"A troca da Roda" Bertolt Brecht
E o corpo caído já saciado, ficou no passado
a dividir segredos com folhas secas entediadas e mortas pelo vento,
nenhum pingo de chuva, nada de esperanças, um vão entre o desejo
e solidão de quem amou...
É sábado, lembro-me dos encontros em dias de lindos luares, dos olhares...
E os passeios de mãos dadas pelas calçadas dos desejos, dos seus beijos...
Que saudade... Do abraço amigo, de ficar contigo solidão a dois...
E do aconchego deste teu nego ao beijar-te os pés, e nessas lembranças cheio de esperanças quero te encontrar...
Às vezes o meu lado adulto não admite esse amor criança que sinto, daí então, me entristeço e fujo de mim mesmo...
Hipocrisia de quem crê que amor não se pede,
Amor se pede sim, praticando, fazendo, mostrando e retribuindo
com amor... É desta forma que conseguimos pedi-lo
sem que ele perceba. E sem ser notado o pedido fica invisível ao ser humano...
Não deixe morrer a alegria, que ao longo dos anos
com os pés descalços e suor escorrendo pelo rosto, fez-se existir...
Os méritos das suas conquistas são eternos...
O céu se abriu, a lua escancarou alegria,
e a noite bordada de prata e azuis cintilantes,
iluminou a essência da minha poesia...
O fogo do teu corpo, a luz da tua alma e o brilho
do teu olhar me fascinam, hipnotizam meus sentidos...
Encantam meus desejos as tuas fantasias
e a noite ainda não veio...
Escrevo nas páginas da vida, nos muros das calçadas,
Nas areias do mar dos desejos, nas linhas das tuas mãos,
Escrevo nas estrelas do céu do teu luar,
Escrevo... Mesmo que não veja, faço teus versos...
Virtualmente falando, sou mais a vida real,
Ainda não me esqueci das minhas vontades fisiológicas...
Aquela luz no fim do túnel, sabe”? Pois é,
às vezes ilumina intermitente e as artérias latejam
quando minhas vistas se fazem ávidas a tua procura...
Os olhos daqueles que escondem, não conseguem fingir verdades, simplesmente
cegam de credibilidades...