Brisa
A brisa noturna convida
para o ato criativo da linguagem,
O lirismo me leva fácil
pela mão e me põe diante de ti,
Para a poesia só digo sim
porque carrego você em mim.
Acordar cedo em Rodeio
Acordar cedo em Rodeio
é sentir a brisa fresca
do Rio Itajaí-Açu na pele,
Ler o tempo e viver o Poema
no embalo do cantos das aves
e esquecer que o mundo mal
existe por um instante
ao perceber a rosa beijada
pelo orvalho deste amanhecer.
Khirbat al-Manshiyya
A brisa da nostalgia
de Khirbat al-Manshiyya
que foi destruída,
O baile dos pomares
e a alegria ali vivida,
Memórias, cactos, flores
entre as ruínas de uma
História não terminada
por causa da violência obsessiva.
Meladinha
Brisa gentil soprando
na Costa Brasileira
Meladinha gentil
sobre a duna
florescendo poesia,
A paz que durmo com a Lua
é a mesma que levanto
na companhia do Sol,
E assim continuo sempre tua.
Deixar a brisa da madrugada
beijar a sua face,
Apreciar os florescimento
do Ipê-tabaco na mata,
Não deixar que ninguém
roube de ti a fé em si mesmo,
Ter paz no coração
e no seu pensamento.
A brisa da noite balança
as flores do Ipezeiro como
se balança um Marimba,
Tenho muito para falar
de amor e de muita poesia.
Disse para mim mesma
ao ser envolvida
pela brisa da poesia,
Quero sair para um
breve passei para tomar
um sorvete para depois
retomar a leitura
dos meus Versos Intimistas
e continuar escrevendo
porque a minha inspiração
para o quê é mais belo te devotar
não correu para o mar.
Estar debaixo da Caviúna-preta
recebendo a brisa do Paraná
é uma inspiração sem par
que vale mais de um poema
plenos de Versos Intimistas
para suavizar tudo aquilo
que impede que a alma seja
plena de Primavera serena.
Não sou mais que um pequeno e frágil pé de bambuzinho verde, que quando passa a suave brisa da manhã eu me curvo até o chão mas meus irmãos e amigos, eles sim são gigantes, fortes e poderosos, são como arvores centenárias frondosas e me protegem sempre das piores ventanias e tempestades.
A brisa levou milhares de penas
para longe.
Queria ser como um pássaro livre
para alçar voo e voar livre.
Sentir o vento soprando nas minhas penas sem nenhum obstáculo que pudesse me aprisionar.
Aprecio o silêncio da noite e sua magia. Abro minha janela e sinto uma suave brisa beijar-me a face. A sensibilidade aflora, ouço o uivo do vento a tocar suavemente as folhas, onde balançam freneticamente como se estivessem se amando...
►Lábios Escarlates
Como uma brisa no verão
Como uma voz que ecoa dentre a multidão
Meu amor por você se compara a imensidão
Não tenho medo de dizer-lhe a verdade
Meu coração por ti bate
Me fale, qual o preço que deseja que eu pague
Seu amor é minha terra prometida,
E meu sentimento é a bússola que me guia
Não sei o que fazer para conquistar sua atenção
O amor de minha vida está em minha visão
Diga-me, se possível, como faço para tocar-te as mãos.
Tenho medo de não ser parte de seus sonhos
Acho que só me resta dizer que te amo
Meu coração não mudou com o passar dos anos
Procuro seu telefone, quero declarar em seu nome
Te farei um poema belo como o azul do céu no inverno
Dedicatórias irão te tocar como as águas do oceano
Sem ti meu mundo transforma-se em um deserto
Parto então a procura da minha Jasmine e seu palácio, castelo
Ultrapassar as montanhas movediças não é fácil,
Mas para teu sorriso, que a chuva caia.
Doce princesa, pele de seda
Ao entardecer eu lhe darei a chave de minha fortaleza
Joana D'Arc, por favor, que teu coração se abra
Deixe-me fazer parte, vamos conquistar a felicidade
Por que não cavalgamos? Vamos fugir desta cidade
Deixe que a luz das estrelas te declare
Estou apaixonado, me permita dar-lhe uma serenata à tarde
Se gostar, me dê um simples abraço
Pois este gesto lhe fará a dona do meu espaço.
Eu pedi para Deus o endereço da felicidade
E acabei por finalmente encontrar minha cara metade
Não minto, você rejuvenesceu meu jardim, agora ele está lindo
Tenho medo de lhe escrever um texto cansativo
Por conta disso eu passo horas sentado aqui, pensativo
Mas também quero tentar ser um pouco extrovertido
Não quero que você me esqueça, consegue entender isso?
Eu sei que é bem esquisito, eu sei disso
Meu temor me impede de pensar que eu possa ser divertido.
Nem mesmo os guardiões do tempo previram o que aconteceu
Acabei me tornando seu
O azul do oceano se compra em quanto eu te amo
Sei que talvez esta seja uma forma antiga para estar me declarando
Mas que posso fazer se seus defeitos e qualidades continuam me puxando?
Não estou te enganando, seu corpo continua me chamando
Eu poderia descrever com ricos detalhes o que sinto quando olho para você
Mas te pouparei dizendo apenas que sinto enorme prazer.
Um canto da sereia para lhe acalmar
Uma melodia de harpas para ti apreciar
Um colchão de nuvens para nos deitas
Sonhos compartilhados, onde estamos a navegar
Sobre ondas transparentes, com a Lua em nossa frente
E, no horizonte, um futuro não muito distante
E quando acordarmos, veremos o Sol a se recolher
Se sentir frio, irei te abraçar, te aquecer
Ficarei assim até o amanhecer,
Até quando finalmente ficar tarde
Entregarei então está carta, espero que não me atrase
Para ti, moça dos lábios escarlates.
INJUSTIFICADO LIMPADOR DE PARA-BRISA*
Chovia mansinho. Ainda demoraríamos uns 20 minutos para chegar ao nosso destino. O limpador de para-brisa, em seu vai e vem vagaroso, embalava nossas conversas sobre a vida, amores, família, filhos, trabalho e feminices. Avistei a placa daquele quebra-molas e desacelerei o carro para ultrapassar suavemente o obstáculo arredondado.
Naquele momento, desacelerou também a nossa conversa frouxa. Dei conta daquele instante raro de silêncio entre nós, irmãs tagarelas, e vi ali a oportunidade de fazer uma pergunta polêmica, complexa e profunda, que andava borbulhando na minha cabeça nos últimos dias.
– Mana, preciso te perguntar algo – era o sinal para que ela já se preparasse para o “chumbo grosso”. – Sabe aquele tipo de pergunta que todo mundo tem até vontade, mas não tem coragem suficiente para fazer? Que todo mundo diz que é pecado, e se perguntarmos isso alguma vez na vida… Vamos direto para o Inferno?
– Pergunte – disse franzindo a testa.
– Desde pequenas nossos pais nos educaram dentro de Igrejas. Fomos motivadas a ler a Bíblia por completo várias vezes; foram infinitos os domingos em que nos dedicávamos a conhecer as Escrituras, os milagres de Jesus, do Gênese ao Apocalipse. Sabemos tudo de “cor e salteado” e fomos orientadas a viver uma vida baseada nos Dez Mandamentos, a não nos distanciarmos de Deus e evitar o Pecado a todo custo, a orar agradecendo pelo alimento, pelo dia e pela saúde… Conhecemos também o Mal, o Diabo e o Inferno… E todo o Lado Negro da Força. Sabemos sobre o Livre Arbítrio e que todas as coisas são permitidas, mas nem todas nos convêm. No fim de tudo isso, se formos bem boazinhas aqui na Terra, receberemos o nosso “Galardão” nos Céus…
– Tá, mas cadê a pergunta? – Bufou, já ansiosa.
– Calma, deixa eu terminar o raciocínio – retruquei. – Então, se obedecermos às Sagradas Escrituras e aceitarmos Jesus como nosso Salvador teremos um lugar nos Céus, com anjinhos batendo suas asas ao nosso lado, e, dependendo de nossas Boas Obras, poderemos morar em um grande palácio ou passar as noites em bancos de madeiras rústicas nas praças do Céu…
– Isso, você fez um bom resumo, – ela completou. – Nós aprendemos essas coisas em nossa infância e adolescência. Depois disso, cada uma de nós, da sua forma, foi pesquisar e aprofundar o que mais havia além disso. Nós duas somos muito curiosas e acabamos por entender outras vertentes, outras interpretações, outras crenças e religiões. Mas ainda não sei qual é a pergunta. Desembucha!
– Então… A sua fé faz com que você acredite que, quando você “bater as botas”, já que foi uma boa pessoa, vai ser recrutada para ir para o Céu, etc., etc. Tá, mas… E se você morrer e “perceber” que não tem nada disso? Que tudo isso foi construído pura e simplesmente para trazer uma Ordem Natural às sociedades, para vivermos uma Matrix equilibrada, sem fazermos muita m* o tempo todo? Que tudo isso não passa de uma grande ilusão? Tipo… Morreu e vira só um saquinho de lixo preto com ossos, só matéria, sem Espírito, Alma nem nada que não se possa provar.
– Hum… Eu tenho uma resposta, mas é bem pessoal. – Disse piscando rapidamente os seus olhos verdes.
– Antes de responder, não me julgue por isso. Nos últimos anos o meu apego à Ciência aumentou assustadoramente, e essa coisa de estudar demais apura o nosso senso crítico, e começamos a questionar sobre coisas que antes nós entendíamos como verdades absolutas, inargumentáveis… – Disse, já meio arrependida.
– Eu sei como é, maninha, não me importo e você está certa em sempre questionar, sendo a pessoa racional que você é, já me acostumei. Mas olha, minha resposta é simples. Se eu morrer e virar só um saquinho preto de ossos, e “descobrir” depois que nada disso é verdade, paciência. Mas pensa: Se eu morrer e tudo isso for verdade e eu for totalmente pega de surpresa? Se tudo o que aprendemos a vida toda for real e eu estiver despreparada? Quero morar em banco de praça não… Muito menos quero ficar voltando um monte de vezes aqui na Terra até meu Espírito evoluir a ponto de eu merecer morar mais próximo de Deus… Pensa que chatice? Que perda absurda de tempo? Prefiro ser mais estratégica. E pensar que existe um “além túmulo” me deixa mais feliz. Pronto.
Pensativa, concluí, já aliviando a tensão da conversa: – Então vamos combinar assim. Quem morrer primeiro vai dar um jeito de avisar para a outra; vai fazer um esforço absurdo para aparecer e contar tudo o que está acontecendo. O que acha? E olha, se eu aparecer bem linda, maquiada, perfumada, magra, purpurinada e de roupa branca em seu sonho tentando falar com você, faça-me o favor de levar a sério, não surtar e prestar bastante atenção, ok?
– Lá vem você com essas suas conversas idiotas. Você vai morrer com 125 anos como combinamos. E se morrer antes, arruma um jeito de não voltar, a direção é para cima, e não para baixo! Vai caçar o que fazer por lá, vai! Bruxa! Fantasma! – Esbravejou, com uma expressão que misturava raiva e a sua graça peculiar.
Explodimos as duas em gargalhadas, até verter água dos nossos olhos. Nesse momento, desliguei o agora injustificado limpador de para-brisa para admirarmos melhor o brilhante sol poente e aquele festival de cores sublimes que ele produzia, junto às nuvens, lá no horizonte… Até o nosso destino.
* Se você não entendeu o título, eu explico: Somente a chuva, que as vezes impede a nossa visão, justifica o uso do limpador de para-brisa para seguirmos bem e com segurança. Se a chuva cessa, nada deveria nos impedir de olhar o que tem de bonito no horizonte. Assim também são as nossas verdades absolutas. Elas são os nossos limpadores de para-brisas em dias de sol: servem simplesmente para atrapalhar ou impedir que enxerguemos melhor o mundo, o Universo e as riquíssimas concepções diferentes das nossas.
SENSAÇÕES
Notas, melodias, batidas, ritmos,
Brisa fresca, pureza com doçura,
Um amor por companhia...
Poesia, figura, ternura de viver.
Conversas, entre olhares,
Magnificência, transcendência...
Uma ebulição de sentimentos,
Efervescência de sensações.
Mistura, candura,
Apaziguamento de inquietudes,
Todo o amor que houver, virá...
Querer ser, entender o desejo.
Aquecer, iluminar,
Mentes e corações,
Sem exatidões, emolduracões...
Apenas percepções, sensações.
" Tu és o meu vendaval da paixão! Tu és a minha brisa do amor! Tu és a minha dor da saudade ! /Tu és o meu sorriso esplêndido do amor ! Vem! Exala esse meu estado otimista....Segura na minha mão, eu te acompanho na sua vontade de chegar até o infinito. Gozá comigo!!!! Vamos ser recíprocos nesse fio que compõe a natureza do nosso ser."
POESIA NÃO ESCRITA
Anunciação da primavera
Vivacidade.
A brisa despencou sobre meus cabelos
tocou meu vestido, ornando minha pele,
criando uma segunda derme composta
de sublimação,
euforia,
inocência e sensualidade.
Paradoxo,
não inverdade!
Leveza
e um êxtase calmo.
Brando, sem urgência...
Uma vontade imensa de voar
O cheiro de alfazema
Cor de margaridas
Ausência de dor
De medo
Sentimento de eternidade
Desejos de beijos
De braços envolventes
De pertencer à alguém
Quem?
Não sei
Só uma vontade...
Uma loucura deliciosa
Uma satisfação gloriosa
Plenitude de consciência de ser
Ser gente
que ama gente,
que cheira flor,
que exala amor.
E a tarde desce,
primaveril num céu de anil
Leva toda a saudade
Toda a incerteza.
Trazendo um quê maior de paz,
de satisfação,
de alegria,
de poesia...
... Botão de açafrão.
Só restando Vida.
Momento de poesia não escrita.
Exaltação.
Elisa Salles
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Eu, sou o que sou, sou uma frase, uma palavra, um raio de sol, uma leve brisa, ou uma gota de orvalho… Sou o que sou, eu sigo o meu próprio caminho, eu sou aquele que erra, eu sou aquele que faz amor sem preconceito, eu…, sou o que sou…
"Te amar e como sentir uma leve brisa no rosto pela manhã em um campo repleto das mais belas flores que exala o teu perfume me fazendo te sentir bem perto mesmo estando muito longe"
A brisa que dança no verde das folhas, o azul incandescente do céu, uma noiva em busca de sentimentos que talvez possa justificar seu véu...