Jean la bruyère
A vida é abstrata, simplesmente porque ninguém ainda foi capaz de decifrá-la, e nem será. Mais não se preocupe com isso, acima de tudo se preocupe em buscar
sua função no mundo, com suas coisas nos devidos lugares, procure errar humanamente somente uma vez, pois errar uma segunda já é ser tratante. E enfim, procure o melhor pra você, siga o seu coração que ele sabe o que faz por você. E pensando bem, a vida não foi feita pra entender, ela foi feita para viver, como você quiser ! Por isso mesmo é chamada de abstrata: você entende ou interpreta como quiser, extrapola como quiser, mais nunca, você NUNCA entende. E ainda morre sem entender, e perdendo tempo da sua vida tentando entender a dos outros. Viva você.
JARDIM SECRETO
Encontrar-te-ei lá, no jardim dos segredos,
Naquele banco, onde aquele antigo casal.
Escreveu seus nomes, e,
Deixaram uma mensagem.
Também nós lá sentaremos,
Todas as tardes juntos,
Olharemos as crianças correndo,
Pelo jardim com seus cães,
Deitarei em teu colo,
Lendo meu livro e você seu jornal,
Na paz do nosso jardim;
O cheiro do orvalho da manhã,
A brisa no entardecer
ficaram em nossas lembranças.
Os anos ficaram guardados
Um a um até o nosso entardecer,
No nosso jardim, na atmosfera mística,
Do tempo na nossa existência.
Essa poesia foi escrita inspirada na cena de um filme que me tocou muito.
Presidente Prudente/ 09/03/05
NOTTE
La tremula angoscia,
della notte,
Fu amica perfetta
Nella tua assenza
Mi accamgna,
Nell insonnia,
Mio esere,
Per tua presenza.
Ma non oso cercarti,
Resto com la mia insonnia,
Solitaria,solodaria e,
La angoscia tremula de la notte.
Vera costalonga
Poesia escrita e fevereiro
LÁ NO FUNDO
Na noite, sozinha
Chamo o teu nome
Uma onda se avizinha
Me traga, e me consome
Chamo-te sem parar
Lá do fundo do mar
Chamo-te, chamo-te
Até o dia raiar
Assim será cada dia
E cada noite
A distância castiga
Como o açoite
Me entrego à fadiga
Mas não há medo
Que me acoite
Do que adianta demonstrar uma dor, se ninguém é capaz de entende-la? E pra que serve as lágrimas, se não para acalmar essa dor que angústia qualquer um que vive ela, ou que está por perto? Eu não deveria te dizer o que eu sinto, muito menos o porque do motivo de todas as noites eu querer esquecer do seu sorriso, que era quase que matinal. Eu não acreditaria se você me dissesse quantas estrelas existem no meu olhar, ou apenas quantas brilhavam quando eu te via. E, se por algum motivo elas fossem suas, talvez não estivessem tão apagadas agora. E você sabe porque eu te digo tantas coisas vazias? Ou talvez tantas coisas repletas de recentimentos? Porque se não for pra você, eu teria que jogar tudo isso em cima de outra pessoa. E é horrível ter que aguentar as queixas dos outros, sem ao menos você ser o causador de alguma dor dele. Você se acha tão indiferente dos outros, e talvez nem saiba que é só mais um.
Depois do seu ADEUS eu continuo voltando à sua porta. Mas agora lá não tem ninguém mais me esperando. Só a saudade mora lá.
E lá estava ela, com seu cabelo brilhante, seu esmalte escuro e seu vestido discreto o suficiente para atrair apenas os olhares de quem importava. Seus olhos eram apreensivos e seu lábio já se encontrava inchado depois de tantas mordidas dadas por ela mesma para aplacar o nervosismo. Ela estava o procurando. Andava impacientemente por todo o salão, quase derrubando um garçom e sua bandeja de aperitivos, no meio do caminho. Decidiu se sentar, e foi o que fez. Uma bebida, duas, talvez até três, e ele não aparecia. Sua garganta começava a secar e seus olhos já estavam com um brilho trazido pelas lágrimas. Respirou fundo e pensou positivo - talvez algo havia acontecido, o fazendo se atrasar um pouco, mas logo ele chegaria. É, isso aí, ele estava a caminho nesse exato momento. Depois de se acalmar, fechou os olhos e prestou atenção da música. Always. Bon Jovi. Sorriu instantâneamente e sentiu que ele havia chegado. Abriu os olhos, e lá estava ele, com seus cabelos negros levemente bagunçados, sua camisa branca com dois botões abertos e seu sorriso ainda mais branco.Foi nessa hora que percebeu: ele sabia quem era ela. Se levantou, respirou fundo e foi até o meio do salão para vê-lo mais de perto, seus movimentos sincronizados ao dele. Eles finalmente haviam se encontrado. Foi ali - no meio daquele salão, ouvindo sua música favorita - que eles se uniram pra nunca mais se perderem.
Já não sei se vai chover ou se o sol volta a aparecer, pois o tempo la fora muda a qualquer hora, os dias estão muito diferentes, o mundo já não é mais como antigamente. (M.P.P.)
A verdade diverge de tudo que os sentidos ou do que as aparências podem mostrar. Só vai descobri-la com o artifício da razão.Deve-se abandonar as opiniões dos sentidos e construir os conceitos da razão para alcançar a verdade.os sentidos e tudo que eles podem nos mostrar significam a mudança,a aparência,a falsidade ;o não ser; enquanto pela razão você encontrará a permanência,a essência,a verdade ;o ser;
"O ser é ,o não ser não é"
Liberte suas inibições
Sinta a chuva na pele
Ninguém mais pode senti-la por você
Somente você pode deixá-la entrar
Ninguém mais, ninguém mais
Pode dizer as palavras em seus lábios
Se molhe nas palavras não ditas
Viva sua vida com braços abertos
Hoje é o dia em que seu livro começa
O resto ainda está em branco (...)
Nós fomos condicionados a não cometer erros,
Mas eu não posso viver desse jeito
A vida passa ráido....
e se a gente não parar de vez em quando para vive-la, acabamos perdendo tudo de bom que ela nos proporciona! ..
Em meio de tanta loucura e aflição, lá fora, a chuva caí, aqui dentro, está só eu e esse mundo que consegui criar aos poucos. Lágrimas caíram. E eu fiquei olhando para essa página em branco, coisas que deveriam ser confessadas e coisas que deveriam deixar para trás e eu mal consigo colocar qualquer idéia que seja aqui. Eu tenho um amor, um amor enorme que não cabe mais dentro de mim. Não consigo suportar.
Talvez, isso era o começo de tudo. Finalmente estaria tudo acabando, mas não consigo ver por esse lado. Peço ajudam, conselhos, tiro cartas no tarô, escolho uma concha em búzio, leio, escrevo e mesmo assim, não sei para onde devo ir. Não consigo achar uma solução coerente. Não consigo encontrar nada mais. Na verdade, não quero mais encontrar nada. Tudo que poderia encontrar, já encontrei. Vejo a vida acontecendo, mas não me infiltro nela, fico de longe, faço o que gosto que é observar.
Por um vão da janela, escapava um raio de sol, que iluminava um canto do quarto escuro, e lá, eu me sentava, abraçando meus joelhos, e encostando minha testa aos meus braços. Aquela figura patética era eu. Com os olhos fechados, sentindo medo de abri-los, refletindo sobre minhas dores em meus pensamentos, e deixando cair lágrimas pesadas, carregadas de sofrimento.