Versos de cachaça curtos para dar boas risadas
Cego Blues
Num chapéu cor de farinha
Com uma cachaça e uma garrafa quase vazia
Uma cegueira cega que nem ela
Um tempo certo na hora errada
Um blues de um forró bem triste
Uma criança que não chora nem vai embora
E três mesas vazias.
Uma lembrança de um perfume
Um chale branco, saudade e ciúme
Uma parede de uma alusão púrpura bondade
Um amor insano, regado e negado
Invejado pelos anjos, flechado caboclo
Uma antiga mentira virou verdade
E as tais mesas vazias
E depressa vai cada vez mais lenta
A noite e o dia feito o amor que se inventa
Arde, queima e contenta
Falso feitiço feito a destilada água que torpe
Os modos e as giras
que envolta de nós se sustenta
Nenhuma mesa, onde não a via
O local deixou a razão com sorte
A música acabou e o bumbo coração tenta
Bem mais poema do que cena
Eu sorrio vida que brilha, não me faço de dentes.
Vida não esfazia no feitio de mesas fazias.
Aprendi que tudo passa, tomando chá ou cachaça. Tomando champanhe ou não. Aprendi que essa fumaça a minha janela embaça. Por fora, por dentro, não.
TRAS CACHAÇA
Estou bebendo pra te esquecer
Eu bebo pensando em você
Já estou bebo e a culpada é você
Que me deixou
Pra viver um outro amor.
Trás Trás Trás cachaça com redbul
Que eu quero bebe beber pra te esquecer
Trás Trás Trás cachaça com redbul
Que eu quero beber pra esquecer de tu
Já tentei suspender a cachaça
E você insiste em me perturba
Quando estou sóbrio
Você me a sombra
Feito uma sombra
que se apoderou da minha alma
Então vou pro bar
Pra me curar
Só a cachaça me acalma
Todo instante ouço sua fala
Meu remédio é. A cachaça
Trás Trás Trás cachaça com redbul
Que eu quero bebe beber pra te esquecer
Trás Trás Trás cachaça com redbul
Que eu quero beber pra esquecer de tu
Poeta Antonio Luís
LUGAR CERTO - Cada coisa tem seu lugar certo.
Tudo tem seu lugar certo para ficar. Cachaça na prateleira, assassinos, ladrões e políticos corruptos na cadeia e mulher no altar. Quando, por acaso, contrariamos e tiramos essas coisas do seu lugar certo a coisa toda desanda: ficamos sem hospitais e paz na sociedade, batemos nos postes em alta velocidade e, infelizmente, casamos. Nos arranjam tantos filhos que somos obrigados a virar ladrões ou políticos para podermos enfim sobreviver. É a treva, ou melhor, o absoluto e verdadeiro caos.
CACHAÇA NA TAÇA
Essa taça, na qual me perco
em doze que obedeço
ao me tocar, me traça e tacha
os olhos turvam, eu padeço
o fundo da taça, me tasca
e eu me perco do endereço
nesse fundo da garrafa.
Essa taça que me acha...
Com esse gole de cachaça
envolve-me e me embaça
me lança, ao meio fio da praça
atiça-me, o som d'arruaça
embebido por essa taça...
O mundo me esconde a graça.
Essa taça cheia, tacha...
Meu ego perante as raças
a ebriedade a pirraça
a perdição dos sonhos meus,
o paralelo do meu fiasco
no cambaleado dos meus passos,
e nas margens do meu adeus.
Antonio Montes
Me chama pra tomar um vinho, um café, uma cerveja. Tequila, vodca, cachaça, tanto faz. Me liga pra dizer oi, pra saber como foi o dia, pra ouvir minha voz. Me olha de rabo de olho, me encara, me come os olhos. Diz alguma coisa, sussurra meu nome, grita. Me fala dos seus sonhos, dos medos, das brigas. Se abre pra mim. Me manda uma mensagem, um áudio comprido, uma foto. Me escreve uma poesia, um texto, uma frase. Um ponto, ainda que seja final. Ri, sorri, gargalha. Pode chorar também. Me mostra sua música preferida, aquela série, o último filme que você viu. Me leva pra comer uma coxinha, uma dogão, um Bigmac. Eu topo. Pega na minha mão, toca meu rosto, passeia por mim. Beija minha testa, minha boca, meu eu. Me toma pra ti, me rende, me leva contigo. Faz qualquer coisa, só não some assim.
Existem três coisas que deixa o homem enfurecido, mulher feia, cachaça e beliscão de tábua rachada...(Patife)
TUDO É DE LÁ
A cerveja gelada
a cachaça de lá
aqueles goles gostosos
sob gargalhos a gargalhar...
Tudo é tão saboroso!
Sob, o balcão d'aquele bar.
Aquela musica de fundo,
a saudade d'aquele mundo...
Dedilhando a alegria!
A mesa para os cochichos
a turma do deixa disso
na arenga da fantasia.
N'aquele bar...
Tudo é de lá!
O beber para esquecer
com sorriso para espantar
a noite e o amanhecer
o amor e o bem querer!
permeando o chorar.
Tudo lá, esta aqui...
Gargalos da solidão,
ressaca, zunido o ouvir
barra do sol tremor no chão
o choro de um coração
n'um mundo longe daqui.
Antonio Montes
( Amor alcoólatra.)
Em um fim de semana qualquer, sem tem medo de meter o pé, a cachaça já tava na mesa um cheiro forte de cerveja.
E quando te conheci, não tive pra onde ir, uma alcoólica de mim, me dá um tempo ai pra essa ressaca de você passar.
Desliga o celular! Meu bem vou te falar agora o que eu mais quero só serve gelada na hora, não demora.
( Refrão) Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz, mostrar, mudar, não quero mais brigar, falar, gritar só se for pro coração que eu to morrendo de paixão. 2x
Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz 2x
Essa cachaça doe em mim!
Pois desse mais uma garçom, põe uma caixa e aumenta som!!
Que eu vou esvaziar o bar inteiro, se essa mulher não admitir que sou seu amor cachaceiro.
( Refrão) Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz, mostrar, mudar, não quero mais brigar, falar, gritar só se for pro coração que eu to morrendo de paixão. 2x
Amor deixa os problemas na TV, no nosso canto eles vão desaparecer.
Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz, mostrar, mudar, não quero mais brigar.
Berrar, fingir, negar, mentir, deixa isso pra lá, do nosso jeito vamos nos cuidar.
Só vocês!
Deixa eu te beijar, sentir que posso ser feliz, mostrar, mudar, não quero mais brigar, falar, gritar só se for pro coração que eu to morrendo de paixão. 2x
Mais uma vez o culpado é o coração.
“A juventude passa, a beleza passa, a cachaça passa, o cachorro passa, a uva passa ... Tudo passa (e às vezes até repassa). “