Calar
Se não puder fazer melhor, cale-se!
Se puder fazer melhor, contribua!
Mas não seja inconveniente! Seja qual for a intenção, ela será evidente!
Desaba(feio)
É por não querer ser refém de nenhuma palavra que me livro delas. Assim não posso ser considerado negligente nem tão pouco um ser centrado, bitolado ao silêncio ou fadado a meias palavras. Eu nem preciso ser ouvido, nem lido, nem interpretado... Vou falar, vou escrever e vou blefar. Sim, vou blefar. Quero minha privacidade explicita, quero ser espalhafatoso discreto. Mas não posso me negar ao grito, ao sussurro e as letras. Mesmo que não consiga dizer nada. Mesmo que nada que eu escreva tenha clareza. Quantas músicas não possuem rimas? Quantos poemas não estão sob a organização rigorosa da métrica? Quantas pinturas são abstratas? Deixo que elas surjam em minha mente. Que venham de uma experiência de vida, que venham de uma mancada, que venham da interpretação tirada de uma música, que venham do meu olhar ao céu e claridade do dia ou que venham do escuro da noite. Que venham do nada. Mas que venham... Que não me faltem palavras para musicar, para falar ou simplesmente para calar. Elas nunca estarão presas a mim.
Meu lugar!
Um dia vou sentar na porta, vou olhar pra frente e ver o meu passado, e vou lembrar de toda aquela gente por quem eu nunca fui lembrada, vou rir, chorar, quem sabe até irei gritar, de alegri ou tristeza, não sei mais vou lembrar, vou sentir saldade de todo, tudo o que foi bom, tudo que não foi bom, tudo o que vivi, senti, tudo que sonhei, o que não conquistei, vai esta tudo lá, naquele lugar meu, só meu, que você nunca soube ou saberá entender, ou talvez que eu nunca soube mostra, mas vai tudo esta lá, guarado num lugar onde só eu sei, onde só eu posso encontar, em meio as saudades que nunca contei, em meio aos sentimentos que nunca mostrei, vai estar tudo lá, a minha espera, e quando a saudade de tudo isso almentar mesmo sendo forte, eu vou chorar, vou me arrepender, vou me orgulha, vou rir, gargalha, e no final vou faixar a caixa, pra no dia seguinte tudo isso relembrar, ou não, talvez nem olhe mais pra trás....
Para tudo há uma estação. Sim. Um tempo para destruir e um tempo para construir. Sim. Um tempo para calar e um tempo para falar. Sim, tudo isso.
As palavras raramente conseguem expressar o que o coracao sente, por isso mais vale calar-se que dizer algo incompleto que nao se traduz com perfeicão.
Por isso calo-me e ofereco-lhe todo meu silencio, pois nele está tudo que certamente voce compreenderia...
O QUANTO TE AMO...
De tanto pensar em você... Me calo
Na esperança do não pensar... Me calo
E nesse calar... Não paro de pensar
Algumas vezes falar é nocivo, outras ficar calado é nocivo, portanto, sabedoria é saber o momento certo de cada um.
Descobri que expor minha opinião sobre política nas redes sociais, resultam em perder amigos.
Escolhi me calar.
O hábito de calar e apenas ouvir, é um dos atos de sabedoria mais valiosos que o ser humano pode cativar e construir dentro de si.
No calar do tempo
Aquele amor escoou;
pelas fendas da vidraça;
carrega chuva minhas lástimas;
levas ao isento minhas palavras;
jamais desfaças;
aquele amor juvenil;
largo e raso entre apagados;
lembranças na estrada;
nossos acalentados beijos;
soubera voar feito borboleta;
no nosso pequeno;
abrasador espaço;
sou vil e sereno;
no rasgar relâmpagos me apago;
no teu colo bela ninfa;
curadora dos flagelos;
levas infinito; desfaz embargo.
Só quero me encontrar,envelhecer entre as verdades e provar que sou capaz em calar-me pelo silêncio da vida;
Fora de cena
Saio de cena
fecho a cortina
Aplaudo meu eu.
Preciso calar
Solidão é meu palco
Saudade minha peça
Monólogo ensaiado
Desvairado
Metade gritando
A outra amando
Fátima Lima