Caio Fernando Abreu sobre Amor

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Antes a inquietação de um amor, que a paz de um coração vazio...

É verdade que estou morrendo de medo do amor que você sente por mim. Mas não é só isso. Também ando com muito medo das pessoas todas.

Você agora me vai achar piegas, mas deixa eu perguntar. Você não acredita em amor?

Não era amor de verdade, era daqueles amores que já vem pronto, embalado, adiciona água quente e espera amolecer. Mas não tem gosto e esfria rápido.

É garçom, não entendeu errado não. Um amor sem gelo, copo triplo, bem misturado, mas sem gelo! Certas coisas prefiro quentes, o amor é uma delas.

E o amor, o amor, cara. O que eu faço com isso? — Você esquece, sei lá. Não tem tanta importância assim.

Afastarei você com o gesto mais duro que conseguir, e direi duramente que seu amor não me toca nem me comove, e que sua precisão de mim não passa de fome. Acho que é isso que você não é capaz de compreender, que as pessoas, um dia, passam a não querer mais o que têm. E a gente esquece sabendo que está esquecendo.

Ela não pensava noutra coisa o dia inteiro. Só no amor que sentia.

Como chegar para alguém e dizer de repente eu te amo para depois explicar que esse amor independia de qualquer solicitação (...)?

Um amor-susto. Um amor raio-trovão, fazendo barulho. Me bagunça. E chove em mim, todos os dias.

Que imensa miséria o grande amor - depois do não, depois do fim - reduzir-se a duas ou três frases frias ou sarcásticas. Num bar qualquer, numa esquina da vida.

O amor vai permanecer, mesmo que as palavras sejam esquecidas, que a presença não seja constante e que os caminhos sejam diferentes.

...eu tive tanto amor um dia.

Eu sei que ainda cometo erros, mas o Senhor tem nova misericórdia por mim todos os dias e o seu amor nunca falha.

Encontrei o amor. Ele não é real, mas que se há de fazer? A gente não pode ter tudo na vida.

Eu só fui perceber que tinha amor quando fiquei longe dele. Assim mesmo, percebi isso vagamente, e voltei também vagamente por causa disso. Eu perdi, eu tenho consciência absoluta de que eu perdi a oportunidade de amor mais viva e profunda que me foi oferecida até hoje. E agora eu não posso fazer mais nada.

Não que fosse amor de menos, era amor demais.

Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor. Amor não tem nada a ver com isso. Ela era uma parasita. Ela o matou porque era uma parasita. Porque não conseguia viver sozinha. Ela o sugou como um vampiro, até a última gota, para que pudesse exibir ao mundo aquelas flores roxas e amarelas. Aquelas flores imundas. Aquelas flores nojentas. Amor não mata. Não destrói, não é assim. Aquilo era outra coisa. Aquilo é ódio.

Nunca-mais o amor. Era o que mais doía, e de todas as tantas dores, essa a única que jamais confessaria.

Não fosse amor, não haveria desejo, nem medo da solidão. Se não fosse amor não haveria saudade, nem o meu pensamento o tempo todo em você.