Frases de Caio Fernando Abreu

Cerca de 2649 frases de Caio Fernando Abreu

Até com a minha carne eu construía um cavalo branco para aquele príncipe. Mas ele não queria, acho que ele não queria. Eu não tive tempo de dizer que quando a gente precisa que alguém fique a gente constrói qualquer coisa, até um castelo.

Vou te procurar entre as estrelas e os satélites distraídos, que confusos me ditaram caminhos errados e esparsos.

Endureci um pouco, desacreditei muito das coisas, sobretudo das pessoas e suas boas intenções. Dar um rolé em cima disso não vai ser nada fácil.

Nem todos sabem a beleza de saber lidar com a tristeza. Ela sabe. Ela ouve a música que seu coração pede e modela seu ritmo ao seu estado de espírito. Ela dança a coreografia de seus sentimentos, e todos podem ver.

Fico me ferindo, mas também dou voltas e penso: não, não é nada disso, sou legal, sou mansinho, sou até bonitinho.

Como chegar para alguém e dizer de repente eu te amo para depois explicar que esse amor independia de qualquer solicitação (...)?

Eu prefiro amar a mim mesmo. E boa sorte pros que ainda tentam, vejo vocês no fundo do poço.

Ouço músicas e encontro a nossa história no meio das letras.

Foi então que comecei a me apaixonar violenta, profunda e imediatamente.

Ela estava apaixonado por ele. Perdidamente. O problema - um dos problemas, porque havia outros, bem mais graves -, o problema inicial, pelo menos, é que era cedo demais.

Uma vontade de cuidar melhor de mim, de ser melhor para mim.

Caio Fernando Abreu
Cartas: Caio Fernando Abreu. Florianópolis: HB, 2016.

Eu sou a dama maldita que, sem nenhuma piedade, vai te poluir com todos os líquidos, contaminar teu sangue com todos os vírus.

Eu, vagando entre o real e o imaginário, suspiro a cada sonho.

Não escreva nada, não nos procuramos mais: um dia nos cruzamos por acaso, de repente, e então vemos o que aconteceu a nossos rancores.

Dessa vez não vou evitar dizer o que está na minha cabeça só porque eu sei que minha mente geminiana vai negar no dia seguinte.

Silêncio, ando obcecado por silêncio. Um silêncio que te permita ouvir o ruído do vento. E o bater do coração.

Sentia-se pequenina, só, perdida dentro do cobertor, aquele tremor que não era frio nem medo: uma tristeza fininha como as agulhas cravadas na perna dormente, vontade de encostar a cabeça no ombro de alguém que contasse baixinho uma história qualquer.

Não adianta, no momento que as pessoas se afastam, elas estão irremediavelmente perdidas uma da outra.

... e novamente encherás o cálice com um pouco mais de vinho para que o líquido descendo por tua garganta trêmula vá de encontro a essa claridade que tentas, precário, transformar em palavras luminosas para ofender a ele.

Porque as cidades, como as pessoas ocasionais e os apartamentos alugados, foram feitas para serem abandonadas.