Calado
Ele era apenas um menino calado que sentava e ouvia oq eles falavam e por fim se tornou um Grande Sábio de sua própia Imaginação.
Toda palavra escrita, advém.
Advém do falante ator
Do calado escritor,
Do homem comum.
Daquele que chora
Daquele que mente,
Daquele que ri.
O que fala
O que sente,
Provém do sentir.
Poesia vem da escrita rústica
Do palavreado comum,
Da gíria arrastada
Da dose tragada
Até de um copo com Rum.
É a expressão educada
Presente farsante
De amigo, parente
Amante.
Sim! É possível poetizar qualquer coisa!
É possível banalizar a dor
Amolecer o cansaço
Até, acalentar o amor.
"O calado"
.O silêncio é o grito do acomodado.
.Pois quem se cala satisfeito está.
.Sendo assim não tem direito de reclamar.
Vou só com a noite,
calado de pés descalço,
procurando sombras.
Descobrindo...
Desisto de ser
para chorar baixinho,
lembranças de alguém
que me ensinou um caminho
e, em meio a tempestade,
me deixou sozinho...
Era como aguardar calado
Que as coisas que acontecem
Por obra do acaso
Sem prazo, sem cobrança
E nem olhares impacientes
Era esperar que uma delas
De repente batesse à porta
Botando uma notícia boa
No meio da mesa da sala
Alguma coisa que calasse a alma
Num mágico momento
Daqueles que a gente não fala nada
Era esperar alegria
Era apenas espera
Era sonhar
Os sonhos que cada pessoa sonha
Eu ponho meus sonhos à mesa
Pode ser que eu sonhe à toa
Assim
Como era sonhar essa hora boa
A vida passa depressa
Mas o sonho bom demora
A hora da surpresa
Vai ficando no passado
Era assim que era
Essa era toda a verdade
Felicidade
Não era.
Edson Ricardo Paiva
As circunstâncias não me deram opção e pela manhã nascerá o mestre. Pensativo... Calado... e isento de qualquer tipo de orgulho.
Sou um cara tímido e calado,
Me perguntam até se sou mudo,
Mas de que adianta falar várias palavras?
Se meu silêncio ja diz tudo...
"Na verdade pouco tenho a dizer,
procuro ficar calado,
ouvir é melhor para aprender
quase sempre não digo tudo o que penso,
apenas me restrinjo a pensar
porque assim
sei o que vou escrever."
- Amor Confuso -
Meio morto, meio vivo
Amor perdido, doer calado
Sem passado nem presente,
Ser sofrido!
Meio aqui, meio nada
Amor sem, doer confuso
Ser distante, esvaziado
De tudo!
Meio cego, meio tonto
Ser que sente fora
Meio vazio, abandonado
Em luto!
Amor confuso que não entendo
Tão louco, tão vencido
Repensar pensando, pensamento
Louco!
PEDIDO MELEIRO
Garçom...
Eu quero uma mesa no canto
aonde calado eu possa chorar
... O encanto d'essa saudade.
Quero enxugar meu sentimento
em silencio com meu mundo
fundado em minas verdades.
Garçom...
Aquela mesa afastada
para lá eu esconder as lagrimas
perdidas pela minha amada.
Relembrar com recordação
do tempo em que meu amor
viveu intenção paixão.
Antonio Montes
Calado no sofá fiquei horas a pensar,
Pensamentos e ilusões que me fez acreditar,
Acreditar numa ingenuidade que sozinho um dia o mundo irá mudar,
Fique muito triste por saber que ninguém iria me ajudar,
Más nada me fez calar ,
Irei lutar até meu coração parar de pulsar.
Por que é que eu sou tão calado?
Não falo de amor quase nada,
Nem fico sorrindo ao teu lado...
[...]
Me come, me cospe e me deixa
Talvez você não entenda...
[...]
Eu sou a luz das estrelas
Eu sou o medo de amar
Eu sou o medo do fraco
A força da imaginação
Eu sou o seu sacrifício
A placa de contra-mão
O sangue no olhar do vampiro
E as juras de maldição
Eu sou a luz que se apaga
Eu sou a beira do abismo
Eu sou o tudo e o nada
[...]
Você me tem todo dia
Mas não sabe se é bom ou ruim
Mas saiba que eu estou em você...
[...]
Dos sonhos eu sou o amor
Nos pegue-pagues do mundo
Eu sou a mão do carrasco
Eu sou os olhos do cego
E a cegueira da visão
Mas eu sou o amargo da língua
O filho que ainda não veio
O início, o fim e o meio
[...]
MUDEZ
O poeta calado é um escravo de si mesmo.
É como o escritor que escreve, mas não lê!
É como o homem que enxerga longe, mas não vê.
O poeta calado é um escravo de si mesmo.
É como o sino que bate, mas não soa!
É como pássaro com asas, mas não voa.
O poeta calado é um escravo de si mesmo.
É como injustiçado com grito preso na garganta,
Mas não clama!
É como apaixonado com coração,
Mas não ama.
O poeta calado é autocrítico,
Refém de seu próprio medo
Um acomodado de alma e corpo inteiro.
Enfim. O poeta calado é de si mesmo
Um eterno prisioneiro.
Voz do Silêncio
Às vezes,
acontece!
E sempre
que acontece...
É melhor
ficar calado
...
E esperar
que a voz
do silêncio...
Fale!...
-- josecerejeirafontes
Silêncio perturbador...
(Nilo Ribeiro)
O silêncio é imenso,
gritante de tão calado,
eu não me convenço,
que de você estou separado
nada me vale,
nada eu suporto,
nada que equipare,
ao meu desmedido remorso
fui o dono da ação,
minha responsabilidade inteira,
hoje vivo com a solidão,
ela é minha companheira
vivo a minha mudez,
calo o meu amor,
até poesia se desfez,
diante do silêncio perturbador
o silêncio aninha em meu verso,
minha poesia emudece,
somente uma coisa eu peço,
“Deus, escute a minha prece”...!!!
se o silêncio insiste,
é porque vida já não existe...
Vivia assim
Solitário
Tão solitário quanto a lua num céu sem estrelas
Mudo
Calado
Porém feliz.
Tinha um travesseiro
Coberto de lembranças
E um cobertor
Feito de retalhos
Retalhos de sua própria alma.
O orvalho que caia do céu
Regava-lhe as esperanças
E as estrelas
Iluminavam – lhe o caminho
Quando todas as outras luzes se apagavam.
O suor que lhe caia do rosto
Fazia brotar a semente
E os olhos
Quase fechados
Ainda viam quase o invisível.
Tinha os pés cansados
Empoeirados
Rachados de pisar o chão
Mas nada no mundo dava-lhe mais prazer
Que caminhar por cima da terra
Melhor que ser coberto por ela
Dizia ele.
Na cabeça
Um chapéu
Já gasto pelo tempo
Mas que ainda dava pro gasto.
Tinha em si o perfume do mato
E nas mãos
Calos
Pra mostrar que a gente se acostuma com tudo
Até mesmo com a dor
E ela passa
E vai embora
E de repente
Nem se sente.
O coração?
Bom
Esse ainda batia forte
Mais forte ainda
Quando se lembrava de sua amada.
Não tinha saudades da vida longe do campo
Só tinha saudades dela
E mesmo depois de tantos anos
Ainda a amava
Cuidava
Regava.
Em meio a imensidão árida
Podia-se ver um jardim
Pequeno
Bem cuidado
Repleto de rosas brancas.
Havia também uma placa
Que por distante estar
Não pude ler.
Perguntei-lhe sobre o jardim
E ele
Respondeu apenas:
Ali
Plantei minha rosa mais bela
E como prometi-lhe um dia
Regarei nosso amor para sempre
Quando me aproximei
Pude ler
O que com uma trêmula letra
Se havia escrito
“Te amarei para sempre, Maria.”
Um bom livro me faz sair por aí mesmo estando aqui;
correr parado;ouvir calado;falar se ouvindo;se emocionar sozinho;saber de tudo e nem tudo saber de mim...
O ETERNO JÁ SE FOI.
Meu coração sofre calado
Da ternura que lhe foi tirada
O benfeitor deixou saudade
Num corpo agora frio e sem alma.
E não se preocupe
Te espero silencioso
Porque tempo é só tempo
E meu amor é eterno
Mas tome cuidado
Quando o ar me faltar
O para sempre acabou
E o eterno já se foi...