Frases de Caio Fernando Abreu
Tenho um amor fresco, com gosto de chuvas, raios, e urgências. Tenho um amor que me veio pronto, assim, água que caiu de repente, nuvem que não passa.
O rosto agora tinha uma expressão de prazer. Ou de expectativa de prazer. À beira da alegria, o rosto.
Uma vitória louca, uma vitória doente. Não era amor. Aquilo era solidão e loucura, podridão e morte. Não era um caso de amor.
Não sei, até hoje não sei se o príncipe era um deles. Eu não podia saber, ele não falava. E, depois, ele não veio mais.
- Quando eu olhar a noite enorme do Equador, pensarei se tudo isso foi um encontro ou uma despedida.
- E que uma palavra ou um gesto, seu ou meu, seria suficiente para modificar nossos roteiros.
Olha: foi bom demais te conhecer. Me deu uma fé, uma energia. Sei lá. Ainda não consegui aterrizar bem da viagem e estou sofrendo um pouco, mas tudo bem. Te escrevo mais logo.
Tenho assim… aquela coisa… como era mesmo o nome? Aquela coisa antiga, que fazia a gente esperar que tudo desse certo, sabe qual? (…) Esperança!
Tenho urgência de ti, meu amor. Para me salvar da lama movediça de mim mesmo. Para me tocar, para me tocar e no toque me salvar. (…) preciso de você para dizer te amo outra e outra vez. Como se fosse possível, como se fosse verdade, como se fosse ontem e amanhã.
Copiei a frase numa agenda. E seja lá o que possa significar “ficar bem” dentro desse desconforto inseparável da condição, naquele momento justo e breve — fiquei bem.
Choveu demais, esfriou. Mas deve haver algum jeito exato de contar essa história que começa e não sei se termina.
Era coração, aquele escondido pedaço de ser onde fica guardado o que se sente e o que se pensa sobre as pessoas das quais se gosta? Devia ser.