Cachaça
A VACA FOI PRO BREJO
Já tomei cachaça Pensando ser água
Num dia de ressaca
A Saudade de você quase me mata
A vaca foi pro brejo
É um mistério
E não me alivia
É uma agonia
O povo pergunta por te Quando me ver
E eu Não sei responder
Poque você me trocou
Nesse jogo eu sair perdedor
Perdi você perdi seu amor.
Já tomei cachaça Pensando ser água
Num dia de ressaca
A solidão não sara
Já tomei cachaça Pensando ser água
Num dia de ressaca
A saudade de você quase me mata
Poeta Antonio Luís
1:25 PM 23 de julho de 2016
É melhor segurar vários copos de cachaça do que a mão de uma pessoa que faz da sua vida o circo onde o palhaço é você!
Ela cantava de graça,
na praça,
sob o feito da cachaça
de graça,
sem ligar pra desgraça,
sem graça,
nem teto e nem vidraça
apenas graça
e a cachaça de graça.....
Pérsio Mendonça
ILUSÃO MOMENTÂNEA
A noite acabou....
Ressaca, ressaca de cachaça
foi o que ficou na lembrança
do nosso amor.
Agora, com a casa vazia...
e na sensação de liberdade,
a solidão abraçou o tempo
e ébrio... Eu me enterro
no sol dos meus sentimentos.
Antonio Montes
Talvez eu seja mais um desses capengas da solidão.
Sorriso no bolso, cachaça na mão.
Cabeça vazia, asas no chão.
Gosto da crise e do destaque, corroído sou pela própria distração.
Vou parar de beber, mas antes eu tinha que me despedir das 30 garrafas de cachaça que tinha em casa. Abri a primeira, coloquei uma dose no copo, mas como estava me despedindo, dei um trago, peguei o resto e joguei na pia, abri a segunda garrafa, enchi o copo, dei um trago e joguei o resto na pia, já na terceira, como era despedida, dei um trago na garrafa e joguei o resto na pia, abri o quarto copo, coloquei meia pia, abri a garrafa e joguei o resto na garrafa, abri a quinta pia, mas como tava me despedindo, enchi a pia, dei um trago na garrafa e joguei o resto no copo, abri a sexta pia, joguei a garrafa no copo e bebi a garrafa, peguei o sétimo copo, mas como estava me despedindo, abri a pia e bebi o copo e joguei o copo na pia, peguei a oitava pia, joguei no copo e abri a nona garrafa e joguei a décima no copo e a pia na garrafa, depois joguei a décima primeira e bebi a décima segunda pia e joguei a décima terceira pia na garrafa, depois peguei a décima quarta garrafa e joguei no copo e bebi o que sobrou da pia e por aí vai.
Cego Blues
Num chapéu cor de farinha
Com uma cachaça e uma garrafa quase vazia
Uma cegueira cega que nem ela
Um tempo certo na hora errada
Um blues de um forró bem triste
Uma criança que não chora nem vai embora
E três mesas vazias.
Uma lembrança de um perfume
Um chale branco, saudade e ciúme
Uma parede de uma alusão púrpura bondade
Um amor insano, regado e negado
Invejado pelos anjos, flechado caboclo
Uma antiga mentira virou verdade
E as tais mesas vazias
E depressa vai cada vez mais lenta
A noite e o dia feito o amor que se inventa
Arde, queima e contenta
Falso feitiço feito a destilada água que torpe
Os modos e as giras
que envolta de nós se sustenta
Nenhuma mesa, onde não a via
O local deixou a razão com sorte
A música acabou e o bumbo coração tenta
Bem mais poema do que cena
Eu sorrio vida que brilha, não me faço de dentes.
Vida não esfazia no feitio de mesas fazias.