Brisa do Vento
O vento sopra o ar da manhã. A brisa leva o pó de meus pensamentos, logo ao acordar. Desperto para a vida que vive em minha história.
A brisa sempre é um alento,
não para, leva e traz recados,
percorre as paisagens do tempo,
tocando a face dos enamorados
Quem me dera morrer de mar
Como voar, olhar o horizonte, sentir brisa
Abrir os braços e fechar os olhos
Sentir-se um pássaro a alçar vôo
Peitando o vento como se fosse o mestre dele
Exigindo que tamanha força invisível exista em benefício de si
No desejo de caminhar na praia
Olhar a linha fina que separa mar de céu
Parece tão delicado, uma cama aconchegante para deitar
Mas é uma enganação
Porque esse pedaço de lençol azul que toca apenas as pontas dos seus pés
Pode em poucos passos te afogar
E quem me dera poder escolher minha morte
Por mais dolorida e aflita
A morte no mar é bonita
Em desespero afogando você vê turbilhões de vida em volta
Tocando sua pele buscando te reconhecer
Eu tentaria não me debater
Mas contemplar toda a vida brilhante que me cerca
À medida que meu espírito se esvai
Quem me dera morrer de mar
E fazer do oceano pro meu corpo morada!
O vento costuma varrer determinadas impurezas; mas pode acumular sujeiras; por isso, não deixe margens para acumulação de destroços; seja recipiente do amor, deixando espaços para que o vento traga a suave brisa das manhãs de cada dia.
Brisa
Olhando pro ceu,
E a lua encoberta pelas nuvens,
O vento batendo nas arvores,
Uma brisa suave declinando sobre meu rosto,
E uma certeza de que a tranquilidade existe e esta proxima,
coração alegre em saber que vc esta aqui
Longe em distancia, mas viva em meu coração!
Chave que abre a porta da esperança,
Que engole o desespero,
Apareça,
Desmistifique essa necessidade de solidão,
Mãos serradas ao apego,
Pés no alto,
Desgrudados do chão,
Vôo ao céu,
Em caneta e papel,
Sem necessidade de foguetes,
Nem ao menos avião,
Brisa que bate de leve,
Na janela do meu quarto,
O vento me leva,
Eleva,
Os pensamentos dentro de mim, fluem audíveis,
Para os outros invisíveis,
Sem ressentimentos,
Passo breve,
Bem de leve,
Vida que segue.
Brisa da tarde, vá onde não posso,
abraçar a quem quero bem,
traga de volta um abraço,
porque eu quero também !
A minha vida é como uma nuvem! Nunca está do mesmo jeito, às vezes encho os céus e as vezes escureço, as vezes sou um clarão um relâmpago ou um trovão, as vezes sou uma sombra posso ser raios ou uma chuva mansa ou de devastação, as vezes a brisa me leva as vezes desapareço e quando reapareço estou de outro jeito não sou o mesmo, as vezes sou mais as vezes sou menos, sou uma nuvem levada pela brisa do vento.
Vento
É de tarde, o céu azul nem a mancha de uma
nuvem se nota.
Os galhos da árvore parecem com as folhas
conversarem.
Ao pé da árvore, as crianças brincam, e os
adultos amigavelmente conversam.
Do horizonte tão calmo, começa vir um vento
suave, e traz consigo uma brisa.
Brisa que aos poucos transforma-se em vendaval
forte, e a impressão que se tem é a de que
forças muitas o sopram com fúria, com a intenção
de limpar ou destruir.
A árvore estática em seu lugar esta, e sua conversa
com as folhas, e as suas vizinhas, cessa.
A impressão que se tem é de que o assunto entre elas
era confidencial, para que fosse interrompido tão
bruscamente, então as folhas são derrubadas ao chão.
Redobra o vento em sua força e raiva, enverga a
árvore, e se espalha pela planície.
Como veio, ele foi, deixando desolação e dor.
Essa força é estranha, o homem não a vê, mas sente.
Quem do vento, será o senhor?
Roldão Aires
Membro Honorário da Academia Cabista de Letras Artes e Ciências
Membro Honorário da Academia de Letras do Brasil
Membro da U B E
PORTO SEGURO
Vento passa
Tempo amassa
Brisa mansa
Gente cansa
Ascende vela
Rumo a ela
Mar aberto
Prumo incerto
Sai da sala
Porto e mala
Frio no peito
Dê seu jeito
Sem demora
Vida implora.
Você veio como uma tempestade. Ventos fortes que pareciam não ter fim.
Não acreditava que a velocidade desse tornado fosse acalmar, mas logo após seguiu-se uma brisa leve e vi que na tranquilidade de um vento suave estava a calmaria e a resposta que precisava.
O melhor disso disso tudo é que seus ventos não levaram minha essência, a brisa que me atingiu me fez ver que as tempestades podem ser intensas, porém passageiras. Fazem estragos, mas não impedem recomeços...
A chuva torrencial tinha notas em graves e agudos molhados e saltitantes pelos caminhos que percorria sem parar. Era uma desvairada vontade de vencer obstáculos e chegar ao destino, mesmo sem saber onde este seria. Essa chuva repentina veio acordar o coração que dormitava, embalado por sonhos de verão, pés na areia, brisa marinha e gosto de sal nos lábios. Depois de abrir os olhos, senti-la e vê-la, vieram as lembranças de dias assim, cortinas fechadas, ausências e frio, quando outrora houve o adeus. Enquanto uma chuva assim caía, houve a partida, portas bateram sob o vento arrasador e que gemia junto às lágrimas do momento derradeiro. Não foi a chuva que provocou isso, foi a vida e junto às nuvens do tempo, em outro plano estás ainda a dizer: amo você e cada gotinha que caia, trazia o recado - a nostalgia do não mais...
LITORAL
Logo cedo de manhã,
andei na beira do mar.
Vento é leve feito brisa,
muito bom pra respirar.
Eu amo passar o ano
ao lado do oceano,
vendo a onda renovar.
Tranquila buscava atravessar uma campina seca e extensa e sentia apenas a serenidade de um vento morno e de mato seco...
E assim, desavisada, me bateu um vento forte, o coração estremeceu com toda a possibilidade de tempestade e aquele vento tocou música em meu coração, mas recuei...
Recuei diante de toda possibilidade e vontade porque bem sei que tempestades deixam suas marcas, deixam destroços e saí da campina que por um instante já não era mais seca e fui embora deixando os ventos fortes que me balançaram tão vigorosamente...
E ainda agora, fechando os olhos posso sentir uma leve brisa que aquele vento impetuoso deixou...
Minha cabeça virou nuvens
E deixou-se se levar,
Pela tal brisa do vento
Me perdi, não sei me achar
Fui querer vomitar frases
Que não queriam pular,
Como andar no sol em chamas
Derreti o meu olhar.
Um poeta sem palavras,
Um passo a passo sem chão,
Um passarinho sem asas,
Uma estrela sem clarão,
É igual juntar pedrinhas
Desenhar com elas no ar,
As ondas ondas do mar, pulsantes,
Que só queriam voar.
"Hoje, senti novamente aquela brisa quente, de verão, me açoitar a face.
Aquela brisa, que traz frescor à pele, mas o coração arde.
Aquela leve brisa, que me lembra o seu beijo, a cada fim de tarde.
Brisa leve me traz você aos pensamentos, mas a ventania, não me leva a sua saudade.
Se és tu, uma parte do meu eu, então sou só metade.
Eu tentei fazer-nos um só ser, não deu, faz parte.
Disse mil vezes ao meu eu, que é amor; ao mundo, que é só uma paixão; mas eu sei, é insanidade.
Fantasia, faz de conta, nada de realidade.
Queria seus cabelos sobre meu peito, o seu beijo em minha face.
Mas o desalento é cruel, e meu âmago é só saudade.
O culpado sou eu e minha leviandade.
Ou talvez, a culpada seja aquela brisa quente de verão, por te lembrar, ao me açoitar a face..."
Mesmo que você sintas as gostas da chuva no teu rosto mesmo que sinta uma brisa suave no teu delicado rosto mesmo que sinta um vento forte passar pelo seu pescoço lhe fazendo arrepiar dos pés ao pescoço não tema nem sinta remorso pois as gostas são as lágrimas do meu coração e a brisa são o encontro suave dos meus lábios aos teus e o vento forte e o meu amor que castigado com a distância viajou de carona com o vento para te abraçar e nunca mais te deixar pois sem o teu amor eu estou morrendo de tanto te desejar pois para sempre só quero te amar