Caçar
Vou ali e volto já,
Vou caçar sonhos
Borboletas,
Vê a lua
Dançar no mar.
Vou ali, e volto já
Vou pegar estrelas,
Agarrar o vento.
Vou te amar no verde
Saciar desejos
Vou te chamar
Para beijar meu corpo
Tocar minha boca,
Vou ali, e volto já
Vou fazer amor contigo
Na chuva,
No verde,
No ar.
Vou ali, e volto já
Vou te deitar na rede
Te balançar,
Vou te devorar com os olhos
Matar minha sede,
Vou ali, e volto já.
A falta de instrumento para caçar pode até dificultar a caça, mas não inibe a fome. Não raras vezes, ir em busca do que se quer constitui um ato de sobrevivência, e não apenas uma questão de escolha.
Num mundo utópico, bichos pegariam em armas para caçar humanos. Tipo assim, inverter os papéis dos bandidos.
Eles brincam de professor, mas não querem ser professores de verdade! Os animais brincam de caçar, porque querem ser bons caçadores, entre eles o faz-de-conta tem objetivo... meus alunos desnaturados apenas brincam com minha profissão!
E eu que passei madrugadas e madrugadas a te procurar, horas a fio com afinco, a te caçar, e só quando tu quisestes tu vieste para me domar.
Eu não sabia que esta era a minha sorte. Ah! Sono maldito! Por que és tão forte?
Na verdade só queria uma camionete pra rodar no campo
Pescar, caçar já não é mais tão importante e nem inteligente,
cultivar algumas plantas,
colher alguns frutos saldáveis,
Sentar na varanda de casa ao entardecer, ver o crepúsculo, quem sabe até conferir algumas estrelas e por que não tomar um bom bourbon do lado da mulher amada enquanto as crianças dormem, longe do caos das florestas de concreto e aço.
Fui
caçar silêncios
e templos de ventos.
Se der inda volto
louca, lúcida, abafada ou carente.
Mas com a moldura
dos meus quintais
de nuvens
sempre presente...
Com águias em bando.
É que no
meu aquário de voos
inda borbulham amor próprio
presente e infindos
sonhos.
Vou ali...
Vou, sonhar, caçar vaga-lumes
Vou admirar o voou disformes das borboletas,
Vou ouvir pássaros a cantar,
Vou ver o balé das flores ao sabor dos ventos,
Não me espere...
... não sei quando volto cá...
Nos tempos das cavernas,
Os homens da tribo saíam para caçar,
As mulheres cuidando dos afazeres tagarelavam sem parar,
Os caçadores tinham que manter o silêncio,
Senão a caça escapava,
Agora entendemos por que elas falam tanto...
Agradeça-me por eu não fingir ser o que não sou. Caso não goste de mim, vá caçar a criatura mitológica de sua projeção pra lá- e saiba que, quando a encontrar, será como uma nota de R$ 1,99: falsa, pois não existe!
Daí você cansa de caçar baboseiras e encontrar. Daí você cansa de se machucar. Daí você percebe que sentir pena de si, culpar-se a todo momento e tentar reverter o que já foi feito não adianta nada. Daí você se olha no espelho, lava o rosto, bota um sorriso no rosto e começa a se movimentar. Por que, afinal, a auto estima é o segredo pra se levantar!
Tu que és caçador, ensina-me a caçar!
A ti pescador, eu peço, ensina-me a pescar!
Como nao sei, agricultor, ensina-me a plantar!
Tu que és sonhador, leva-me no teu sonhar!
Se es trovador, ensina-me a cantar!
Pois se eu souber caçar, pescar, cultivar, sonhar e cantar, sera pleno o meu viver
Deixar-me-ei encantar, por todas as formas de ser!.