Jean la bruyère
Busquei em mim, algum sentido pro que eu sentia, só encontrei um coração quebrantado, tentando se libertar. JC
Mudou tudo em mim, eu esperava que você aceitasse, só não tinha entendido que você também havia mudado. JC
Hoje era para ser diferente, mas não foi;
Não sei o que fiz ou ao certo, deixei de fazer;
O que eu queria mesmo era afundar-me dentro de mim, repousar a minha alma e deixar o vento responder ao vento;
Na verdade, a única coisa que doe é o coração, o resto me continua, mas eu não queria ser eu, eu queria ser o sonho dela;
Eu queria memorizar uma chegada;
Ainda que fosse num cavalo alado, pena que não tenho aptidão para ser príncipe;
Queria ter a mais bela rosa, com o mais puro perfume, suave, meiga, a rosa se parece com ela;
Eu queria fugir, pegar o meu barco e parti, parto;
No meio do mar eu seria mais eu, seria só eu, meus medos e a lembrança, pena que não tenho barco;
Já sei, vou tocar a mais bela canção, juntar frases de amor, quem sabe o vento leva poesia ao ouvido dela;
E assim foi feito, romperam-se as cordas do violão, só não sei dizer se ela ouviu, mas ainda espero ela cantar de volta.
É preciso ver mais do que os olhos possam mostrar, ouvir mais do que os ouvidos possam escutar, e sentir mais do que a pele possa tocar, é preciso ver alem da estrada, ouvir alem do silencio e sentir além do calor, é preciso reinventar os medos, é preciso mudar, o obvio nos torna iguais, iguais a nós mesmo. JC
A vida é uma extensa dimensão entre altos e baixos, no apogeu intensifique suas energias para viver intensamente cada segundo, no declínio, pense e reflita, deixe que o silencio fale por você. JC
Saudade do tempo que não volta, onde o maior desafio era se equilibrar na bicicleta;
Era empinar pipa e travava grandes batalhas com o vento;
Saudade de ser irresponsável, onde minha única aptidão era andar descalço pela rua e rir com tudo e com todos;
Era brindar mar de risos com amigos que não sei mais quem são;
Saudade de viver o presente como um presente e gastar todas as energias como se aquele fosse o único momento que restasse;
Saudade de ver o arco-íris e afundar numa alegria imensa que não sabia de onde vinha nem para onde ia;
Era correr para alcançava tudo que eu podia ver;
Saudade da verdade era falar realmente o que era, e assim não era, era pureza;
Era num banho de mangueira aventura-se nas ilhas do caribe;
Saudade de dormir no aconchego do meu quarto, contar as estrelas e imaginar todo o espaço nas minhas próprias mãos;
Era fantasiar o mundo, onde o rei era eu e decretava uma única lei, ser feliz;
Saudade, nostalgia, na verdade era nostalgia, agora é querer viver de novo;
A poesia e o medo
Medo de arriscar, e não permitir voar, porque o abismo parece perigoso demais;
Medo de amar, e não sentir a máquina do mundo, aquilo que nos deixa mais próximos do criador;
Medo do romantismo, e o que os outros pensam e comentam incomoda tanto;
Medo de agir, e o não, ainda parece ser a maior derrota da vida;
Medo da paixão, e a dor dar ares de que é mais forte que o amor,
Medo do tempo, e a sensação surge, não fazemos nada, o tempo passou fui e estou no nada,
Medo do futuro, e a incerteza do que vou ser amanha, o frio que bate sem repostas e sem compreensões;
Medo dos sonhos, e a maldita percepção de que sonhos são fantasias e a realização é improvável, incerta e incrédula;
Medo do destino, e o acaso, eu não domino e não quero que decisões sejam tomadas por mim mesmo;
Medo das escolhas, e o caminho muda, escolher é arriscar, é seguir um rumo que talvez não tenha volta;
Medo da derrota, e a queda dói, e não percebemos que a derrota nos torna tão grandes quanto a vitoria,
Medo de aprender, e o desconhecido incomoda, não sentimos o valor de que no novo, nos refazemos;
Medo de lutar, e o conflito nos assusta, lutar não é ir a guerra com uma arma é combater tudo aquilo que nos incomoda é buscar aquilo que nos completa.
Medo da dúvida, e a incerteza passa a ser tenebrosa, e não sabemos que sábio é aquele que na dúvida encontra mais dúvida, porque ele sabe que nossa dúvida não é condenação é só uma busca por algo que talvez não tenha respostas;
Medo de ter medo, e o medo nos deixa pequeno, por medo de ser grande.
A uma justificativa para a mudança? Creio que a mudança é tão necessária quanto à própria existência. Mudar é a capacidade de adaptar-se ao novo, ao velho e ao desconhecido. Mudar é aprender.
As vezes a solução dos maiores desafios está no SIMPLES da vida. Acredite, o caminho as vezes parece difícil, mas só parece. JC
É preciso reconhecer nossas falhas e expor os nossos medos, isso não é para nos tornar pequenos é para nos libertar, pois a maior fonte de luz da vida habita em seu coração, torne-se livre, afugente o que te incomoda, desapegue do que te atrasa, dê uma chance para a vida, dê uma chance para você mesmo. JC