"A troca da Roda" Bertolt Brecht
MORRER DE AMOR
Ainda que eu coma frito todo este amor
Não hei de morrer
Por ter veias entupidas
E um coração fraco...
Ainda que eu mergulhe
Sem salva-vidas na dor
Não hei de me afogar ou secar
No rio de lágrimas
Que eu derramei...
Por isso vou vivendo...
SEM VOLTA
Numa estrada sem volta
"Até logo"
Meu logo pode ser mil anos
Eu não sei dizer adeus...
Não sei dizer jamais
Sempre quero mais
Mais tempo por favor
Porque pra mim amor
Não acaba com o tempo...
A omissão foi um pecado
Olhar nos seus olhos
Meu abismo, minha sepultura,
Amor da minha vida?
Não poderia ser você,
Tão diferente de mim...
Agora sem depois...
"Toda noite
Vi entrar em meus olhos
As suas janelas d'alma
Pra encher as minhas de água
E roubar as cortinas..."
Se todos nós como seres naturais observamos a vida e a morte dos seres, porque sempre podemos construir a ideologia de uma continuação que exceda a morte? Nós não seríamos inerentemente levados a acreditar em uma vida após a morte ou um criador se não houvesse um.
...Parece, pois, que a justiça, segundo a tua opinião, a de Homero e a de Simônides, é uma espécie de arte de furtar, mas para a vantagem de amigos e danos de inimigos. Não era isso o que dizias?
Acaso na própria arte há qualquer defeito e cada arte precisa de outra arte que procure o que lhe é útil, e esta, por sua vez, de outra, e assim até o infinito?
O justo não quer exceder o seu semelhante, mas o seu oposto; ao passo que o injusto quer exceder tanto o seu semelhante como o seu oposto.
Estou cansado, chefe. Cansado de estar na estrada, solitário como um pardal na chuva.
Cansado de nunca ter um amigo para me dizer aonde vai, de onde vem ou por quê.
Principalmente, estou cansado de às pessoas serem ruíns.
Estou cansado da dor que sinto e ouço no mundo todo dia.
É muita dor!
São pedaços de vidro na Minha cabeça o tempo todo...
Distintos vilões, eu me chamo Gru. Parece que estou falando muito alto, embora a distância entre nós não seja justificativa para isso.