"A troca da Roda" Bertolt Brecht

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Amizade é algo que se explica na prática...

Inserida por Sanntiago

Olhe menos a janela do vizinho, arrume mais sua casa...

Inserida por Sanntiago

Só volte ao passado, com o sorriso sincero no rosto.

Inserida por Sanntiago

Detesto que me testem, nem mesmo eu sei como funciono.

Inserida por Sanntiago

O maior desafio da mente, é não deixar o pensamento errado sair pela boca.

Inserida por Sanntiago

Pior coisa da vida não é esta preso ao alguém e sim está com alguém que não acredita...

Inserida por Ssilva23

Intimidade

Intimidade não é somente
Roubar os beijos grossos
Da mulher que passa e – sem fôlego –
Perder a noção do perigo!

Intimidade não é somente
Maldizer os deuses que saíram de férias,
Levando consigo o adeus
A imortalidade e a graça!

O íntimo pode se revelar
Na distância (real ou aparente)
Entre as almas, os sapos – pois tudo que
Respira se entende sempre!

Inserida por voualivoltoja

Escrevo para nunca terceirizar o início, o meio e o mim.

Inserida por voualivoltoja

Zarfeguiana

Te amo porque te amo
No São João sou capaz
De me queimar todo na
Fogueira elétrica

No Natal me visto de Papai Noel
E saio distribuindo
Mimos às criancinhas

No Dia dos Namorados
Faço declarações ridículas
Só pra te agradar!

Não preciso esconder
Meus parcos sentimentos
De ninguém
Muito menos de ti

Meus versos têm sabor
De pera
Maçã
E água com açúcar

Que estás esperando?
Vem no meu disco voador
Me dá um beijo quente
Sê minha musa decadente

Que um poeta
Pouco original
Pode te oferecer
Exceto um filho virtual?

Inserida por voualivoltoja

Ah!

Se todas as andreias fossem deia
Se todas as poetas fossem musa
Se todas as prosas fossem poesia

Inserida por voualivoltoja

"E" de era uma vez

Muito engraçada a história do “era uma vez”! Antigamente as estórias começaram assim: “Era uma vez”. Hoje em dia, as estórias começam assim: “Era uma vez”.

Os tempos mudaram, mas o “era uma vez” continua o mesmo de sempre. No máximo, sofreu uma leve adaptação: “Era uma vez agora” ou “era uma vez antigamente”.

O fascínio que essa expressão exerce sobre nós remonta ao passado, aos contos de fadas, às narrativas orais. Era uma vez uma menina chamada Chapeuzinho Vermelho...

Como resistir a tanto encanto e inocência juntos?

Pensando bem, a atração do “era uma vez” deve estar no “era” – pretérito imperfeito do verbo ser. Tanto que, sem o “era”, teríamos “uma vez”. Ou seja, uma expressão adverbial sem expressividade. E estilo.

Aliás, tão sem graça quanto estas: cada vez, certa vez, de quando em vez, de uma vez, de uma vez por todas, de vez, de vez em quando, de vez em vez, em vez de, muita vez, por sua vez, por vez, etc.

Agora, experimente assim: “era” cada vez, “era” certa vez, “era” de quando em vez...

Que está esperando? Mergulhe fundo no encantamento!

Inserida por voualivoltoja

Escolhas

I
Como escolher entre
O doce e o eterno?

O doce que embriaga
Como vinho e aperta
O coração no momento
Mágico da paixão;

O eterno que transcende
A vida e a morte,
Como maná que
Aplaca a sede de amar;

Como escolher entre
O cheiro e o paladar
O útil e o agradável
O beijo e o inefável?

II
Como escolher entre
O medo e o desejo?

O medo que rasga rente
Com suas garras e punhais;
O mesmo medo que
Jamais intimida os casais;

O desejo que é dor e
Prazer a um só tempo;
Apetite ardente mesmo
Quando em passatempo;

Como escolher entre
O riso e o meio-tom
O toma-lá e o dá-cá
O áspero e o vulgar?

Inserida por voualivoltoja

Tão Romeo quanto Juliet

I
Eu perdi, mas foi você quem explodiu dentro de mim
Eu morri, mas será você quem ficará para sempre
repetindo nossa canção de ninar, viu, Juju, Juliet?

II
Eu esqueci, mas você é quem cuidará do nosso
elefante branco

Aprenda com ele, “tão curto o amor e tão longo
o esquecimento”!

Aprenda com ele, tão leve o amor e tão pesado
o envolvimento!

Aprenda com ele, tão doce o amor e tão amargo
o sofrimento!

Inserida por voualivoltoja

O jovem – Ave, Maria – curte achados, perdidos e poesia!

Inserida por voualivoltoja

Prometo subir e subir e, se chegar lá em cima, prometo escapulir!

Inserida por voualivoltoja

Se me obrigarem a multiplicar a poesia por 2, vou ciciar Sam... times!

Inserida por voualivoltoja

todos os ritmos
bossais &
rurais

todos os rios
secos &
molhados

todos os eus
zarfeg &
anos

Inserida por voualivoltoja

A propósito de “Três pontos ex... citados”, peça de Carlos Alberto Sousa

Acabei de ler (reler, para ser exato) “Três pontos ex... citados”, texto de Carlos Alberto Sousa, em que ele apresenta uma peça de tese ou conceitual.

Eu gostei à primeira leitura do texto, que já vou chamar de literário, porque se revela desprovido dos elementos cênicos, como palco, música, luz e figurinos. O teatro, propriamente dito, remete ao espetáculo, à representação no palco. A rigor, teríamos o texto (literatura) e sua apresentação no palco (espetáculo). Segundo Aristóteles.

Mas, voltando à peça, o autor coloca em discussão algumas questões há muito conhecidas de nós, quais sejam, o fideísmo, o ateísmo e a luta de classes. Ele inclui também, com muita competência, elementos pop – o tráfico, o rock, o sincretismo religioso – e elementos metateatrais – o fazer artístico em debate.

Numa peça breve, composta por oito atos brevíssimos, Carlos Alberto narra uma história bastante interessante, em que os personagens são dirigidos por um diretor manipulador e ávido de messianismo. Enfim, um Brecht às direitas.

A trama – envolvendo o elenco (os “bíblicos” Paulo, Davi e Sara, especialmente) e o diretor – trata de uma tragédia (com a presença dos elementos clássicos, inclusive o recurso do chamado “deus ex machina”, consubstanciado pela presença da Bailarina). Isso fortalece o argumento de que estamos diante de um texto literário que, ainda segundo Aristóteles, precede e se sobrepõe à montagem teatral, ao espetáculo. (Por isso, o cinema nunca será literário!)

Já tive a oportunidade de assistir, no Teatro Municipal de Cabo Frio, a uma performance de autoria de Carlos Alberto, a qual me deixou muito impressionado com o talento com que ele havia conduzido o texto e dosado a densidade temática. Com “Três pontos ex... citados”, não é diferente.

Aliás, mesmo quando faz versos, meu confrade e amigo Carlos Alberto deixa transparecer seu lado dramaturgo. Isso – em vez de restrição – é um elogio. Aristóteles, de novo, não me deixa mentir.

Mais que impressionado com a peça filosófica “Três pontos ex... citados” que acabo de reler, já me vejo torcendo pela montagem dela. Gostaria muito de ver (o verbo apropriado é “interagir”) Paulo, Sara e Davi no palco. Pois, ao contrário do filósofo grego, tenho certeza de que será unir o útil ao agradável. Com perdão do lugar-comum.

Inserida por voualivoltoja

IX

Erigir um país sobre
Pedra
Ferro
Areia
Fá-lo uma nação?

Moldar uma massa sobre
Princípios
Zelo
Suor
Fá-la um povo?

[Trecho de "Catando pedras no caminho"]

Inserida por voualivoltoja

A propósito de caligrafia, letra cursiva e outras belezuras

Para passar a régua nesse assunto cheio de boas intenções (proposto pelo amigo Wilton Soares), segue depoimento.

Desde pequenininho lá em Água Preta, sempre fui fascinado com letra bonita, desenhada, etc.

Por mais que tentasse, contudo, minha “caligrafia” continuava horrível. (Há uma espécie de esquecimento etimológico aqui, uma vez que “caligrafia” já quer dizer “escrita bela”, né?)

Pois bem. O tempo foi passando e aquele menino, por ironia do destino, acabou se licenciando em Letras e Literaturas Brasileira e Portuguesa, mas a letra seguia feia, horrível, pavorosa.

Professor de língua portuguesa, poeta e jornalista. E a bendita caligrafia... torta de nascença!

Para resolver o problema, cheguei a comprar aqueles cadernos de caligrafia... para praticar. Em vão. Os dedos, duros por natureza, não obedeciam ao comando do cérebro e, zás, descambavam para cima, para baixo ou de través, ignorando a bendita linha, como um trem desgovernado!

Frustrado, cheguei a dividir o mundo em duas classes de pessoas: as que têm letra bonita e as que não têm. (Minhas duas filhas têm uma gracinha de letra, o que descarta qualquer tipo de herança nessas questões caligráficas!)

Fato é que, se tivesse uma letra bonitinha, desenhadinha, cursivinha, estaria dando aulas de gramática, já que sou expert no assunto. Mais: já teria escrito uma gramática ou alguns manuais de português instrumental.

Na impossibilidade de me tornar professor de português, virei poeta. Os dedos continuam duros, mas o pensamento segue maleável, mágico, feito fumaça. Felizmente.

Isso é tão verdadeiro que, atualmente, no máximo, me permito autografar uns dois livros ou, mais raramente, assinar o nome de batismo...

Eu? Sigo grato aos modernos editores de textos, sem os quais ainda estaria sofrendo com a velha Olivetti ou, muito pior, me recuperando duma Lesão por Esforço Repetido LER)!

Oh

Inserida por voualivoltoja