Caderno
A FLOR
Vejo uma flor seca, sem ar
Cá esquecida em um caderno,
E meu espírito prosterno
Num esquisito meditar:
Floriu quando? Onde? Em que estação?
E postergou-se? E é estranha
Ou amiga a mão que a apanha?
E a pôs aqui por que razão?
Pra recordar um encontro amável
Ou uma separação funesta,
Ou um passeio solitário
Num sítio, à sombra da floresta?
E ele está vivo, ela também?
E a que refúgio se retêm?
Ou eles ambos já mirraram
Como esta flor que aqui deixaram?
O meu caderno é uma extensão da minha mente com a minha alma
nele tenho verdades que mais parece mentiras e mentiras que a minha imaginação confirma sua real existência o caderno é como um amigo do poeta, Meu ciúmes não permite com que todos o peguem pois só ele sabe o carinho que tenho por esse velho caderno...
A vida é igual a um caderno, use as folhas para o necessário e o útil, não para rasgar as folhas e rabiscar algo sem futuro.
JOGADO NO CHÃO
Estou jogado no chão Em depressão
Juramos amor eterno
No fórum no meu caderno
Caderno de anotações
Anotações de carinho
Numa folha dobrada
Tinha um coraçãozinho
Escrito te amo
Antes de dormir sempre tinha um Boa noite
E mesmo com sono
Eu retribuia porém ela mudou
Ela conheceu alguém e deixou
É triste como eu estou
Estou jogado No Chão
Em depressão,tentando entender
Porque Você me deixou
Estou jogado no chão
Em depressão,tentando entender
Porque perdi meu amor
Poeta Antonio Luís
30/06/2015
Garoto pobre da zona sul,
de roupa e alma rasgada
tecia seu verso, incerto
em seu velho caderno azul.
O telhado tinha uma goteira,
o madeirite tinha uma fresta,
Pela fresta assistia o universo,
A lua, as estrelas, que linda festa.
O dinheiro que o pai trazia,
dava pro pão, mas faltava pra vida.
A mãe dizia menino larga esse caderno
que isso não dá futuro, só ferida.
O garoto da favela nunca esqueceu a viela,
o povo, a dor, a sirene e o caderno.
Foi pro mundo muito cedo,
comprou um livro, vestiu um terno.
Nunca contestou as palavras
afiadas de sua querida mãe.
Desobedeceu ela até o fim da vida.
Em seu jazigo um poema:
Morreu o poeta da viela,
Venha estrela e venha lua,
espiar por entre a fresta.
Venham cear nessa rua,
Chorar a morte, fazer uma festa.
Cantar seus versos, contar seu amor
Fazer com que saibam que poetas
também nascem do calor da favela.
Roney Rodrigues em "Poeta da Viela"
Quer saber? Prefiro mil vezes meu caderno de poesias do que uma namorada. Eu sei, pode parecer bobagem, mas ao menos o meu caderno me escuta com atenção, sempre fica onde eu coloco, não me critica e por mais que suas páginas preencham ele nunca me vai dizer ACABOU.
Pessoinhas e anjos.
A vida é um caderno em branco,
Sua caneta chama-se atitude ,
Seu esboço mesmo que ainda seja um garrancho,
É o desejo de uma vida na amplitude.
E erros em frases sempre haverão,
E assim como o corretivo apaga esses erros,
A vida prepara pessoas que nos ajudarão,
Que mesmo abaixo de todos,
São as que nos defendem de nossos medos.
Eu só quero uma bela xícara de café pra pensar
Um caderno pra escrever
Algumas músicas pra me inspirar
Um bom livro pra ler
Eu só quero um dia de sol pra sonhar
E no fim de tarde a gente se vê
RELAÇÃO TEXTUAL
SOZINHOS NO CADERNO.
NA INTRODUÇÃO,
UTILIZEI-ME DA LINGUÍSTICA.
NO DESENVOLVIMENTO,
CONJUGAMOS O VERBO
AGLUTINANDO NOSSOS SUBSTANTIVOS.
TUDO ISSO ACABOU CULMINANDO
NUM DESFECHO NO SUPERLATIVO.
Minhas armas?
Caderno...
Caneta...
Pensamentos que trago
Armados
No coração.
Cada verso
Trás comigo
Dores e emoções
Que a vida me fez passar.
Não tenho nada
A reclamar
Eu só quero buscar
O que é meu
E irei conquistar
Escrevendo poemas
Nas madrugadas escuras
Sózinho...
Sózinho?
Não, meus pensamentos tão lá comigo, e também,
Alguns amigos.
Valeu
Vamos enfrente
Quebrando a tristeza
Passando dificuldade
Vencendo às correntes.
Ler um bom livro
E pensar como mudar
O ódio em amor."
Demorei tanto para escrever aquele livro que quanto abri o caderno de anotações, as letras todas cairam no chão e se misturaram em palavras. E, para completar surgiu de repente um vento inquieto que espalhou todas aquelas palavras misturadas pelo mundo. Deve ser por isso que hoje quando estava passando por uma praça, li um sorriso no rosto de uma moça que achei que já tinha lido em algum lugar. Depois, estava perdido entre linhas de ônibus e, uma senhora que passeava me deu uma letra para eu me encontrar. Antes de virar a página de uma esquina, vi um casal apaixonado lendo folhas de versos que rolando escreviam poemas na calçada. Acho que foi bom ter derramado aquelas letras ao vento.
Do velho caderno de poesia...
Tudo escuro além das linhas de seu corpo...
Posso ver o desenho iluminado pelo suor do quarto.
A canção tocando ao encontro sinuosos da pele, suas mãos querendo dançar...
Bailamos no céu descalços - como anjos caídos esparramos o fogo.
Quando abriu a porta,
O despertar sentinela de cada sonhos concebidos...
O retrato da existência sobre atinta óleo e pinceladas das próprias mãos...
Era o inicio e o fim da criação.
Ano de 2020.
O coração sábio é semelhante a um caderno com muitas folhas em branco, aguardando a escrita divina de sua vida pela destra do maior de todos os escritores.
Uma última lágrima e um último verso, apenas para terminar esta última folha de caderno, não quero mais virar páginas sem sentido, quando eu fechar este caderno, vou deixar muita coisa para trás.
- Sinail Junior
As noites que perco o sono, pego um lápis velho e um caderno desfolhado. Nele coloco tudo o que me causa embaraço, transformo as letras em uma espécie de laço e vou juntando os pedaços, para que um dia possa concluir todo o parágrafo.
O seu sonho esta intacto
Se te tirei o lápis pegue minhas mãos
Use o meu caderno entre nos meus sonho
E quebre as barreiras,
Que já não existe,
Nem sombras não há
Mas existe o poeta
Que com suas rimas
Me fás delirar
Morrer de saudade
Dos belos poemas
Sorriso que nasce
Das lagrimas que correm
No teu rosto cálido
Mas não de tristeza
São de alegria
Por te ver rimando
Os teus lindos versos
Me da uma vontade
De naufragar nos teus desvaneio
Não pare agora
Pois o que tu falas convêm
Esperar, decifras
O vento o mar e as flores
Quando em terra seca
Não nascia nada lá
Hoje eu respiro o cheiro de estrume
Entre vacas e bois me olha sem ciumes
E uma miragem ferve de repente
Somos animais sem comoção nenhuma
Numa festa de espuma
Vamos rimar encontrar
A rais e o sonho perdido
Que vamos achar
Sempre estarei aqui
Numa rua qualquer
Das esquinas da vida
A te esperar