"As Boas Ações" Bertold Brecht
Tudo que está aqui não chegou por acaso, pois veio com exata precisão: os segundos e os minutos fazem parte da soma do tempo, que te leva para eternidade.
Racismo: meu coração tem a pele negra, que serve como tambor, onde o som ecoa tal qual poder de raças e etinias. Nascemos dentro de uma história de liberdade. Quem é você e quem eu sou? Um ser pensante não olha corpos nem cor. A sombra tem consciência: juntos somos mais fortes. O que passou foi um rascunho.
A esperança está a postos para uma única pulsação, desde o minúsculo átomo até o maior dos mundos: declarar que Deus é amor.
Cenografia: o cenário nasce nos primeiros quinze dias, e morre, num tédio visual, em menos de alguns meses.
A felicidade foge do poder da vadiagem e dos prazeres mundanos. Ela se achega, cola no amor e na consciência tranquila do dever cumprido.
Após emitir seus últimos raios em cima da terra, o sol, com elegância, se despede, deita e dorme no poente.
Homossexual: sou banido do afeto e do social. A puberdade me cobre com cinzas de um vulcão, onde a nuvem de fumaça densa me confunde a identidade. Olhares de raio X, amiguei... Com muitos ais, nu e exilado, sou gay.
Meu nome é Leila: tenho pequenos olhos para ver, boca para comer e beijar, mãos para tocar, pintar e escrever. Mas também tenho um coração para amar e um cérebro, com gratidão, para desfrutar de tudo.
Toda escolha, de quais palavras se deve usar para falar ou escrever, possui um motivo por trás disso.O amor, porém, não tem razão nenhuma.