Cadáver
A Religião hoje é um cadáver sobre a qual pairam os abutres, vou dizer novamente, a Religião hoje é um cadáver, carcaça da qual se alimentam os abutres.
Minha poesia nasceu para o silêncio, para o sepulcro, para o cadáver que apodrece, para os vermes que beijam os lábios frios da amada sepultada, para o inferno e seus anjos caídos,para os cemitérios, para as covas com suas bocas abertas ao céu cinza e chuvoso, para tudo que fenece e para aquele que nunca, jamais esquece.
É no silêncio da consciência individual que podemos exumar o cadáver putrefaz da bestialidade coletiva.
Para ser considerado um cadáver, o cidadão não precisa ter sido declarado clinicamente morto, afinal, é bem possível sentir o coração bater, o cérebro operar, e, mesmo assim, ter a incógnita e angustiante sensação de ser um alguém sem vida ou sem valor para o mundo e, principalmente, para si mesmo.
Para o Wilson de 1994
Recordo meu primeiro cadaver
1994...bem franzino
Pois o tempo me levou o rosto
E meu primeiro choro de menino.
Não verei meu ultimo cadaver
Quando eu for,um dia desses...por ruas esquecidadas
Mas lembrarei do meu primeiro sorriso
Quando morrer meu pobre fio da vida.
56. Disse Jesus: Quem conhece o mundo, achou um cadáver; e quem achou um cadáver, dele não é digno o mundo.
Vejo um quadro com o mesmo respeito de quando vejo um cadáver, tenho a mesma sensação,o mesmo assombro, que no cadáver jaz vida e agora o nada eterno; e no quadro, antes o nada e agora a eternidade.
CADÁVER 3 (B.A.S)
Não há caminhão de mudança
em enterro, nem gaveta em caixão.
Mas o que você dá com generosidade
é como uma semente bendita que multiplica
e pode alimentar muitos outros...
Dêem aos vermes famintos as frias carnes do meu cadáver
Que em meu caixão meus ossos sejam corroídos lentamente,
Enquanto se despede minha alma e em vida fiquem minhas memórias e meus desejos não alcançado!
"TODOS NÓS SOMOS UM CADÁVER ADIADO"
Não sabemos quando, mas é irrevogável, quanto ao após, só há suposições, nada nos foi revelado como muitas outras coisas"
Cordas! Cordas em minhas mãos. Seus movimentos têm o monopólio do cadáver. Ande, pule, sinta, quebre seu coração. Apresentando-se para as cadeiras vazias continue seu número. Enrrolado sem cor, sem medo, sem amor. Um homem na mão de outros, um boneco no peito de seu amor. Corte! Corte minhas mãos! Mas não deixe-me terminar o show. O refletor é venda. Onde está? O amor próprio que me salvou?
Conformar-se com pouco, é comparável a estar morto durante a vida, um cadáver não sepultado, alguém que desistiu de viver seus sonhos.
Quando os alunos fazem a média anual no 3º bimestre, zoam as aulas no 4º. O que falta para o cadáver ficar em pé não é nota!
"Se sua beleza matasse, eu seria apenas um cadáver, por admirar algo que eu nunca poderia alcançar.
Tento respirar ao vislumbrar sua beleza e me falta o ar.
Aos homens é tão fácil o ódio, o difícil é o amar.
O coração, arrebenta-me o peito, a cada olhar.
Quando por seu amor, ressurrecto, eu faria-lhe a cada respirar, uma prece.
Quando nossas lembranças, inundam meus pensamentos, meus olhos inundam minha pele.
Eu tento esquecer de ti, mas o coração não esquece.
Suas juras, que eram minha fortaleza, hoje me enfraquecem.
Me enfraquecem as palavras que eu deveria ter dito e não pude falar.
Cega-me o Sol, ofusca-me os olhos o brilhar.
Como o Sol, a felicidade em ti é algo que vislumbro ao longe, só faço admirar.
Sua beleza de por do Sol, feita para ser admirada ao longe, é algo que nunca poderei alcançar..."