Por favor, não me empurre de volta ao sem volta de mim.
Porque ver é permitido, mas sentir já é perigoso.
A carne é fraca, a alma é safada e o diabo ainda atenta!
Ando bem, mas um pouco aos trancos. Costumo dizer, um dia de salto 7, outro de sandália havaiana.
Tudo que parece meio bobo é sempre muito bonito, porque não tem complicação. Coisa simples é lindo. E existe muito pouco...
Imagine. Invente. Sonhe. Voe. Se a realidade te alimenta com bosta, meu irmão, a mente pode te alimentar com flores.
Mas a verdade é que ainda não quero me prender a nada, a nenhum lugar, a ninguém.
O que me doía, agora, era um passado próximo.
Estou me transformando aos poucos num ser humano meio viciado em solidão.
(...) E que seja permanente essa vontade de ir além de tudo que me espera.
Eu juro que da próxima vez que nos vermos eu já estarei ótima e morta de paixão, mas não será por você novamente, eu juro!
E me dá uma saudade irracional de você. Assim, do nada.
Eu prefiro viver com a incerteza de poder ter dado certo, que com a certeza de ter acabado em dor. Talvez loucura, medo, eu diria covardia, loucura quem sabe!
Tenho uma vontade besta de voltar, às vezes. Mas é uma vontade semelhante à de não ter crescido.
Porque no fundo eu sei que a realidade que eu sonhava afundou num copo de cachaça e virou utopia.
As coisas vão dar certo. Vai ter amor, vai ter fé, vai ter paz – se não tiver, a gente inventa.
Estou exausto de construir e demolir fantasias. Não quero me encantar com ninguém.
É difícil aprisionar os que têm asas.
Por razões que desconheço, nossas aproximações foram sempre pela metade. Interrompidas. Um passo para a frente e cem para trás. Retrocessos. Descaminhos. E me pergunto se, quem sabe um dia, na hora certa, nosso encontro pode acontecer inteiro.
Talvez eu seja apenas mais um talvez, tentando ser certeza. Tentando ser para sempre, e parando sempre pela metade.
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