Frases de Caio Fernando Abreu

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Você está quase sempre perto de mim, quase sempre presente em memórias, lembranças, estórias que conto às vezes, saudade.

Não quero lembrar. Faz mal lembrar das coisas que se foram e não voltam. (...) Agora já passou. Não sinto raiva, não sinto nada. Sinto saudade, de vez em quando. Quando penso que podia ter sido diferente.

Talvez fosse um pedido de socorro envergonhado. O socorro não veio, (...) e fui obrigado a me investigar e afundar em mim mesmo.

Não choro minhas perdas, nem temo a inveja e o olho gordo que me rodeiam. Sou de Deus, quem não é que se cuide!

Acho espantoso viver, acumular memórias, afetos.

Gosto da forma como você acelera meu coração, e de quando você o acalma também.

(...) tudo bem, acordar, escovar os dentes, tomar um café e continuar.

A gente se dá conta tarde que a felicidade é fácil, não?

Me cerco de boas intenções, me reservo pros poucos e melhores amigos. Me encho de luz. Me permito o riso.

Tinha desejos violentos. Pequenas gulas, urgências perigosas, enternecimentos melados, ódios virulentos, tesões insaciáveis. ouvia canções lamentosas, bebia para despertar fantasmas distraídos, relia ou escrevia cartas apaixonadas, transbordantes de rosas e abismos.

Amigos não "são para essas coisas", não. Isso é um clichê detestável, significando quase sempre que amigo é saco de pancadas.

Não sabia que ia perdê-lo, não sabia sequer que iria encontrá-lo.

Relaxa baby e flui: barquinho na correnteza, Deus dará.

Estou por aí, agora. Penso nele, sim, penso nele. Mas não vou ceder. (...) Me dói não ter podido mostrar minha face. Me dói ter passado tanto tempo atento a ele — quando ele nunca ficou atento a mim. E eu passei tanta coisa dura.

É por ele que eu venho aqui, boy, quase toda noite. Não por você, por outros como você. Pra ele, me guardo. Ria de mim, mas estou aqui parada, pateta e ridícula, só porque no meio desse lixo todo procuro o verdadeiro amor. Cuidado, comigo: um dia encontro.

Paixão deve ser coisa discreta, calada, centrada. Se você começa a espalhar aos sete ventos, crau, dá errado.

(…) querendo controlar a própria loucura, discretamente infeliz. Não que estivesse triste, só não compreendia o que estava sentindo.

Aprendi que minhas delicadezas nem sempre são suficientes para despertar a suavidade alheia, e mesmo assim insisto.

Você sabe que de alguma maneira a coisa esteve ali, bem próxima. Que você podia tê-la tocado. Você podia tê-la apanhado. No ar, que nem uma fruta. Aí volta o soco. E sem entender, você então pára e pergunta alguma coisa assim: mas de quem foi o erro?

Ah, e eu estou te esperando com meu vestido curto, óculos escuros grandes e meu coração pulsando forte, e te abraçar até sentir o mundo girar apenas para nós. É, eu gosto muito de ti.