Jean la bruyère
LUA
Lá pro final da tarde,
Quando se recolhe o sol,
Pra não ter dor de cabeça
E nem tomar "lupacol",
A lua que é poeta
Pega carona na luz
Do sol que já se aquieta
... E inspirada nos conduz!
Não venha bagunçar a minha mente hoje
Eu tenho o maior cuidado de organiza-la todo santo dia pela manhã quando acordo
Crio vários cães famintos presos em correntes gastas pelo tempo
Eles se multiplicaram na minha pior fase
Então não venha bagunçar a minha mente hoje
Não venha me dizer que sou fraco ou medroso, ou ainda, dizer que sou um atraso nesta vida
Só eu sei a força que tenho exercer contra os meus cães quando eles estão famintos ou com sede
E nem estou falando de comida ou água
Eles podem ser invisíveis diante dos olhos dono da verdade, enquanto que os cães enxergam até uma sobra no escuro
Então, não venha bagunçar a minha mente hoje.
Consegue ouvir-los latindo?
Não?
Olhe para mim, olhe para meus braços
Consegue perceber a força que estou exercendo?
Não?
Agora olhe para meus olhos
Viu?
Eles estão tremendo, e não é de medo, estou apenas excedendo mais força nas correntes enquanto você fala as suas verdades
Eles são mais forte do que você pensa
Então, não venha bagunçar a minha mente hoje
E agora, consegue ouvir-los latindo?
Sim?
Olhe para o céu azul
Ele está lindo, não é verdade?
Então, não deixe que ele escureça
Então, não venha bagunçar a minha mente hoje
Devaneios
Olhe pro céu agora
O céu nitidamente azul
O sol brilha la fora
É outono e as aves já foram pro sul
E eu não ligo se faz frio ou calor
Subitamente me pego
Alegremente me entrego
Infelizmente me apego
E sempre sozinho curo minha dor
Eu quero estar perto
Perto de quem me faz sorrir
Estar de amor coberto
Também fazer retribuir
Dias sim , abastecido de amor
Dias não , vazio e com dor
Os devaneios dos meus pensamentos e ideias são como uma criança hiperativa que não sabe a hora de parar.
Os barulhos são divertidos , são tempestades , são alivio, são refugio, são declínio, são ascensão, são diluvio , são sonhos , são sim e também não.
Diz me lá porque afinal não ama o seu irmão? Mas é alguma novidade pra si que o processo é longo e mas tarde chega para cada um de nós tudo aquilo que foi plantado? Diz me lá porque não fica feliz com o momento de outrem que entrou na luta muito antes que si?
Isto é um julgamento hoje vamos conversar comece por me dizer aonde anda o senhor amor que existia por mim quando eu sofria, e agora que abracei ao topo não me queres por perto tanto quanto prefere invejar em vez de apoiar. Mas não eras tu que dizia amar – me e estaríamos juntos de mãos dadas enfrentando as barreiras cá postas?
Mas afinal era tudo farsa, aquele sorriso que cobria o seu rosto quando a vida laureou – me como resultado das noites mal dormidas? Mas afinal era farsa, aquele aperto de mãos que significou paz pra mim, morte pra ti porque paz é bem-estar e pra ti eu só tinha que sofrer porque a minha felicidade o incomoda.
Se bem me lembro foi você quem chamou – me para juntos lutarmos contra a mesquinha antiga minha vida e sorrirmos logo na nossa primeira conquista. Mas como é que aconteceu esta mudança em nossas vidas, então porque apoiou – me se no final iria desejar a minha queda, mas como é que saiu de estrada pra estraga?
Mais como é que ver alguém feliz lhe incomoda? Mais como é que um sorriso verdadeiro no seu rosto já não transborda? Mais será que é mesmo verdade que a maldade transformou o seu coração em pedra e os sentimentos já não lhe consentem sentir a generosidade para perdoar um erro cometido sem querer?
Ainda não me respondeu, porque não ama o seu irmão? Comece por renovar o seu coração para que o brilho cintilante das estrelas lhe possam rapidamente colocar no período de convalescença porque não amar é uma doença.
E há muito que eu lhe quis perguntar se assim acha que esta a viver? Não, não está a viver, não está a crescer mas o momento lhe permite mudar o rumo e voltar ao primeiro amor aonde nunca devesse ter saído.
Ainda bem que me foi depositado a confiança do Monstro Poético, agora mesmo começarei por visitar os maldosos corações e plantar entre eles a antiga pureza que Cristo carregara em seu coração.
E quando for restaurado o seu coração de essência prometa que nunca mais irá brincar com os sentimentos de alguém algures pelo mundo procurando por alguém para passar a vida dedicando o seu amor.
Prometa que nunca mais irá invejar o seu irmão e saberá aguardar as consequências de seu trajeto.
Prometa também que nunca mais irá sentir – se desconfortável quando alguém em sua frente estiver fazendo sucesso, quando alguém em sua frente estiver ilustrando o sorriso feliz por mais uma conquista. Mais desta vez eu quero prometas cumprindo.
Pois, saiba que aqui somos estafetas do amor, não há espaço pra dor, branco ou preto, tudo é cor num só resplendor que num minuto ofusca todo ódio presente nos corações, levando animações constantes porque aqui somos paz interior.
Rabiscando a vida.
Rabiscando
Sobre as linhas retas
Que não posso ver
Vindas lá da luz do céu
Encobrindo o breu, que nos convida
Com palavras que não posso ouvir
Nada é incrível, no entanto
Elas são tão claras
Quanto a cara imprecisa
De sorriso obscuro
Escondida, atrás do muro da vida
Quanto o brilho do ouro, que não tenho
Mas eu sei quanto estão lá
Vou rabiscando em desenhos
Solução pra tantos medos
Quantos enredos mirabolantes
Entretanto, nada inverossímeis
Pois eu sei o quanto estão elas
Sob a luz das velas
Sob o malho de cinzéis
Prontas pra se revelar
Talvez como simples rascunhos
Sob a força dos punhos
e a constãncia da vontade
Essas, em linhas não tão retas
Pois a verdade se curva
Pra se alinhar com o horizonte
Azulado e verdejante
Cujo limite do olhar não alcança
Não alcança de olhar aberto
É preciso um pensar mais longe
Pra poder enxergar
O que esteve tão perto
Mas oculto sob o malho dos cinzéis
Quantos céus e quantos outonos
Verão teus olhares mornos
Teus ouvidos vitrificados
Quantos vasos queimarão teus fornos
Carentes de um olhar mais puro
De enxergar no escuro
Encobertas pelo breu que te convida
A enxergar de forma assim, tão clara
A cara da vida?
Edson Ricardo Paiva
A disciplina te leva à excelência, a consistência te mantém lá, e a força da tua mente te faz ir além.
E lá vem o medo de novo com essa mania de colocar limites na gente, mas eu o encaro de frente e mesmo um pouco esmorecida finjo que estou cheia de coragem, ele acredita e passa batido por mim.
Às vezes, buscamos alturas emocionantes, pensando que lá encontraremos a perfeição e a beleza que desejamos. No entanto, muitas vezes, a verdadeira paz e felicidade estão enraizadas na simplicidade de ter os pés no chão. Ter o controle sobre nossas escolhas e caminhos nos dá uma sensação de segurança e liberdade que nada mais pode igualar. A verdadeira felicidade muitas vezes reside na capacidade de decidir o que não seguir, escolhendo o que nos faz verdadeiramente bem.
não tenta separa o que já
se foi quem valeu a pena
a vista la depois perante
outros lemas
si erguendo
a todo instante
rompendo as algema
O domo, as dunas e nós
Não me irrita.
Olhe para cima: o domo está vermelho, o céu está azul e lá embaixo, estão as dunas, nosso deserto, nossa solidão. Ao nosso redor, estamos nós, os dementes! "Malucos beleza", como ele já dizia. Ligo o rádio e só ouço Carandiru. O massacre está confirmado. Sinto-me cair. Penso no domo, penso na sequela na cabeça de cada um. Juro, você ganhou. Amadureceu ou enlouqueceu?
Vou gritar e dizer a todos: o fim do século está nos vendo. Estou com medo. Vamos beber e zoar, esquecer do fim. Então, não me irrita. Estamos unidos pelo domo; ele está vermelho, mas o céu ainda está azul. O fim do século está nos vendo. Estou com medo. Vamos beber e zoar, esquecer do fim. Apenas os de QI acreditaram; eles também são dementes! Eles não têm limites, são livres em seu mundo. Paro e olho além do domo, e peço que a vida dê a cada um de nós a chance de viver cada dia feliz, cada qual com sua visão de felicidade!
"O amor é assim um sentimento sublime que está lá no fundo do seu coração e não extinguirá jamais."
Vento que venta
Vento que venta lá, venta cá
Dois pesos
Duas medidas
Duas almas aflitas num jogo de azar