Frases de Caio Fernando Abreu
Eu acho que não sei fechar ciclos, colocar pontos finais. Comigo são sempre vírgulas, aspas, reticências.
Aos caminhos, entrego o nosso encontro e se tiver que ser, como tem que ser, do jeito que tiver que ser, a gente volta um dia.
Não puxo saco de ninguém, detesto que puxem meu saco também. Não faço amizades por conveniência, não sei rir se não estou achando graça. Odeio dois beijinhos, aperto de mão, tumulto, calor, gente burra e quem não sabe mentir direito.
Fiquei tão só, aos poucos. Fui afastando essas gentes assim menores, e não ficaram muitas outras. Às vezes, nos fins de semana principalmente, tiro o fone do gancho e escuto, para ver se não foi cortado. Não foi.
Era frio. Não sei dizer se fazia mais frio do lado de fora da minha blusa ou dentro do
meu coração. Provavelmente competiam.
Aquilo que nos fere é aquilo que nos cura. A vida tem sido muito dura comigo, mas ao mesmo tempo tem me ensinado muita coisa.
Confesso que ando muito cansado, sabe? Mas um cansaço diferente... um cansaço de não querer mais reclamar, de não querer pedir, de não fazer nada, de deixar as coisas acontecerem.
[...] Ele me toca, mexe comigo. Talvez eu esteja assim todo lisonjeado porque alguém parece prestar tanta atenção em mim.
Eu sentia profunda falta de alguma coisa que não sabia o que era. Sabia só que doía, doía. Sem remédio.
Não se importe, não se apegue, não ligue, não procure, não fique em cima, não seja disponível. E verá como tudo se torna mais fácil...
Mas agora, com sua licença. Não dá mais para ocupar o mesmo espaço. Meu tempo não se mede em relógios. E a vida lá fora, me chama.
Nem era preciso dizer que não era preciso dizer: eu era o teu lado esquerdo e tu eras o meu lado direito.