Jean la bruyère
A morte
Lá vem ela, montada em seu cavalo de aço e vestida de azul turquesa.
Vem pronta pra fazer tremer os jovens, os que fazem plano a longo prazo.
Lá vem ela cheia de elegância, exuberância e cheia de surpresas na bagagem de mão.
Ela vem veloz, feroz, arrasadora e fazendo varredura.
Leva consigo o bom, o mau, o bicho do mato, o animal.
Ela vem, não é surpresa pra ninguém. Ela sempre vem, depois vai, depois volta.
É pacífica para quem já venceu o tempo, dolorida para quem carrega um mundo a sua frente.
Chega em noite de chuva e quando o céu tá claro.
Ela vem para todos nós, pois morrer para a morte é viver.
“Gostaria de reinventar a realidade à sua volta... Colocá-la-ia no meio de meu caminho ou pôr-me-ia no meio do teu. Em suma: seria o caminho por onde caminharia o meu amor.”
De tantas eras, com tantos planetas, tive a incrível dádiva de encontrá-la na mesma estrela. Uma dama assim, de brilho que não tem fim, quem me dera uma pessoa dessa pra mim. Uma nobreza fascinante, que impressiona até diamante, com seu valor, incrivelmente gigante. Espero um dia te encontrar, para em teus olhos olhar, fazendo a finitude me encantar. Enfim o universo irá dizer, como foi bom eles se conhecer. Nesta possível única vida, o que mais belo eu posso dizer do que eu amo você?
A raiva pode ser útil - mas é importante canalizá-la estrategicamente, em vez de deixá-la consumir nos
A morte de cruz é a evidência daquele que encontrou a Vida em perdê-la e sua decisão em seguir Aquele que nos trouxe a Vida em sua morte, é a diferença entre os Vivos e mortos vivos!
E lá se foi o malandro...
Era um espertalhão mentiroso, ou um mentiroso espertalhão.
tão bom, que até ele mesmo acreditou em si.
:...Nada de desistir quando você estiver no fundo do poço, pode ser lá que seu ouro está enterrado...:
O que passou ficou lá atrás!
Vamos atravessar nossa jornada olhando a frente com olhar esperançoso cheio de fé!
n'alma não
o trombo passeou
pra lá e pra cá
avisando
vou parar
vou causar
se prepara
veia
artéria
fazer miséria
mas...
trombada procê trombo
n'alma é que não pega não
então...
piu
lá
claro que quando lá chegaram
nada mais havia
nem ossos
nem peles
nem músculos
nervos claro que não também
tão bem estava claro
que mais havera de haver
para quem só tinha corações
somente restariam em cinzas as emoções
forte ser, é acordar amanhã e prosseguir...
piu
A mentira é um segredo que por mais guardo que ela esteja,
Não há cofre que possa guarda-lá eternamente.
E lá tudo era perfeito…
Lá, ninguém era cego ou mau olhado
Porque eram todos Reis do Reinado;
Não havia roubos ou ladrões,
Nem corretivos ou cem perdões;
Eram amigas, a pressa e a perfeição;
Quem caçava com gato, tinha cão;
Havia galhos para todos os macacos
E promessas não caiam em sacos;
Águas nunca vinham em bicos,
Os espertos não eram Chicos
E todo o pecado era omisso!
O feiticeiro era amigo do feitiço
E este não se virava a ninguém;
Não havia mentiras a beijar bem,
Todas socavam com verdades;
Casas não tinham portas e grades
Pois não haviam almas gulosas.
Lá dentro havia um mar de rosas
Na carta fechada do casamento
Porque todo o mar era bento.
As rosas não tinham espinhos
E gaviões não seduziam ninhos.
As cercas não eram puladas
Nem por bruxas nem por fadas;
Maridos diabos eram santos;
Não havia querelas pelos cantos;
Judas era coisa que não havia
Nem sequer no dicionário;
O vinho não batia nas cabeças
E a culpa casava-se sempre
Quanto mais não seja
Com o confessionário!
Marido itinerante
Tenho mil caras nas algibeiras
Que trouxe de mil países!
Por lá, vi favos em figueiras
Onde cometi mil deslizes
Porque o mel dos figos
Estava perto dos umbigos!
Não há coração que eu plante,
Nem flor que em mim floresça
Porque sou marido itinerante,
Sem remorso que me cresça!
Oh senhores! A minha culpa,
Que já não se sente culpada,
Não sabe se trair é desculpa
Ou se a esposa não é amada!
Pobre passarinho
Vem devagar, de mansinho,
Em doces pezinhos de lã.
Sorrindo sobre o meu ninho,
Traz-me no bico o passarinho
Uma linda romã!
Com tal engodo, a avezinha
Fustiga-me sem piedade,
E deixo a minha casinha
À sua nova rainha
Por minha ingenuidade!
Da rosa não vi o espinho,
Nem romã, nem maldade,
E no entanto o pobrezinho
Não sou eu, é o passarinho
Que não tem dignidade!