Jean la bruyère
Ando solitário
Pois a companhia que tive
Hoje não tenho mais
É um lá e outro aqui
E o que me falam , não querem o revide.
E as palavras tem peso
Que quando uma vez dita
Não há mais de ser eu mesmo
Talvez por isso seja eu o solitário
Cujo as amarras da vida ensinou
Do bobinho que eu era
Ao homem que sou
Poderia eu por te acertar cada nota de La campanella
faria eu obras destinadas á ti
escreveria poemas e poesias de ti
mas não queres a mim.
No luar da noite, lá está eu, sufocando em meio própria suor, em um quarto escuro e sem vida, refletindo sobre a boemia da vida e seus percursos, me encontro refletindo no sentido da vida. Caindo a cada segundo em meus mais profundos e perturbados pensamentos, lutando para sair desse quarto escuro no sonho de encontrar uma luz que me guie de volta aos brilhos das estrelas.
Deus está ao seu lado nos bons e maus momentos, ele está lá quando você chora ele está lá quando você rir.
Como consequência ate aqui foi descobrir que no fundo , bem lá no fundo, temos que nos amar primeiro, viver nossos sonhos, Para quando chegar no ciclo final da vida, não dever nada nem a mim e nem a ninguém ...
Nó na garganta
Estou sentindo um nó,
daqueles que surgem,
reto, sem dó,
lá, no fundo da garganta.
Parece ter sido bem feito,
na margem do anseio,
sobrevive o sacripanta.
Um calo na voz,
de uma voz que se cala,
segue faceiro,
sem galanteio, ganhando escala.
Globus faríngeo (é o nome do danado);
Assim foi batizado,
com a ansiedade mancomunado.
Me impedindo de respirar,
ofegante e desesperado,
devolva meu ar,
saia do meu canal,
sofrimento carnal,
coração despedaçado.
Reflexo interior
Diante do espelho não me reconheci
Quando viajei para dentro de mim
Lá então pode ver
Que eu não era quem pensava ser
Vagando nos pensamentos eu fico
Uma vida sem rumo eu vivo
Queria saber aonde ir
Tantas dúvidas parar de sentir
Olhei para o relógio
Os ponteiros se mexiam
Mas meu corpo parado permanecia
Então levantei e falei para mim
Que não iria mais viver assim
Alan Alves Borges
Livro No Olhar Mergulhei
Nenhum homem está isento de ansiedade, mas aquele que não está apto a dominá-la, não está no controle de suas próprias decisões.
Foi por Caxias que perdi meu ar
Será que foi lá que fui me apaixonar
Nas subidas e descidas
Vi a moça da mais bela vista
Mas como aprendi
Boniteza não se coloca na mesa
Na eloquência da sua fala, percebi
Valores que refletem a sua nobreza.
Antes que o Alzheimer me domine
Nessa poesia venho eternizar
Como gostei de te conhecer
Mesmo que o não venha a te encontrar
Eu já fui sozinho
Já voltei também
Quando estava lá
Sozinho ficava
Quando estou aqui
Sozinho fico
Sozinho
Som estranho
Parece um carinho
Meu cachorrinho
Meu amorzinho
Falar de mansinho
Um sol pequenininho
Mas voltando sozinho
Daquele lugar que nem sei onde fica
Achei que sozinho estava bom
E lá fiquei
Mesmo aqui
Mesmo acola
De lá não saio
Esqueci o caminho
Escaldei uma rosa no mais indecente compromisso, assim lhe fazendo queimá-la e escurecer, a rosa representa a vida, já o fogo que não temos salvação, seria a morte o caminho mais claro? Porém, o mais cruel, queimar até a morte valeria pelo simples fato de ter vivido muitas coisas? Ou por acreditar que após isso seremos recompensados pelo simples fato de existir, assim indo para um lugar maravilhoso já que aqui não existem mais maravilhas, afinal nós mesmos as destruímos.
Uma coisa aprendi:
A vida é frágil e melindre
Duro é vivê-la...
Por isso é que vivemos fugindo
O tempo todo tentando evitar
A todo o custo
Que a vida se quebre, se dissolve
e se esfume...
Sinto tanto a tua falta, mãe, que tem dias que o mundo parece não ter mais graça sem você ao meu lado.
Não adianta, a pessoa pode ser ruim o que for… se você tem sentimento por ela, você vai desejá-la mais forte do que quando desistiu de tê-la em sua vida
Era possível amar uma pessoa sem entendê-la por completo. É possível amar partes dela, e não o todo.
“Fugindo de mim”
Preciso respirar e sentir o teu perfume,
Vê-la desabrochar pelo o campo,
Num espetáculo de cores e beleza,
É tu a mais preciosa da natureza;
Se porventura pudesse voar,
Subiria a mais alta montanha,
Livre ao vento brincar nas alturas,
Só na intenção de todos os dias te observar;
Se no oceano se esconder de mim,
Mergulharia junto os golfinhos,
Pulando, brincando em acrobacias,
Feliz se algum lugar poder te encontrar;
O teu disfarce de estrela cintilante,
Por mais difícil que seja descobrir,
Eu tocaria uma a uma com meu beijo,
Pois beijando sempre ganhei teu abraço;
E por fim se te transformar no tempo,
Andaria na eternidade te seguindo,
Por séculos e séculos sem cessar,
Pois agora é nosso tempo, o tempo de amar.
Deutes Rocha Oliveira (Parauapebas-Pa, 06 de novembro de 2023)