- Pois palavras se calam quando minha boca encontra a sua;
- Deixando meu coração se declarar pra ti e pra tudo que significa em minha vida.
O silêncio é o único argumento capaz de calar a boca de alguém sem que seja necessário você abrir a sua.
Intenso 01
Silêncio
Porque do seu silêncio, porque dos seus olhos a brilhar e a sua boca calar, que através de um brilho do seu olhar, viajo em letras tentando percorrer o universo de versos, tentando viajar em seu corpo em centímetro ainda não explorado por um prazer intenso... (rsm) 28/12/2019
Quando estou perto de você, minha mente não é mais minha, a minha boca cala, o meu coração quase sai pela boca, e o meu nervosismo aumenta, eu pareço calmo por fora mas você me deixa louco, o seu sorriso abala as muralhas do meu coração, e a sua presença conquista o reino do meu coração, já lutei contra grandes monstros e grandes inimigos mas você me enfraquece só com o seu olhar...
Cala a minha boca com seu beijo....
Ao teu lado palavras são desnecessárias...
Sacia meu desejo ... acalma meu corpo..
Que só pede vc a todo momento...
Eu devo ficar tomando chá o dia todo, experimentando roupas, de boca calada, tendo filhos e sem poder pensar?
Vou ficar calado...
Fechar a boca....
Pazzar um Ziper....
Nâo falarei nada....
Apenas quieto...
Fazer-me de mudo....
Deixar passar....
Fechar os olhos....
Viver no meu Silêncio....
Daqueles que só eu sinto....
Deixa que maltrata...
Apenas eu...
Quero sentir....
Nâo quero dividir...
A dor que está em mim...
Silenciarei....
De tudo que me envolve
Na tem graça.
Apenas meu silêncio
Falará....
Onde vai me levar...
Nessa longa estrada....
E nessa estrada.....
A dor que sinto...
É tão profunda...
Que vai arrancando....
Pedaços de mim....
Talvez nesse silêncio....
Eu encontro....
Meu outro lado....
Que eu perdi.....
Os meus pensamentos
Fervilham com os ventos...
Me deixando.....
Sem prazer....
Se viver....
Atormentado eu fico....
Soluçando no meu manto....
Em tardes....
Dias e noites.....
Nessa vida....
Trago um fardo....
Tão pesado.....
E como judia...
Essa saudade....
Que me deixa....
Assim jogado....
Calado aqui estou....
De saudades de tudo...
Sem poder fazer....
Aquilo que tenho vontade....
De voltar a viver....
Autor :José Ricardo
Há momentos que temos que calar a boca dos nossos pensamentos para não torná-los em sentimentos e comprometer nossas atitudes.
Tentei calar a minha boca, a qual me disse,
Cala-te alma imunda e perecível tanto.
Sim, faz mesmo só e sempre isso!
Então me calei e isso realizei, portanto.
Mas dentro de mim as entranhas se revolveram,
e dando um grande clamor, calado, não fiquei,
e um novo cântico, de fresco eu entoei.
E dos poemas minhas musas não se calaram.
Ainda com mais força eu tanto gritei,
sou poeta de cânticos do além,
Isso eu já há muito que o sei!
Portanto não mais me calarei,
mas com a força que meu ser tem,
do bem eu muito e ainda falarei!
Cala boca já morreu e tem gente querendo me calar falando mais alto do que eu.
Eu não sou autoridade, não sou nenhuma beldade de importância internacional e não quero ser a tal, mas calar a voz do povo barrando a democracia é um auto de insanidade e de grande tirania.