"A troca da Roda" Bertolt Brecht

⁠Malandro é o Jacaré, que nada de barriga pra cima em rio que tem piranhas.

Malandro é o Cavalo Marinho, que dá uma de peixe só pra não puxar carroça.⁠

⁠Faça dos teus sonhos um encantado castelo no teu coração, e hospeda nele Jesus Cristo, o príncipe do amor!

⁠Uma rosa não chora, mas os espinhos da roseira ferem e tiram lágrimas dos olhos.

⁠Ao escutares o pulsar no relógio do teu coração, saibas que existe o relojoeiro que lhe deu a corda. 

⁠As drogas que levam os viciados até as nuvens, não lhes oferecem o paraquedas.

⁠Malandro é o saci, que pula o Carnaval com uma perna só.

⁠Malandro é marido traído, que não faz escândalos pra não perder os chifres.

⁠Nada dói mais que sua própria reconstrução, pois se você está tentando reconstruir é sinal que tem algo destruído!

Enterrei no fundo do meu coração, a imagem que tinha de ti.
Era linda e delicada como o cristal, quebrada, não poderia ser restaurada.
E na lápide, gravei teu nome, e no epitáfio, escrevi:
Agora, descanso em paz⁠

⁠Não podemos olhar para o futuro de maneira objetiva e tratar o nosso semelhante como se ele não existisse. A lei que rege a natureza, é a lei da abundância e não a da escassez; ou tudo é bom para todos, ou nada é bom para ninguém. Que o amor entre nós seja abundante, assim como nossos sonhos de futuro. Ou se há futuro para todos, ou não se há futuro para ninguém...

⁠Leio, releio e transleio toda a minha vida à procura de respostas
Mas não encontro nada além de linhas tortas 
Vejo o cinza até onde há cores
E arco-iris se tornarem terrores

Procuro a tristeza até onde a felicidade é forte
Pois não acredito que mereço nada além de cortes
A direção da vida muda como o vento
Porém percebo que nada em mim mudou, não há ninguém me vendo

Sinto dores, tremores, arrepios e guardo mágoas
Mas consigo ser tão profundo como águas rasas

Isso me extingue, me mata
Mas é sempre o seu amor que faz com que eu renasça 

Palavras sem valor, bebidas sem teor, sinceramente acho que agora quase nada me abala, apenas uma coisa
Os surtos da madrugada.

⁠Malandro é o pato, que tem os dedos das patas ligados por membrana para não usar aliança.

⁠Malandro é o tamanduá, que não mete a língua em buraco de cobra.

⁠Malandro é quem acorda com o cantar do galo, só pra não comprar despertador.

⁠Malandra é a zebra, que usa listras para enganar os cavalos.

Quando meus olhos suarem. Quando minhas veias dilatarem. Quando a dor tomar quem eu sou, perceberá que não há como parar alguém que cresceu em meio a tormenta.

⁠A dor é uma professora severa que só sai do seu pé quando você tiver aprendido a lição.

Algumas perguntas não precisam ser respondidas. A beleza dos mistérios está na ausência de uma resposta.

Escolher viver é a decisão dos loucos, mas só os loucos podem mudar o mundo.