Frases de Caio Fernando Abreu

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Meu coração é um sorvete colorido de todas as cores, é saboroso de todos os sabores. Quem dele provar, será feliz para sempre.

Então sigo assim, penso em você, sorrio, e rezo, peço pra Deus cuidar da gente.

Sempre tenho a estranha sensação, embora tudo tenha mudado e eu esteja muito bem agora, de que este dia ainda continua o mesmo, como um relógio enguiçado preso no mesmo momento – aquele.

Caio Fernando Abreu
Os dragões não conhecem o paraíso. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

Nota: O pensamento costuma ser atribuído erroneamente a Clarice Lispector.

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Cada vez mais frias, e os dias estão cada vez mais duros, e eu tento, tento tanto disfarçar essa dor no meu peito e esse nó na garganta, mais chegou o ponto em que eu já não sou mais forte o suficiente, já estou consumida pelo desejo quase incontrolável de desaparecer, pra sempre.

Eita que menina doida! Fala sozinha e ama também.

Polisipo, em grego, significa "pausa na dor". Têm sido, estes dias, polisipos.

Não temos culpa, tentei. Tentamos.

Caio Fernando Abreu
Ovelhas negras

Não desista jamais e saiba valorizar quem te ama, esses sim merecem seu respeito.

Não existem segundas chances, porque nada volta a ser como era antes. Depois que algo é quebrado sempre vão existir marcas que vão provar que algo esteve errado. Não existem segundas chances quando um coração é magoado. Não existem outras oportunidades para algo que se deixou passar.

Eu chorei um oceano inteiro essa noite. Eu precisava esvaziar.

Tenho amigos tão bonitos. Ninguém suspeita, mas sou uma pessoa muito rica.

Não que eu seja frio, só estou um pouco mais duro e menos preocupado em entretecer ternuras.

Ignore, não ligue, não responda. O silêncio destrói qualquer um.

Tenho aprendido coisas com ele. Nada muito sensacional, coisas simples, pequenas alegrias.

Eu retribuo o sorriso. Eu correspondo ao abraço. Eu digo sim. Eu quero sim. Eu sinto sins.

Sou eu sozinha quem carrega todo esse peso nas costas, isso ninguém percebe, ninguém valoriza. Não, eu não nasci para viver neste tempo.

E nessa estrada quero achar gente doce, límpida, verdadeira e disposta. Quero topar com luz, desapego e paz.

Tem horas que eu me perco sem você aqui, aí eu lembro: tá tão longe de mim. E o meu coração grita: mas tá aqui dentro.

Quero te dar chuva de flores pela manhã. E quando quiseres, podes vir colher sorrisos direto do quintal da minha alma.

Um amigo me chamou para ajudá-lo a cuidar da dor dele. Guardei a minha no bolso. E fui. Não por nobreza: cuidar dele faria com que eu me esquecesse de mim.

Caio Fernando Abreu
Pequenas epifanias. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2014.

Nota: Por vezes atribuído de forma errônea a Clarice Lispector.

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